Na chamada Era da Ética, imperioso
investir em um instrumento que possa representar o compromisso de
sua efetivação e a participação coletiva:
um Guia de Ética. As diversas instituições públicas
e privadas de nossa era deveriam investir verdadeiramente na disseminação
desta idéia e, na sequencia, em sua aplicação
prática.
A Ética, neste sentido, deve ser aplicada tanto na gestão
interna quanto nas relações externas, permitindo, ainda,
a necessária revisão, de tempos em tempos, dos padrões
adotados, já que a norma não pode estar calcada sobre
bases de imutabilidade e impositividade. Sempre que possível,
a participação de todos os interessados deve ser fomentada,
já que a interatividade franqueará uma maior participação
de todos os atores envolvidos.
Na instituição espírita não poderia ser
diferente. Alguns valores são considerados primordiais para
integrar o chamado Código de Ética: educação;
liberdade; igualdade; desenvolvimento pessoal e coletivo; satisfação;
e, compromisso e responsabilidade social.
Em primeiro plano, a instituição deve se voltar para
o público-alvo a que se destina, isto é, o contingente
de pessoas que comparecem às reuniões; na sequencia,
tendo em vista que a mensagem espírita se dirige à Sociedade
como um todo, deve aplicar, em suas relações no meio
externo, os mesmos parâmetros e princípios que entenda
primordiais e essenciais à sua existência.
Mais especificamente no âmbito da comunicação
social e da divulgação das ideias espíritas,
a entidade deve primar pela busca da informação verdadeira
e autenticidade e veracidade no repasse, assim como pela transparência
de suas relações com terceiros.
Ao divulgar o conteúdo espírita, por quaisquer dos meios
e veículos existentes, a instituição deverá
contribuir para a formação integral do ser (Espírito),
colocando-se, sempre que possível, no lugar do destinatário
da informação. O público leitor/expectador, portanto,
atuará, em contrapartida, como o maior fiscalizador do cumprimento
daquela, de modo crítico e consciente, desde que suficientemente
incentivado e apoiado neste mister.
O resultado, cremos, importará na formação de
indivíduos mais espiritualizados, graças à disseminação
de uma cultura de ética e responsabilidade em nossa Sociedade.
Oxalá os indivíduos e as instituições
espíritas possam se conscientizar desta impostergável
tarefa!