Recebido em 13 de Dezembro de 2020,
publicado em 16 de Março de 2021.
Os passes estão, originalmente,
ligados às práticas do magnetismo, mas foram amplamente
adotados pelo movimento espírita. Embora Kardec tenha usado
poucas vezes a palavra passes nas principais obras da Doutrina Espírita,
fenômenos relacionados como a mediunidade de cura e a imposição
de mãos têm bases doutrinárias. As práticas
de passes adotadas pelo movimento espírita apresentam uma multiplicidade
de técnicas cuja coerência doutrinária nunca foi
analisada.
As obras veiculadas no meio espírita
que propõem e ensinam as técnicas de passes não
apresentam uma uniformidade de conceitos e podem se afastar da coerência
doutrinária. Neste artigo, apresentamos o primeiro estudo reflexivo
sobre as bases doutrinárias das técnicas de passes.
Para isso, primeiro, revisamos o entendimento doutrinário sobre
a forma de emitir e receber fluidos espirituais, segundo o espiritismo.
Em seguida, analisamos a (in)coerência doutrinária das
técnicas de passe mais comuns. Depois, refletimos sobre a validade
de alguns argumentos usados em defesa do uso de tais técnicas.
Por fim, mostramos evidências científicas experimentais
em desfavor do uso de técnicas de passes. Propomos a adoção
da prática mais simples de passes espíritas, aliás
originalmente proposta por Herculano Pires: a imposição
de mãos.
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