Elio
Mollo
> Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
Pesquisa: E. Mollo
Por iniciativa de Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo,
surgiram em Paris, França, no ano de 1858 a Revista Espírita,
dirigida por ele até sua desencarnação em março
de 1869 e, também, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
(SPEE).
A Revista Espírita (Obras Póstumas,
2ª. parte) [1]
Em de 15 de novembro de 1857 na casa do sr. Dufaux,
com a médium senhora E. Dufaux, Kardec tem o seguinte diálogo
com os Espíritos:
Pergunta. – Tenho a intenção
de publicar um jornal espírita, pensais que chegarei a fazê-lo,
e mo aconselhais? A pessoa à qual me dirigi, o Sr. Tiedeman,
parece-me decidido a dar o seu concurso pecuniário.
Resp. – Sim, isso conseguirás com
a perseverança. A idéia é boa, é preciso
amadurecê-la antes.
Perg. – Temo que outros me antecedam.
Resp. – É necessário apressar-se.
Perg. – É o meu desejo, mas o tempo
me falta. Tenho dois empregos que me são necessários,
vós o sabeis; gostaria de poder a isso renunciar, a fim de
consagrar-me inteiramente à coisa, sem preocupações
estranhas.
Resp. – Não é preciso nada
abandonar no momento; sempre se acha tempo para tudo; movimenta-te
e conseguirás.
Perg. – Devo agir sem o concurso do Sr. Tiedeman.
Resp. – Agi com ou sem seu concurso; não
te inquietes com ele, podes por isso passar.
Perg. – Tinha a intenção de
fazer um primeiro número de experiência, a fim de colocar
o jornal e fixar-lhe data, salvo continuar mais tarde, se for o
caso; que pensais disso?
Resp. – A idéia é boa, mas
um primeiro número não bastará; no entanto,
é útil e mesmo necessário naquilo que abrirá
o caminho ao resto. Nisso será preciso levar muito cuidado,
de maneira a lançar as bases de um sucesso durável;
se for defeituoso, mais valeria nada, porque a primeira impressão
pode decidir seu futuro. É necessário se ligar, começando,
sobretudo a satisfazer à curiosidade; deve encerrar, ao mesmo
tempo, o sério e o agradável; o sério que ligará
os homens de ciência, e o agradável que divertirá
o vulgo; esta parte é essencial, mas a outra é a mais
importante, porque sem ela o jornal não teria fundamento
sólido. Em uma palavra, é preciso evitar a monotonia
pela variedade, reunir a instrução sólida ao
interesse, e isso será, para todos os trabalhos ulteriores,
um poderoso auxiliar.
Em nota a estas resposta Allan Kardec completa:
“Apressei-me em redigir o
primeiro número, e fi-lo aparecer em janeiro de 1858, sem
disso nada ter dito a ninguém. Não tinha um único
assinante e nenhum sócio capitalista. Fi-lo, pois, inteiramente
aos meus riscos e perigos, e não ocorreu de me arrepender
disso, porque o sucesso excedeu a minha expectativa. A partir de
1º de janeiro, os números se sucederam sem interrupção,
e, como o Espírito previra, esse jornal se me tornou um poderoso
auxiliar. Reconheci mais tarde que estava feliz por não ter
um sócio capitalista, porque estava mais livre, ao passo
que um estranho teria podido querer me impor suas idéias
e sua vontade, e entravar a minha caminhada; só, não
tinha que dar contas a ninguém, por pesada que fosse a minha
tarefa como trabalho.”
Fundação da Sociedade
Espírita de Paris (Obras Póstumas, 2ª. parte)
Em 1º. de abril de 1858
“Se bem que não haja
aqui nenhum fato de previsão, menciono, para memória,
a fundação da Sociedade, por causa do papel que desempenhou
na marcha do Espiritismo, e das comunicações ulteriores
às quais deu lugar.
Em torno de seis meses depois, tinha em minha casa, rua dos Martyrs,
uma reunião de alguns adeptos, todas as terças-feiras.
O principal médium era a Srta. Dufaux. Se bem que o local
não pudesse conter senão 15 a 20 pessoas, às
vezes nele se encontravam até 30. Essas reuniões ofereciam
um grande interesse pelo seu caráter sério, e a alta
importância das questões que ali eram tratadas; freqüentemente,
viam-se ali príncipes estrangeiros e outras personagens de
distinção.
O local, pouco cômodo pela sua disposição, evidentemente,
tornou-se muito exíguo. Alguns, dos freqüentadores,
propuseram se cotizar para alugar um mais conveniente. Mas, então,
tornava-se necessário ter uma autorização legal,
para evitar de ser atormentado pela autoridade. O Sr. Dufaux, que
conhecia pessoalmente o Prefeito de polícia, se encarregou
de pedi-la. A autorização dependia também do
Ministro do Interior, que era então o general X (*) que era,
sem que o soubéssemos, simpático às nossas
idéias, sem conhecê-las completamente, e com a influência
do qual a autorização que, seguindo uma fieira comum,
teria exigido três meses, foi obtida em quinze dias.”
(*) Charles-Marie-Esprit Espinasse
foi um general francês (#), nascido em
Castelnaudary (Aude) 2 de Abril de 1815 e morreu em Magenta (Lombardia)
a 4 de junho 1859. Filho de John e Robert Germaine. Entrou na
Saint-Cyr em 1833 como sub-tenente do 47º. Regimento de Infantaria
de Ligne. Em 17 de janeiro de 1841 ele foi capitão do regimento
de infantaria onde foi gravemente ferido durante a campanha da
Argélia 1835-1849. Após a primeira metade de sua
carreira esteve na África junto a Legião Estrangeira,
em seguida seguiu como tenente-coronel numa expedição
à Roma. Foi nomeado coronel da lorsqu'eut linha 42, realizada
em golpe de 2 de dezembro de 1851. Ele foi quem invadiu numa noite
a Assembleia Nacional e apreendeu a Questors. Foi, també,
major-brigadeiro e,depois do atentado do italiano Felix Orsini
contra a vida de Napoleão Bonaparte III tornou-se em Ministro
do Interior (7 de fevereiro à 14 de junho de 1858) onde
foi eleita a famosa lei da segurança geral. Foi Inspector-Geral
de Infantaria de 1857 a 14 junho 1858, depois, foi nomeado senador.
Casou-se em 1853 com Maria Festugière e tiveram três
filhos. Morreu na guerra com a Itália, onde comandou uma
divisão do corpo MacMahon na batalha de Magenta.
(Fonte: http://fr.wikipedia.org/wiki/Charles-Marie-Esprit_Espinasse).
(#) Citado
na resposta à questão 37, O zuavo de Magenta,
Revista Espírita de julho de 1859:
37. Vedes o general Espinasse?
- R. Não o vi ainda, mas espero muito ainda vê-lo.
Nessa mesma Revista Espírita em Um Oficial
Superior Morto em Magenta. (Sociedade. 10 de junho de 1859.)
encontramos a seguinte entrevista com general Espinasse (qq.
4 e 5) e uma nota de Kardec que nos leva a concluir que o General
X é mesmo o oficial Charles-Marie-Esprit Espinasse :
4. Tínheis conhecimento da existência
da nossa sociedade?
- R. Vós o sabeis.
Nota. - O oficial, do qual se trata, com efeito,
concorreu para que a Sociedade obtivesse autorização
para se constituir.
5. Sob qual ponto de vista consideráveis
nossa sociedade, quando ajudastes a sua formação?
- R. Eu não estava ainda inteiramente fixado, mas me
inclinava muito em crer, e sem os acontecimentos que sobrevieram,
iria certamente instruir-me em vosso círculo.
Síntese do contexto social
francês em 1858
A França, à época de Kardec,
vivia tempos conturbados, por isso, o funcionamento da Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE) dependia de
autorização para seu funcionamento legal, o que não
seria fácil conseguir.
Napoleão Bonaparte III foi imperador da França de 1852
até 1870, e era sobrinho do grande Napoleão.
Em 14 de janeiro de 1858 um revolucionário nacionalista italiano
chamado Felix Orsini, perpetrou um atentado contra a vida de Napoleão
III que, por pouco não foi assassinado, sendo que Orsini foi
condenado à pena de morte pela guilhotina em 13 de março
de 1858, poucos dias antes da fundação da Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE). Este episódio
provocou a sanção da Lei de Segurança Geral,
que facultava ao Ministro do Interior a transladar ou exilar a qualquer
cidadão francês que fosse reconhecido culpado de conspirar
contra a segurança do estado. Era uma lei rigorosa, que se
derrogou senão doze anos depois, em 1870. Aquele tempo era
de convulsão política, a França estava sob a
recente Lei de segurança desde 19 de fevereiro de 1858, por
causa daquele atentado. Essa lei não permitia nenhuma reunião
pública com mais de vinte pessoas em qualquer ambiente fechado.
E o estatuto social da SPEE tinha que ser submetido às autoridades
sob este severo regime que trazia em seu conteúdo idéias
novas e, assim provocariam sua atenção sobre o objetivo
e os nomes dos seus participantes.
Era necessário que a SPEE obtivesse autorização
para o seu funcionamento legal, mas dado a gravidade da situação
política, como poderia ser solucionada essa situação?
Então, quem autorizou o funcionamento da Sociedade Parisiense
de Estudos Espíritas (SPEE) foi general Charles-Marie-Esprit
Espinasse, que Napoleão Bonaparte III nomeou para ser o Ministro
do Interior da França no qual exerceu esse cargo entre 7 de
fevereiro 1858 até14 de junho 1858. A denominação
completa do cargo era de Ministro do Interior e de Segurança
Geral.
 
Essa autoridade era quem autorizava
o funcionamento de atividades que reunissem “grupos com mais
de 20 pessoas...”
Para funcionar legalmente e não ser incomodada, a SPEE precisaria
transpor essas dificuldades que as circunstâncias da época
impunham.
O sr. Dufaux, que participava da SPEE, cuidou do caso, porque se dava
com o Prefeito de Polícia de Paris, que seria a primeira autoridade
a ser contatada ...
Mas, como a autorização dependia também do Ministro
do Interior, foi aí que entrou em cena o general Espinasse,
Ministro do Interior e de Segurança Geral.
A autorização foi conseguida em menos de 15 dias, quando
o tempo médio era de pelo menos três meses.
Constatação
O general Espinasse exerceu o cargo por pouco
mais de 4 meses. Observa-se que, no pouco tempo em que esteve na função
foi o suficiente para que ele concedesse a autorização
de funcionamento da SPEE.
A autorização, para o funcionamento da SPEE foi conseguida
em 13-abr-1858.
Posteriormente Kardec veio a saber que o general Charles Marie Esprit
Espinasse era simpatizante da causa Espírita...
Kardec obteve essa informação, em entrevista mediúnica
com o próprio general, seis dias após a desencarnação
do mesmo.
O general Espinasse faleceu em 4 de junho de 1859, no terrível
combate de Magenta (cidade da província de Milão, hoje
pertencente à Itália).

Continuando com a fundação da SPEE (Obras Póstumas,
2ª. parte)
"A Sociedade foi, então,
regularmente constituída e se reunia todas as terças-feiras,
no local que alugara no Palais Royal, galeria de Valois. Ali permaneceu
um ano, de 1º. de abril de 1858 a 1º. de abril de 1859.
Não podendo ali permanecer por mais tempo, se reunia, todas
as quartas-feiras, num dos salões do restaurante Douix, no
Palais Royal, galeria Montpensier, de 1º. de abril de 1859
a 1º. de abril de 1860, época em que ela se instalou
num local próprio, rua e passagem Sainte Anne, 59.
Sociedade, formada, no princípio, de elementos pouco homogêneos
e de pessoas de boa vontade que eram aceitas com relativa facilidade,
teve que sofrer numerosas vicissitudes, que não foram um
dos menos penosos embaraços de minha tarefa.”
Placa homenageando o general
Espinasse:

Manuscrito de Allan Kardec:

Essa é a carta manuscrita de Allan Kardec INÉDITA
Até setembro de 2008, não editada em nenhum livro.
O que dizia essa carta no idioma francês:
O que dizia essa carta no idioma português:
"Ao Sr. Prefeito de polícia da cidade
de Paris.
Sr. Prefeito:
Os membros fundadores do Círculo Parisiense
de Estudos Espíritas, que solicitaram junto a vós
a autorização necessária para constituir-nos
em Sociedade, temos a honra de pedir-vos que consistais permitir-nos
reuniões preparatórias, enquanto esperamos a a autorização
regular. Com o mais profundo respeito, Sr. Prefeito, tenho a honra
de ser vosso muito humilde e muito obediente servidor.
H. L. D. Rivail, dito Allan Kardec
Rua dos Mártires, nº. 8." [3]
Outra observação digna de nota é
a importante e corajosa identificação que o eminente
Professor Hippolyte-Léon-Denizard-Rivail faz ao assinar a Carta
com seu ilustre sobrenome e com seu digno pseudônimo respectivamente
(Rivail - Kardec), oferecendo certamente o seu aval de pessoa séria
e respeitada ante a autoridade municipal (Prefeito de Polícia
de Paris) e nacional (Ministro do Interior), especificamente para
a abertura da sociedade, na qual deveriam dispor por lei de uma autorização
legal e oficial para encontro de um maior número de pessoas
das que se reuniam em um Círculo.” [3]
No início, por cerca de seis meses, Kardec realizava as reuniões
na própria residência, então situada à
rua dos Mártires nº 8, junto com alguns adeptos (entre
8 a 10 pessoas), sempre às terças-feiras... O espaço
era reduzido, impossibilitando o crescente número de estudiosos
que ali compareciam.
Kardec escreve sobre a autorização
por portaria do Sr. Prefeito de Polícia na Revista Espírita
de maio de 1858 [4]
SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS.
FUNDADA EM PARIS EM 1º. DE ABRIL DE 1858.
E autorizada por decreto do senhor
Prefeito de Polícia, sobre o aviso de Sua Excelência,
senhor Ministro do Interior e da segurança geral, em data
de 13 de abril de 1858.
A extensão, por assim dizer, universal que tomam, cada dia,
as crenças espíritas, fazem desejar vivamente a criação
de um centro regular de observações; essa lacuna vem
de ser preenchida. A Sociedade, da qual estamos felizes por anunciar
a formação, composta exclusivamente de pessoas sérias,
isentas de prevenção, e animadas do desejo sincero
de se esclarecerem, contou, desde o início, entre seus partidários,
homens eminentes pelo saber e posição social. Ela
está chamada, disso estamos convencidos, a prestar incontáveis
serviços para a constatação da verdade. Seu
regulamento orgânico lhe assegura homogeneidade sem a qual
não há vitalidade possível; está baseada
na experiência de homens e de coisas, e sobre o conhecimento
das condições necessárias às observações
que fazem o objeto de suas pesquisas. Os estrangeiros que se interessam
pela Doutrina Espírita encontrarão, assim, vindo a
Paris, um centro ao qual poderão se dirigir para se informarem,
e onde poderão comunicar suas próprias observações"
(**).
(**) Para todas as informações
relativas à Sociedade, dirigir-se ao senhor ALLAN KARDEC,
rua Sainte-Anne, 59, de 3 às 5 horas; ou ao senhor LEDOYEM,
livreiro, galeria d'Orleans, 31, no Palais-Royal.
Legalizada, passou a funcionar na GALERIA
DE VALOIS, até 1º. de abril do ano de 1859.

Como realizavam-se as Sessões de
Estudos na SPEE (Revista Espírita, setembro de 1858)
"(...)
A qualidade dos adeptos do Espiritismo merece uma atenção
especial. São recrutados nas camadas inferiores da sociedade,
entre as pessoas iletradas? Não; aqueles dele se ocupam pouco
ou nada; foi pouco se dele ouviram falar. As próprias mesas
girantes neles encontraram poucos praticantes. Até o presente,
seus prosélitos estão nas primeiras classes da sociedade,
entre as pessoas esclarecidas, os homens de saber e de raciocínio;
e, coisa notável, os médicos, que durante tão
longo tempo fizeram uma guerra encarniçada ao Magnetismo,
se juntam sem dificuldade a essa doutrina; contamos um grande número
deles, tanto na França quanto no estrangeiro, entre os nossos
assinantes, em cujo número se encontra também uma
maioria de homens superiores em todos os senti- dos, notabilidades
científicas e literárias, altos dignatários,
funcionários públicos, oficiais generais, negociantes,
eclesiásticos, magistrados, etc., todas pessoas sérias
para dar o título de passatempo a um jornal que, como o nosso,
não se considera capaz de recrear, e ainda menos se crêem
nele encontrar fantasias.
A Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas não é
uma prova menos evidente dessa verdade, pela escolha das pessoas
que reúne; suas sessões são seguidas com um
firme interesse, uma atenção religiosa, podemos mesmo
dizer com avidez, e, todavia não se ocupa senão de
estudos graves, sérios, freqüentemente muito abstratos,
e não de experiências próprias para excitarem
a curiosidade. Falamos do que se passa sob os nossos olhos, mas
podemos dizê-lo igualmente de todos os centros onde se ocupa
do Espiritismo sob o mesmo ponto de vista, porque quase por toda
parte (como os Espíritos o haviam anunciado) o período
de curiosidade chega ao seu declínio. Esses fenômenos
nos fazem penetrar numa ordem de coisas tão grandes, tão
sublimes que, ao lado dessas graves, questões um móvel
que gira ou que bate é um brinquedo de criança: é
o abe da ciência.
Aliás, sabe-se o que se examinar agora sobre a qualidade
dos Espíritos batedores, e, em geral, daqueles que produzem
efeitos materiais. Eles foram justamente chamados os saltimbancos
do mundo espírita; por isso interessa-se menos por eles do
que por aqueles que podem nos esclarecer.
Podem-se assinalar, à propagação do Espiritismo,
quatro fases ou períodos distintos:
1. A da curiosidade, na qual
os Espíritos batedores desempenharam o papel principal
para chamar a atenção e preparar os caminhos.
2. A da observação, na qual entramos,
e que pode-se chamar o período filosófico. O Espiritismo
é aprofundado e se depura, tende à unidade da doutrina
e se constitui em ciência.
Virão em seguida:
3. O período da admissão,
no qual o Espiritismo tomará uma categoria oficial entre
as crenças universalmente reconhecidas.
4. O período de influência sobre
a ordem social. Será então que a Humanidade,
sob a influência dessas idéias, entrará em
um novo caminho moral. Essa influência, desde hoje, é
individual; mais tarde, agirá sobre as massas para o bem
geral.
Assim, de um lado, eis uma crença
que se propaga no mundo inteiro por si mesma, pouco a pouco, e sem
nenhum dos meios usuais de propaganda forçada; de outro,
essa mesma crença que se enraíza, não na base
da sociedade, mas na sua parte mais esclarecida. Não há,
nesse duplo fato, alguma coisa bem característica e que deve
levar à reflexão todos aqueles que ainda tratam o
Espiritismo de sonho fútil. Ao contrário de muitas
outras idéias que partem da base, grosseiras ou desnaturadas,
e não penetram senão depois de longo tempo nas camadas
superiores onde se depuram, o Espiritismo parte do alto, e não
chegará às massas senão liberto das idéias
falsas, inseparáveis das coisas novas.
Todavia, é preciso convir que não
há ainda, em muitos adeptos, senão uma crença
latente; o medo do ridículo em alguns, em outros o medo de
melindrar certas suscetibilidades, em seu prejuízo, os impedem
de ostentarem francamente suas opiniões; isso é pueril,
sem dúvida, e todavia o compreendemos; não se pode
pedir, a certos homens, o que a Natureza não lhes deu: a
coragem de afrontar o Que dirão disso; mas quando o Espiritismo
estiver em todas as bocas, e esse tempo não está longe,
essa coragem virá aos mais tímidos. Uma mudança
notável já se operou, desde há algum tempo,
sob esse assunto; fala-se dele mais abertamente: arrisca-se, e isso
faz abrir os olhos aos próprios antagonistas, que se perguntem
se é prudente, no interesse de sua própria reputação,
combater uma crença que, bom grado, mal grado, se infiltra
por toda parte e encontra seus apoios no topo da sociedade. Também
o epíteto de louco, tão largamente prodigalizado aos
adeptos, começa a se tornar ridículo; é um
lugar comum que se usa e volta ao trivial, porque cedo os loucos
serão mais numerosos do que as pessoas sensatas, e já
mais de um crítico estão alinhados ao seu lado; de
resto, é o cumprimento do que os Espíritos anunciaram
dizendo que: Os maiores adversários do Espiritismo dele se
tornarão os mais dedicados partidários e os mais ardentes
propagadores.
Aviso sobre a mudança da SPEE para nova sede (Revista Espírita,
janeiro de 1859)
"Aviso. As sessões que
ocorriam às terças-feiras, ocorrem agora nas sextas-feiras,
no novo local da Sociedade, rua Montpensier, 12, no Palais-Royal,
às 8 horas da noite.
Os estranhos nelas não são admitidos senão
na segunda e na quarta sextas-feiras, a menos com cartas pessoais
de entrada. - Dirigir-se, para tudo o que concerne à Sociedade,
ao senhor Allan Kardec, rua dos Mártires, 8, ou ao senhor
Le Doyen, livreiro, galeria de Orléans, 31, no Palais-Royal."
ALLAN KARDEC.
Sobre as críticas acerbas
e injuriosas (Revista Espírita, março de 1859)
"(...)
A Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, composta de
homens honrados pelo seu saber e sua posição, tanto
na França quanto no Estrangeiro, médicos, literatos,
artistas, funcionários, oficiais, negociantes, etc., recebendo,
cada dia, as mais altas notabilidades sociais, e correspondendo
com todas as partes do mundo, está acima das pequenas intrigas
do ciúme e do amor-próprio; ela persegue seus trabalhos
na calma e no recolhimento, sem se inquietar com piadas que não
poupam mesmo as mais respeitáveis corporações.
(...)"
Na passagem
Sant’Ana, nº. 59
De 1º. de abril de 1859, até 1º. de abril de 1860,
nas sextas-feiras, a SPEE funcionou na galeria MONTPENSIER, mais precisamente
na passagem Sant’Ana,nº. 59. (***)

(***) A fundação da Sociedade de Estudos Espíritas
Parisiense (SPEE) se deu em de abril de 1858, onde começou
a funcionar na galeria de Valois, no Palais-Royal. Um ano depois e
até 1º. de abril de 1860 a SPEE realizou suas sessões
numa outra ala do mesmo edifício, em salão do restaurante
Douix, na galeria Montpensier. A partir desta última data,
a Sociedade passou a funcionar em sede própria, na passagem
Sainte-Anne, na rua Sainte-Anne, 59. [5]
Os objetivos da SPEE
(Revista Espírita, maio de 1859 em refutação
a um artigo de "L'Universes"):
"(...)
A Sociedade, da qual falais, definiu
seu objetivo por seu próprio título; o nome de: Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas não se parece com
nada de uma seita; tem-lhe tão pouco caráter, que
seu regimento lhe interdita ocupar-se de questões religiosas;
ela está alinhada na categoria de sociedades científicas
porque, com efeito, seu objetivo é estudar e aprofundar todos
os fenômenos que resultam das relações entre
o mundo visível e o mundo invisível; ela tem seu presidente,
seu secretário, seu tesoureiro, como todas as sociedades;
não convida o público às suas sessões;
ali não se faz nenhum discurso, nem nada que tenha o caráter
de um culto qualquer. Ela procede aos seus trabalhos com calma e
recolhimento, primeiro porque é uma condição
necessária para as observações; segundo, porque
sabe o respeito que se deve àqueles que não vivem
mais na Terra. Chama-os em nome de Deus, porque crê em Deus,
em seu todo poder, e sabe que nada se faz neste mundo sem a sua
permissão. Abre a sua sessão por uma chamada geral
aos bons Espíritos, porque, sabendo que os há bons
e maus, prende-se a que estes últimos não venham misturar-se
fraudulentamente às comunicações que recebem
e induzi-la em erro.
O que isso prova?
Que não somos ateus; mas
isso não implica, de nenhum modo, que sejamos religiosos;
é do que deveria convencer-se a pessoa que vos narrou o que
se faz entre nós, se ela tivesse seguido nossos trabalhos,
e se, sobretudo, os julgasse menos levianamente, e talvez com espírito
menos prevenido e menos apaixonado.
Os fatos protestam, pois, por si
mesmos, contra a qualificação de nova seita que destes
à Sociedade, por falta, sem dúvida, de melhor conhecê-la.
(...)"
Allan Kardec pede demissão
da SPEE
(Revista Espírita, julho de 1859 - Encerramento do ano social
[1858-1859])
"(...)
O interesse que se tomava por essas reuniões, era crescente,
embora não se ocupasse senão de coisas muito sérias;
pouco a pouco, de um e de outro, o número dos assistentes
aumentava, e meu modesto salão, muito pouco propício
para uma assembléia, tomou-se insuficiente. Foi então
que, alguns dentre vós, propuseram se procurasse um lugar
mais cômodo, e se cotizarem para subvencionar os gastos, não
achando justo que eu os suportasse sozinho, como fizera até
aquele momento. Mas, para se reunir regularmente, além de
um certo número, e no local estranho, era necessário
conformar-se às prescrições legais, era necessário
um regulamento, e, conseqüentemente, um presidente como titular;
enfim, era necessário constituir uma sociedade; o que ocorreu
com o consentimento da autoridade, cuja benevolência não
nos faltou. Era necessário também imprimir aos trabalhos
uma direção metódica e uniforme, e consentistes
em me encarregar de continuar o que fazia em minha casa, em nossas
reuniões particulares.
Trouxe para minhas funções, que posso dizer laboriosas,
toda a exatidão e todo o devotamento de que era capaz; do
ponto de vista administrativo, esforcei-me por manter, nas sessões,
uma ordem rigorosa, e dar-lhe um caráter de gravidade, sem
o qual o prestígio de assembléia séria teria
logo desaparecido. Agora que minha tarefa terminou, e que o impulso
foi dado, devo vos participar a resolução que tomei
de renunciar, para o futuro, a toda espécie de função
na Sociedade, mesmo a de diretor dos estudos; não ambiciono
senão um título, o de simples membro titular, com
o qual estarei sempre feliz e honrado. O motivo de minha determinação
está na multiplicidade dos meus trabalhos, que aumentam todos
os dias em razão da extensão das minhas relações,
porque além daqueles que conheceis, preparo outros mais consideráveis,
que exigem longos e laboriosos estudos, e não absorverão
menos de dez anos; ora, os da Sociedade não deixam de tomar
muito tempo, seja para a preparação, seja para a coordenação
e a cópia correta. Por outro lado, eles reclamam uma assiduidade
freqüentemente prejudicial às minhas ocupações
pessoais, e que tomam indispensável a iniciativa, quase exclusiva,
que me deixastes. Foi por causa disso, Senhores, que tive que tomar
tão freqüentemente a palavra, lamentando a miúdo
que os membros eminentemente esclarecidos que possuímos nos
privassem de suas luzes. Já há muito tempo tinha o
desejo de demitir-me de minhas funções; eu o expressei,
de um modo muito explícito, em diversas circunstâncias,
seja aqui, seja em particular a vários de meus colegas, e
notadamente ao senhor Ledoyen. Tê-lo-ia feito mais cedo sem
o temor de trazer perturbação à Sociedade,
retirando-me ao meio do ano, podendo se crer em uma defecção;
e não era necessário dar essa satisfação
aos nossos adversários. Portanto, deveria cumprir minha tarefa
até o fim; mas hoje, quando esses motivos não mais
existem, apresso-me em vos participar a minha resolução,
a fim de não entravar a escolha que fareis. É justo
que cada um tenha sua parte de encargos e de honras.
(...)"
"Boletim da Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas (Revista Espírita,
julho de 1859)
Publicaremos no futuro o comentário
regular das sessões da Sociedade. Contávamos fazê-lo
a partir deste número, mas a quantidade de matérias
nos obrigou a adiá-lo para a próxima entrega. Os Sócios
que não residem em Paris, e os membros correspondentes, poderão
assim seguir os trabalhos da Sociedade. Limitar-nos-emos a dizer
hoje que, apesar da intenção do que o senhor Allan
Kardec havia expressado em seu discurso de encerramento de renunciar
à presidência, quando da renovação da
secretaria, ele foi reeleito por unanimidade com uma abstenção
e um voto em branco. Acreditaria mal responder a um testemunho assim
elogioso persistindo em sua recusa. Ele não aceitou, todavia,
senão condicionalmente e sob a reserva expressa de renunciar
às suas funções no momento que a Sociedade
se encontrasse em condições de oferecer a presidência
a uma pessoa cujo nome e posição social fossem de
natureza a dar-lhe um maior relevo; sendo seu desejo poder consagrar
todo o seu tempo aos trabalhos e aos estudos que ela demanda."
Origem, fundação,
e crescimento da SPEE
(Revista Espírita, julho de 1859 - Encerramento do ano social
[1858-1859])
"(...)
Depois de um ano, a Sociedade viu
crescer rapidamente sua importância; o número de membros
titulares triplicou em alguns meses; tendes numerosos correspondentes
nos dois continentes, e os auditores ultrapassariam o limite do
possível se não se pusesse um freio pela estrita execução
do regulamento. Contastes, entre estes últimos, as mais altas
notabilidades sociais e mais de uma ilustração. O
zelo que se toma em solicitar admissão em vossas sessões
testemunha o interesse que se tem por elas, não obstante
a ausência de toda experimentação destinada
a satisfazer a curiosidade, e talvez mesmo em razão de sua
simplicidade. Se todos não saem dela convencidos, o que seria
pedir o impossível, as pessoas sérias, aquelas que
não vêm com uma intenção de difamação,
levam da gravidade dos vossos trabalhos uma impressão que
as dispõem a aprofundar essas questões. De resto,
não temos senão que aplaudir as restrições
que colocamos para a admissão de ouvintes estranhos: evitamos
assim a massa de curiosos importunes. A medida com a qual limitastes
essa admissão a certas sessões, reservando as outras
unicamente para os membros da Sociedade, resultou por vos dar maior
liberdade nos estudos, que a presença de pessoas ainda não
iniciadas e cujas simpatias não estão asseguradas,
poderiam entravar.
(...)"
Continuação das Obras Espíritas
(O Que é o Espiritismo (1859)) [6]
Sociedade para a continuação das Obras Espíritas
de Allan Kardec - Rua de Lille, 7
Visitante – Tendes uma sociedade
[SPEE] que se ocupa desses estudos; ser-me-ia possível fazer
parte dela?
A.K. – Seguramente não, para o momento. Se para ser
recebido não é necessário ser doutor em Espiritismo,
é preciso, ao menos, ter sobre esse assunto idéias
mais sólidas que as vossas. Como ela não quer ser
perturbada em seus estudos, não pode admitir aqueles que
lhe viriam fazer perder seu tempo com questões elementares,
nem aqueles que, não simpatizando com seus princípios
e suas convicções, nela lançariam a desordem
com discussões intempestivas ou um espírito de contradição.
É uma sociedade científica, como tantas outras, que
se ocupa em aprofundar os diferentes princípios da ciência
espírita, e que busca se esclarecer. É o centro para
onde convergem as informações de todas as partes do
mundo, e onde se elaboram e se coordenam as questões relacionadas
com o progresso da ciência; mas não é uma escola,
nem um curso de ensinamentos elementares. Mais tarde, quando vossas
convicções estiverem formadas pelo estudo, ela verá
se poderá vos admitir. Até lá, podereis assistir,
quando muito, a uma ou duas sessões como ouvinte, com a condição
de nela não fazer nenhuma reflexão de natureza a magoar
ninguém, sem o que, eu, que aí vos terei introduzido,
me exporei à censura da parte dos meus colegas, e a porta
da sociedade lhe será fechada para sempre. Vereis aí
uma reunião de homens graves e de boa companhia, cuja maioria
se recomenda pela superioridade do seu saber e sua posição
social, e que não permitiria que aqueles que ela quer admitir
se afastem, no que quer que seja, das conveniências; porque
não creiais que ela convida o público e que chama
a qualquer um para as suas sessões. Como não faz demonstrações,
tendo em vista satisfazer a curiosidade, ela afasta com cuidado
os curiosos. Portanto, aqueles que crêem aí encontrar
uma distração, e uma espécie de espetáculo,
ficariam desapontados e melhor fariam se a ela não se apresentassem.
Eis porque ela recusa admitir, mesmo como simples ouvintes, aqueles
que lhes são desconhecidos, ou cujas disposições
hostis são notórias.
Boletim da SPEE (Revista Espírita,
agosto de 1859)
"Nota. A
partir de hoje, publicamos, como havíamos anunciado, o Boletim
dos trabalhos da Sociedade. Cada número conterá os
das sessões que ocorreram no mês precedente. Esses
boletins não conterão senão o resumo sucinto
dos trabalhos e das atas de cada sessão; quanto às
comunicações mesmas que nelas são obtidas,
assim como as de origem estrangeira da qual foi feita a leitura,
sempre as publicamos integralmente, todas as vezes que elas ofereçam
um lado útil e instrutivo. Continuaremos a fazê-lo
lembrando, como o fizemos até o presente, a data das sessões
que elas ocorreram. A grande quantidade de matérias e as
necessidades da classificação, freqüentemente,
nos obrigam a modificar a ordem de certos documentos; mas isso não
leva a nenhuma conseqüência, já que, cedo ou tarde,
encontram seu lugar."
O objetivo da SPEE é o
estudo da Ciência (Espírita) (Revista Espírita,
dezembro de 1859)
"(...)
A Sociedade não visa de nenhum modo o aumento indefinido
de seus membros; ela quer, antes de tudo, prosseguir seus trabalhos
com calma e recolhimento, e por isso deve evitar tudo o que poderia
perturbá-la. Sendo seu objetivo o estudo da ciência,
é evidente que cada um está perfeitamente livre para
discutir os pontos controvertidos, e emitir sua opinião pessoal;
mas outra coisa é dar seu conselho, ou chegar com idéias
sistemáticas ou preconcebidas, em oposição
com as bases fundamentais. Estamos reunidos para o estudo e a observação,
e não para fazer de nossas sessões uma arena de controvérsias.
Devemos, aliás, nos referir sobre esse ponto aos conselhos
que nos foram dados, em muitas circunstâncias, pelos Espíritos
que nos assistem, e que nos recomendam, sem cessar, a união
como condição essencial para atingir o objetivo a
que nos propusemos, e para obter seu concurso. "A união
faz a força, nos dizem; sede, pois, unidos se quereis ser
fortes; de outro modo corteis o risco de atrair os Espíritos
levianos, que vos enganarão." Eis porque não
poderíamos dar mais atenção sobre os elementos
que introduzimos entre nós.
(...)"
Sobre condutas inconvenientes nas sessões
da SPEE (Revista Espírita, dezembro de 1859)
"(...)
O senhor presidente mencionou a conduta pouco conveniente de dois
auditores admitidos na última sessão geral, os quais
perturbaram a tranqüilidade de seus vizinhos pelas suas conversas
e suas palavras deslocadas. Lembrou, a este propósito, os
artigos do regulamento relativos aos ouvintes e convidou de novo
os Senhores membros da Sociedade a ter uma excessiva reserva sobre
a escolha de pessoas às quais dão as cartas de introdução,
e sobretudo se absterem, de modo mais absoluto, de dá-las
a alguém que não fosse atraído senão
por um simples motivo de curiosidade, e mesmo a quem, não
tendo nenhuma noção preliminar do Espiritismo, estaria,
por isso mesmo, na impossibilidade de compreender o que se faz na
Sociedade. As sessões da Sociedade não são
um espetáculo; deve-se assistir a elas com recolhimento;
e aqueles que não querem senão distrações,
não devem vir procurá-las numa reunião séria.
(...)"
Alguns personagens desta história
Napoleão III > Imperador da França,
na época em que a SPEE preparava-se para ser legalizada.
General Espinasse > como autoridade competente,
foi quem autorizou o funcionamento legal, da SPEE. Foi nomeado ao
importante cargo, por Napoleão III;
Sr Dufaux > Por conhecer pessoalmente o Prefeito
de Polícia de Paris (que era a primeira autoridade a ser
contatada), foi quem se encarregou do caso “autorização”
para o funcionamento regular da SPEE;
Srta. Ermance Dufaux > Atuava como a médium
principal nas reuniões. Era filha do sr. Dufaux;
Sr Roze > Também médium, juntamente
com Alfred Didier, Didier Filho, Forbes, Collin, Pécheur,
Darcol, Flammarion, além de outros, são os mais citados
por Kardec;
São Luiz > “Presidente-espiritual”
da SPEE; Foi, na França, em encarnação passada,
o rei Luiz IX.
FONTES DESTA PESQUISA:
[1] Obras Póstumas - Allan Kardec (1869)
[2] Revista O Reformador (FEB) – Edição Abril
2008 (Imagens)
[3] Federação Espírita do Paraná (FEP)
http://www.feparana.com.br/kardec.php?cod_item=87
[4] Coleção da Revista Espírita (1858-1859) -
Allan Kardec
[5] WANTUIL, Zêus.; THIESEN, Francisco. Allan Kardec: pesquisa
biobibliográfica e ensaios de interpretação.
v. III. 4. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1998. Cap. 1, item 3, Société
Parisienne des Études Spirites. (Ver Revista O Reformador (FEB)
– Edição Abril 2008)
[6] O Que é o Espiritismo - Allan Kardec (1859)
Fonte: http://www.aeradoespirito.net/EstudosEM/SPEE.htm
Leiam de Elio Mollo
Agêneres
(Os)
Allan
Kardec
Amor
e caridade - É bom saber quem é quem
Arrependimento
(O)
Avalie
a si mesmo
Bíblia
e o Espiritismo (A)
Clarividência,
Lucidez, Segunda-Vista e Vidência
Da
lei de destruição
Distinção
entre o Bem e o Mal
Dos
Médiuns
Fé,
Sim; Credulidade, Não
José
Herculano Pires - pequena biografia
Histórico
de O Livro dos Espíritos
Homem
e o desenvolvimento individual e coletivo através dos tempos (O)
Idiotismo
e loucura
Inconvenientes
e perigos da mediunidade
Influência
oculta dos espíritos sobre os nossos pensamentos e as nossas ações
Léon
Denis, o sucessor de Kardec
Livre-Arbítrio
e Fatalidade
Necessidade
da vida social (A)
Necessidade
do trabalho (A)
Parábola
do Grão de mostarda
Parábola
dos Talentos e a Lei do Progresso (A)
Percepções,
sensações e sofrimentos dos espíritos
Perda
e Suspensão da Mediunidade
Perfeição
Moral
Perispírito
(O)
Pneumatografia
e Pneumatofonia
Possessos
Psicografia
Quadro
sinótico da nomenclatura espírita
Retorno
da Vida Corpórea à Vida Espiritual
Separação
da alma e do corpo
Sobre
a atualização da Doutrina Espírita
Sociedade
Parisiense de Estudos Espírita
Surgimento
da Doutrina Espírita
Em co-autoria:
Elio Mollo; Antonio Sérgio C. Picollo
O
Espiritismo exige responsabilidade
Elio Mollo; Ismael Lopes Rodrigues
O
autoconhecimento
topo
|