Quando o filho humilde encontrou-se indeciso na estrada
da vida, assustado com algumas situações inusitadas,
receoso em tomar esta e não aquela decisão, sem saber
qual rumo trilhar, reconhecendo-se ainda inexperiente diante de tantos
quadros inesperados e complexos - alguns característicos da
vida - beirando o desespero, indagou pensativo: Quem poderá
ajudar-me nesta hora de tanta indecisão? Qual prestativa mão
devo buscar?
Neste instante de reflexão íntima, o filho, estático,
com os olhos vagando pela imensidão dos céus, aos poucos
foi delineando em sua mente, primeiro apenas algumas poucas linhas
faciais, logo, pôde identificar os traços de uma figura
muito bem conhecida. Finalmente, delineou a face de seu amado e inesquecível
pai.
A figura paterna formou-se enfim e, sem hesitar, para ele célere
dirigiu-se, esperançoso. Quem sabe poderia mais uma vez, junto
ao seu querido genitor, encontrar orientações às
suas inquietações, revivendo o passado, quando obteve
tantas respostas às indagações formuladas durante
a sua inolvidável e frágil infância.
É de nossa índole dividir as preocupações,
compartilhar as dúvidas. Parece que ao sermos criados algo
latente, dentro de nós, nos impulsiona a repartir momentos,
conjunturas, estados íntimos.