Elio
Mollo
> Influência oculta dos espíritos sobre
os nossos pensamentos e as nossas ações
Estudo com base in O Livro dos
Espíritos, Intervenção dos Espíritos
no Mundo Corpóreo, Capítulo IX, itens de 456 à
472. .
Obra codificada por Allan Kardec
Pesquisa: Elio Mollo em 09/04/2013
Livres da matéria, os Espíritos
usam o pensamento para se comunicarem entre si e com os encarnados.
Para eles o pensamento é tudo (1).
Quando o pensamento está em algum lugar, a alma está
também, uma vez que é a alma que pensa. O pensamento
é um atributo da alma (2).
Os Espíritos podem, muitas vezes, conhecer os nossos pensamentos
mais secretos, principalmente, aquilo que desejaríamos ocultar
a nós mesmos; nem atos, nem pensamentos podem ser dissimulados
para eles. Assim sendo, pareceria mais fácil ocultar-se uma
coisa a uma pessoa viva, pois não o podemos fazer a essa mesma
pessoa depois de morta, pois quando nos julgamos bem escondidos, temos
muitas vezes ao nosso lado uma multidão de Espíritos
que nos veem.
A ideia que fazem de nós, os Espíritos que estão
ao nosso redor e nos observam, depende da capacidade evolutiva do
observador, assim, os Espíritos levianos riem das pequenas
traquinices que nos fazem, e zombam das nossas impaciências.
Os Espíritos sérios lamentam as nossas trapalhadas e
tratam de nos ajudar.
Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas
ações, e nesse sentido, a influência deles é
maior do que podemos supor, porque muito frequentemente são
eles que nos dirigem.
Temos pensamentos próprios e outros que nos são sugeridos,
ou seja, a nossa alma é um Espírito que pensa e não
podemos ignorar que muitos pensamentos nos ocorrem, a um só
tempo, sobre o mesmo assunto e frequentemente bastante contraditórios.
Pois bem: nesse conjunto há sempre os nossos e os dos Espíritos,
e é isso o que nos deixa na incerteza, porque temos em nós
duas ideias que se combatem. Para distinguir os nossos próprios
pensamentos dos que nos são sugeridos, temos que, quando um
pensamento nos é sugerido, é como uma voz que nos fala.
Os pensamentos próprios são, em geral, os que nos ocorrem
no primeiro impulso. De resto, não há grande interesse
para nós nessa distinção, e é frequentemente
útil não o sabermos, assim, o homem pode agir mais livremente
e, se decidir pelo bem, o fará de melhor vontade, e se tomar
o mau caminho a sua responsabilidade será maior.
Os homens de inteligência e de gênio, algumas vezes, as
ideias surgem de seu próprio Espírito, mas frequentemente
lhes são sugeridas por outros Espíritos, que os julgam
capazes de as compreender e dignos de as transmitir. Quando eles não
as encontram em si mesmos, apelam para a inspiração;
é uma evocação que fazem, sem o suspeitar.
Se fosse útil que pudéssemos distinguir claramente os
nossos próprios pensamentos daqueles que nos são sugeridos,
Deus nos teria dado o meio de fazê-lo, como nos deu o de distinguir
o dia e a noite. Quando uma coisa permanece vaga é que assim
deve ser para o nosso bem.
O primeiro impulso pode ser bom ou mau, segundo a natureza do Espírito
encarnado. É sempre bom para aquele que ouve as boas inspirações.
Para distinguir se um pensamento sugerido vem de um bom ou de um mau
Espírito, devemos aprender que os bons Espíritos não
aconselham senão o bem, assim, cabe a nós distinguir
e escolher.
Os Espíritos imperfeitos nos induzem ao mal com a intenção
de nos fazer sofrer como eles, ou seja, eles o fazem por inveja dos
seres mais felizes e porque ainda se sentem pertencer a uma ordem
inferior e estarem com a consciência pesada a lhe cobrarem a
reparação dos seus erros.
Também podemos dizer que os espíritos imperfeitos são
os instrumentos destinados a experimentar a fé e a constância
dos homens no bem. Nós, como Espíritos, devemos progredir
na ciência do infinito, e é por isso que passamos pelas
provas do mal até chegarmos ao bem.
A missão dos bons Espíritos é a de nos porem
no bom caminho, e quando más influências agem sobre nós,
somos nós mesmos que as chamamos, pelo desejo do mal, porque
os Espíritos inferiores, também, vêm em nosso
auxílio para nos fazer praticar o mal quando temos a vontade
de o cometer (3). Assim, se somos inclinado
ao assassínio, teremos uma nuvem de Espíritos ainda
voltados ao mal fortalecendo esse pensamento em nós, contudo,
quando temos a vontade de fazer o bem, também, teremos junto
a nós, Espíritos bons que tratarão de nos influenciar
para o bem, isso faz com que se reequilibre a balança, assim,
Deus deixa à nossa consciência a escolha da rota que
devemos seguir, e a liberdade de ceder a uma ou a outra das influências
contrárias que se exercem sobre nós.
O homem pode se afastar da influência dos Espíritos que
o incitam ao mal, porque eles só se ligam aos que os solicitam
por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos.
Os Espíritos cuja influência é repelida pela vontade
(4) do homem renunciam às suas
tentativas, ou seja, quando nada têm para fazerem, abandonam
o campo. Não obstante, espreitam o momento favorável,
como o gato espreita o rato.
O melhor meio para neutralizar a influência dos maus Espíritos
e fazendo o bem e colocando toda a nossa confiança em Deus,
assim, repelimos a influência dos Espíritos inferiores
e destruímos o império que desejam ter sobre nós.
Devemos evitar de dar ouvidos as sugestões dos Espíritos
que suscitam em nós os maus pensamentos, que insuflam a discórdia
e excitam em nós todas as más paixões. Desconfiemos
sobretudo daqueles que exaltam o nosso orgulho, porque eles aproveitam
das nossas fraquezas. Eis porque Jesus nos ensinou através
da oração dominical: "Senhor, não nos deixeis
cair em tentação, mas livrai-nos do mal!"
Nenhum Espírito recebe a missão de fazer o mal; quando
ele o faz, é pela sua própria vontade e consequentemente
terá de sofrer as consequências (5).
Deus pode deixá-lo fazer para nos provar, mas jamais o ordena,
assim, cabe a nós afastar essa espécie de Espirito.
Quando experimentamos um sentimento de angústia, de ansiedade
indefinível, ou de satisfação interior sem causa
conhecida, isso pode ser consequência de um efeito das comunicações
que, sem o saber, tivemos com os Espíritos, ou das relações
que tivemos com eles durante o sono.
Os Espíritos que desejam incitar-nos ao mal aproveitam a circunstância,
mas frequentemente a provocam, empurrando-nos sem o percebermos para
o objeto da nossa ambição. Assim, por exemplo, um homem
encontra no seu caminho uma certa quantia: não acreditemos
pois que foram os Espíritos que puseram o dinheiro ali, mas
eles podem dar ao homem o pensamento de se dirigir naquela direção,
e então lhe sugerem apoderar-se dele, enquanto outros lhe sugerem
devolver o dinheiro ao dono. Acontece o mesmo em todas as outras tentações.
NOTAS:
(1) Ver Allan Kardec, O Livro dos
Espíritos, item 100, Escala Espírita.
(2) Ver Allan Kardec, O Livro dos Espíritos,
item 89a, Forma e Ubiquidade dos Espíritos e O Livro dos Médiuns,
primeira parte, cap. II, item 7..
(3) Ver Allan Kardec, O Livro dos Médiuns,
segunda parte, cap. VI, item 100, questão 11.
(4) A vontade não é uma entidade, uma substância
e nem mesmo uma propriedade da matéria mais eterizada: é
o atributo essencial do Espírito, ou seja, do ser pensante. (Ver
Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, segunda parte, cap. VIII,
Laboratório do Mundo Invisível, item 131.)
(5) Diz o texto francês: "et par conséquent il en
subit les conséquences". Em geral, nas traduções,
procura- se corrigir a repetição. Preferimos respeitá-la,
mesmo porque nos parece destinada a dar ênfase ao fato. (Nota.
de J. Herculano Pires)
Fonte: http://www.aeradoespirito.net/EstudosEM/INFLUENCIA_OCULTA_DOS_ESPIRITOS.html
Leiam de Elio Mollo
Agêneres
(Os)
Allan
Kardec
Amor
e caridade - É bom saber quem é quem
Arrependimento
(O)
Avalie
a si mesmo
Bíblia
e o Espiritismo (A)
Clarividência,
Lucidez, Segunda-Vista e Vidência
Da
lei de destruição
Distinção
entre o Bem e o Mal
Dos
Médiuns
Fé,
Sim; Credulidade, Não
José
Herculano Pires - pequena biografia
Histórico
de O Livro dos Espíritos
Homem
e o desenvolvimento individual e coletivo através dos tempos (O)
Idiotismo
e loucura
Inconvenientes
e perigos da mediunidade
Influência
oculta dos espíritos sobre os nossos pensamentos e as nossas ações
Léon
Denis, o sucessor de Kardec
Livre-Arbítrio
e Fatalidade
Necessidade
da vida social (A)
Necessidade
do trabalho (A)
Parábola
do Grão de mostarda
Parábola
dos Talentos e a Lei do Progresso (A)
Percepções,
sensações e sofrimentos dos espíritos
Perda
e Suspensão da Mediunidade
Perfeição
Moral
Perispírito
(O)
Pneumatografia
e Pneumatofonia
Possessos
Psicografia
Quadro
sinótico da nomenclatura espírita
Retorno
da Vida Corpórea à Vida Espiritual
Separação
da alma e do corpo
Sobre
a atualização da Doutrina Espírita
Sociedade
Parisiense de Estudos Espírita
Surgimento
da Doutrina Espírita
Em co-autoria:
Elio Mollo; Antonio Sérgio C. Picollo
O
Espiritismo exige responsabilidade
Elio Mollo; Ismael Lopes Rodrigues
O
autoconhecimento
topo
|