Idiotismo e loucura :
Referente às qq. 371 à 378 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Pesquisa: E. Mollo
Não tem fundamento a opinião segundo
a qual os cretinos e os idiotas têm uma alma de natureza inferior,
ao contrário, eles tem uma alma humana, muitas vezes mais inteligente
do que se possa pensar, e que sofre dos meios de que dispõe
para se comunicar, do mesmo modo que o mudo sofre a de não
poder falar.
O objetivo da Providencia criando seres infelizes
como cretinos e idiotas, e que habitando corpos de idiotas. Esses
Espíritos sofrem pelo constrangimento que experimentam e pela
impossibilidade em que se encontram de se manifestarem por meio de
órgãos não desenvolvidos ou desarranjados.
O mérito da existência para seres, como
os idiotas e os cretinos, que não podem fazer nem bem nem mal,
não podendo progredir, e que é uma expiação
imposta ao abuso que fizeram de certas faculdades; é um tempo
de prisão. Um corpo de idiota pode, assim, abrigar um Espírito
que animou um homem de gênio na existência precedente,
o gênio, às vezes, torna-se um flagelo quando dele se
abusa.
NOTA DE ALLAN KARDEC:
A superioridade moral não está sempre em razão
da superioridade intelectual, e os maiores gênios podem ter
muito a expiar; daí resulta, freqüentemente, para eles
uma existência inferior a que tiveram e uma causa de sofrimentos.
Os entraves que o Espírito experimenta em suas manifestações
lhe são como as correntes que comprimem os movimentos de um
homem vigoroso. Pode-se dizer que o cretino e o idiota são
estropiados pelo cérebro, como o é o coxo pelas pernas,
o cego pelos olhos.
O idiota, no estado de Espírito, tem consciência
de seu estado mental. Muito freqüentemente; ele compreende que
as cadeias que entravam seu vôo são uma prova e uma expiação.
A situação do Espírito na loucura
é que o Espírito, no estado de liberdade, recebe diretamente
suas impressões e exerce diretamente sua ação
sobre a matéria; encarnado, porém, encontra-se em condições
muito diferentes e na contingência de só fazer com a
ajuda de órgãos especiais. Que uma parte ou o conjunto
desses órgãos seja alterada, sua ação
ou suas impressões, naquilo que concerne a esses órgãos,
ficam interrompidas. Se ele perde os olhos, torna-se cego; se perde
o ouvido, torna-se surdo, etc. Imagina agora que o órgão
que preside aos efeitos da inteligência e da vontade seja parcial
ou inteiramente atacado ou modificado, e será fácil
compreender que o Espírito, não tendo mais a seu serviço
senão órgãos incompletos ou desnaturados, deve
lhe resultar uma perturbação, da qual, por si mesmo
e no seu foro íntimo, tem perfeita consciência, mas não
é senhor para deter o curso. É sempre o corpo e não
o Espírito que está desorganizado, mas é preciso
não perder de vista que, do mesmo modo que o Espírito
atua sobre ele em uma certa medida, e que o Espírito pode se
encontrar momentaneamente impressionado pela alteração
dos órgãos pelos quais se manifesta e recebe suas impressões.
Pode acontecer que, com o tempo, quando a loucura durou bastante,
a repetição dos mesmos atos acabe por ter, sobre o Espírito,
uma influência da qual não se livra senão depois
de sua completa separação de todas as impressões
materiais.
O motivo que, algumas vezes, a loucura leva ao suicídio,
e que, o Espírito sofre com o constrangimento que experimenta
e com a impossibilidade, em que se encontra, de se manifestar livremente,
por isso busca na morte um meio de romper os seus laços.
O Espírito do alienado pode sentir por algum
tempo ressentimento depois da morte, do desarranjo de suas faculdades,
até que esteja completamente desligado da matéria, como
o homem que acorda se ressente algum tempo da perturbação
em que o sono o mergulha.
A alteração do cérebro reagir
sobre o Espírito depois da morte é uma lembrança;
um peso oprime o Espírito e como ele não teve conhecimento
de tudo o que se passou durante sua loucura, precisa sempre um certo
tempo para se pôr ao corrente. É por isso que, quanto
mais durar a loucura durante a vida, muito mais tempo dura a opressão,
o constrangimento depois da morte. O Espírito liberto do corpo
se ressente, algum tempo, da impressão dos seus laços.
--------------------------------------------------------------------------------
Pesquisa feita na página eletrônica:
http://www.guia.heu.nom.br/idiotismo_-_loucura.htm
Os que habitam corpos de idiotas são Espíritos
sujeitos a uma punição. Sofrem
por efeito do constrangimento que experimentam e da impossibilidade
em que estão de se manifestarem mediante órgãos
não desenvolvidos ou desmantelados.
Nunca
dissemos que os órgãos não têm influência.
Têm-na muito grande sobre a manifestação das faculdades,
mas não são eles a origem destas. Aqui está a
diferença. Um músico excelente, com um instrumento defeituoso,
não dará a ouvir boa música, o que não
fará que deixe de ser bom músico.
Importa se distinga o estado normal do estado patológico.
No primeiro, o moral vence os obstáculos que a matéria
lhe opõe. Há, porém, casos em que a matéria
oferece tal resistência que as manifestações anímicas
ficam obstadas ou desnaturadas, como nos de e de loucura. São
casos patológicos e, não gozando nesse estado a alma
de toda a sua liberdade, a própria lei humana a isenta da responsabilidade
de seus atos.
[9a p.207 q.372]
--------------------------------------------------------------------------------
O mérito da existência de seres que,
como os cretinos e os idiotas, não podendo fazer o bem nem
o mal, se achando incapacitados de progredir, é uma expiação
decorrente do abuso que fizeram de certas faculdades. É
um estacionamento temporário.
O corpo de um idiota pode conter um Espírito
que tenha animado um homem de gênio em precedente existência.
O gênio se torna por vezes um flagelo, quando dele abusa o homem.
A superioridade
moral nem sempre guarda proporção com a
superioridade intelectual e os grandes gênios podem ter muito
que expiar.
Daí, freqüentemente, lhes resulta uma existência
inferior à que tiveram e uma causa de sofrimentos.
Os embaraços que o Espírito encontra para suas manifestações
se lhe assemelham às algemas que tolhem os movimentos a um
homem vigoroso. Pode dizer-se que os cretinos e os idiotas são
estropiados do cérebro, como o coxo o é das pernas e
dos olhos o cego.
[9a p.207 q.373]
--------------------------------------------------------------------------------
Na condição de Espírito livre,
o idiota tem, freqüentemente, consciência do seu estado
mental. Compreende que as cadeias que lhe obstam ao vôo são
prova
e expiação.
[9a p.208 q.374]
--------------------------------------------------------------------------------
O Espírito, quando em liberdade, recebe diretamente
suas impressões e diretamente exerce sua ação
sobre a matéria.
Encarnado, porém, ele se encontra em condições
muito diversas e na contingência de só o fazer com o
auxílio de órgãos especiais. Altere-se uma parte
ou o conjunto de tais órgãos e eis que se lhe interrompem,
no que destes dependam, a ação ou as impressões.
Se perde os olhos, fica cego; se o ouvido, torna-se surdo, etc. Imagina
agora que seja o órgão, que preside às manifestações
da inteligência, o atacado ou modificado, parcial ou inteiramente,
e fácil te será compreender que, só tendo o Espírito
a seu serviço órgãos incompletos ou alterados,
uma perturbação resultará de que ele, por si
mesmo e no seu foro íntimo, tem perfeita consciência,
mas cujo curso não lhe está nas mãos deter.
O desorganizado é sempre o corpo e
não o Espírito. Mas, convém não
perder de vista que, assim
como o Espírito atua sobre a matéria, também
esta
reage sobre ele, dentro de certos limites, e que
pode acontecer impressionar-se o Espírito temporariamente com
a alteração dos órgãos pelos quais se
manifesta e recebe as impressões. Pode mesmo suceder que, com
a continuação, durando longo tempo a loucura, a repetição
dos mesmos atos acabe por exercer sobre o Espírito uma influência,
de que ele não se libertará senão depois de se
haver libertado de toda impressão material.
[9a p.208 q.375]
--------------------------------------------------------------------------------
A posição dos idiotas e dos cretinos
seria a menos conciliável com a justiça de Deus, na
hipótese da unicidade da existência. Por miserável
que seja a condição na qual um homem nasceu, ele pode
dela sair pela inteligência e pelo trabalho;
mas o idiota e o cretino são votados, desde o nascimento até
à morte, ao embrutecimento e ao desprezo; não há
para eles nenhuma compensação possível. Por que,
pois, sua alma
teria sido criada idiota?
Os estudos espíritas, feitos sobre os cretinos
e os idiotas, provam que sua alma é tão inteligente
quanto a dos outros homens; que essa enfermidade é uma expiação
infligida aos Espíritos por terem abusado da sua inteligência,
e que sofrem cruelmente em se sentirem aprisionados nos laços
que não podem quebrar, e no desprezo do qual se vêem
objeto, quando, talvez, tenham sido incensados na sua existência
precedente. (Revista Espírita, 1860,
pág. 173: O Espírito de um idiota - Idem, 1861, pág.
311: Os cretinos).
Allan Kardec
[78 - O Homem durante a vida terrestre]
--------------------------------------------------------------------------------
http://www.guia.heu.nom.br/morte_de_crianças_e_jovens.htm
Muitas existências são frustradas no
berço, não por simples punição externa
da Lei Divina, mas porque a própria Lei Divina funciona em
todos nós, desde que todos existimos no hausto do Criador.
Freqüentemente, através do suicídio,
integralmente deliberado, ou do próprio desregramento, operamos
em nossa alma
calamitosos desequilíbrios, quais tempestades ocultas, que
desencadeamos, por teimosia, no campo da natureza íntima.