Publicado em 22 de junho de 2015 - Por O Tempo
Infelizmente, a Bíblia é
uma das obras mais alteradas do mundo. Só Lutero retirou dela
sete livros. E, atualmente, as suas alterações são,
principalmente, para ocultar as verdades da reencarnação
e do espiritismo nela encontradas com uma clareza meridiana. O norte-americano
Bart D. Ehrman, o maior biblista do mundo atual, diz, em “O
Que Jesus Disse? O Que Jesus Não Disse?” (Prestígio
Editora, Rio, com selo da Ediouro), que ela tem cerca de 400 mil alterações.
Acredite nesses adulteradores quem quiser! E nada ficará oculto!
(Mateus 10: 26).
Jesus ensinou que, para chegarmos
ao reino de Deus, nós temos que nascer “de novo”
da água e do espírito (João 3: 3). Nascer de
novo do espírito é mudança de vida para melhor
ou evolução. E nascer de novo da água (líquido
amniótico) é reencarnar. E o excelso Mestre até
fez questão de reforçar a sua tese reencarnacionista
dizendo: é necessário nascer de novo da carne, ou seja,
nascer de novo dos pais. Ora, isso é “ipsis verbis”
e “ipsis litteris” reencarnação. A prova
disso é que os tradutores estão mudando a tradução
da expressão “anothen” (“de novo”)
para “do alto”, para ocultar a ideia da reencarnação.
E isso porque os adversários dela estão assustados com
o fato de que, hoje, 3/4 da população do mundo a aceitam,
e, ainda, com o aval da ciência não materialista! E por
que só agora, depois de 1.900 anos, querem mudar a tradução
“anothen” (“de novo”) para a “do alto”?
Isso demonstra o seu desespero para ocultarem a reencarnação.
Também porque nossos irmãos
pastores evangélicos que, em sua maioria, não sabem
hebraico, grego e latim, e, consequentemente, não têm
um melhor conhecimento da Bíblia, interpretam-na erradamente
para seus fiéis.
Assim, como se não bastassem
as cerca de 400 mil alterações da Bíblia, eles
ensinam aos seus fiéis as mais absurdas interpretações
dela, o que gera grandes confusões doutrinárias entre
eles, levando-os a mudarem de igreja, a todo instante, como se muda
de roupa!
Os maiores adulteradores da Bíblia
não são, pois, os seus tradutores, mas seus intérpretes.
Realmente, há líderes religiosos que abusam escandalosa
e desesperadamente das interpretações bíblicas,
colocando-as absurdamente como contrárias à reencarnação
e ao espiritismo, com medo de seus fiéis tornarem-se espíritas.
E, então, inventam cada uma de arrepiar! Por exemplo, a Bíblia
afirma que nós somos deuses e filhos do Altíssimo (João
10: 34; e Salmo 82: 6). Há um pastor que interpreta essas passagens
assim: “A Bíblia se refere aos juízes”.
Acontece que os homens que são juízes não deixam
de continuar sendo deuses, e antes mesmo de serem juízes, já
eram deuses como todos nós os somos!
E, de fato, esses deuses de que fala
a Bíblia são mesmo os espíritos humanos ou “daimones”,
que podem ser bons ou maus e que se manifestam através dos
médiuns (Números 11: 24 a 30). Ora, se Moisés
condenou o contato com os espíritos (Deuteronômio capítulo
18), é porque, certo ou errado, esse contato existe mesmo!
Além disso, o próprio
Jesus se comunicou com os espíritos de Moisés e Elias
(Mateus 17: 3), na sessão espírita da transfiguração!
José Reis Chaves é
teósofo e biblista -
*Autor dos livros, entre outros, "A Face Oculta
das Religiões", Editora Martin Claret e “A
Reencarnação na Bíblia e na Ciência”,
8ª edição, Ed. EBM, SP