José Reis Chaves

>     Homens inspirados por espíritos tidos como Deus escreveram a Bíblia

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José Reis Chaves
>     Homens inspirados por espíritos tidos como Deus escreveram a Bíblia


Inspiração não é um ditado. E talvez seja melhor chamarmo-la de intuição e “insights”, pois essas duas alternativas são ideias novas desconhecidas que nos vêm inesperadamente.

A inspiração ou intuição é de Deus, se ela chega a nós através de um espírito bom, santo, pois tudo que é bom, no fundo, vem de Deus. Mas não se trata de uma influência direta do próprio Deus sobre nós, mas de um espírito do bem, procedente de Deus. A Bíblia diz, pois, que um espírito é de Deus nesse sentido de ele ser do bem.

“Não são todos eles anjos espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hebreus 1: 14).

“Que o Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem pertence a glória, vos dê um espírito de sabedoria, que o revele a vós e faça conhecer verdadeiramente” (Efésios 1: 17).

Esse texto, além de nos demonstrar que Jesus Cristo não é Deus mesmo, absoluto, demonstra-nos também que o espírito a ser enviado não é o Espírito Santo da terceira pessoa trinitária, que é tida por muitos como sendo o próprio Deus. E perguntamos qual dos dois espíritos santos é o Deus verdadeiro, o da terceira ou o da primeira pessoa trinitária? Ademais, fica evidente nessa passagem de Efésios que não se trata da primeira nem da terceira pessoas trinitárias, mas apenas de um espírito de sabedoria. Aliás, como dizemos frequentemente nas matérias dessa coluna de O TEMPO, Paulo não conheceu o Espírito Santo da terceira pessoa da Santíssima Trindade, que foi imaginado e criado, aos poucos, pelos teólogos, e que começou a ter uma existência mais oficial no Concílio Ecumênico de Constantinopla (381), o primeiro realizado nesta cidade.

E o apóstolo e evangelista são João chama-nos a atenção para que examinemos os espíritos, pois há espíritos de vários níveis enquanto estão encarnados, tentando, mentindo, atormentando e cometendo crimes, e que quando desencarnam, continuam na mesma, enganando e obsidiando as pessoas, principalmente as que foram seus inimigos nesta vida ou em outras anteriores.

Atualmente, a passagem joanina a que estamos nos referindo está adulterada nos meios evangélicos para ocultar nela a presença claríssima de espíritos. E vamos, pois, apresentá-la na íntegra como ela está nas bíblias mais antigas:

“Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes provai se os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1 João 4: 1).

João demonstra-nos, também, que não é o Espírito Santo que se comunica, pois ele fala de espíritos no plural e não de que devamos constatar se se trata do Espírito Santo trinitário dogmático que, aliás, ele nem conheceu. E essa passagem demonstra-nos, ainda, que as profecias podem ser feitas também por espíritos através de profetas (médiuns) que os recebem. E mais, a leitura da continuação do texto, no versículo dois seguinte, mostra-nos que todo espírito que for de Deus, isto é, do bem, diz verdades, não negando, pois, que Jesus veio em carne, condenando assim os docetistas do seu tempo, que ensinavam que Jesus, só aparentemente, veio em carne.

Esse ensino de João é muito importante, principalmente, para muitos cristãos das gerações futuras depois dele, que, ao receberem espíritos bons, ou que fingem ser bons, vêm pensando erradamente que os espíritos que recebem são o do próprio Deus!




João Evangelista de Patmos. Óleo sobre tela de Diego Velázquez.
Imagem/fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/95/Diego_Vel%C3%A1zquez_018_%28John_the_Evangelist_from_Patmos%29.jpg

 





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