Espiritualidade e Sociedade



André Luís N. Soares

>       Quando os mortos respondem: um exame crítico das perspectivas sobrevivencialista e da interação psíquica entre vivos como modelos explanatórios para os casos de mediunidade

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André Luís N. Soares
>   Quando os mortos respondem: um exame crítico das perspectivas sobrevivencialista e da interação psíquica entre vivos como modelos explanatórios para os casos de mediunidade

 

 

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(trecho inicial)

Relatos de fenômenos psíquicos anômalos sempre existiram na humanidade. Sonhos premonitórios, coincidências bizarras, testemunhos de aparições de mortos e casas reputadas mal assombradas sempre foram uma constante no decorrer da história da humanidade. Antes do século XVII, poderíamos dizer que a perspectiva de um Cosmos pleno de propósitos, significado e de Entidades sobre-humanas gozava de total imunidade na cabeça das pessoas. Com o desenrolar da revolução científica, do antropocentrismo e do iluminismo, a superstição diante do desconhecido começou a desvanecer-se, cedendo espaço para o racionalismo científico. Assim, à medida que o homem descortinava alguns dos segredos do Universo, gradativamente a perspectiva daquele Cosmos pleno de significado e de propósitos, governado por uma Mente Suprema, abria espaço para a visão mecanicista de mundo.

Na metade do século XIX, esse novo modo de pensar ainda ganhou novo impulso pela difusão das ideais de Darwin. Nessa transformação social, o paranormal foi banido da existência, embora ainda se admitisse que a vontade de Deus pudesse interromper o curso natural de causalidade. Newton, por exemplo, pensava que Deus poderia, ocasionalmente, intervir para ajustar a órbita dos planetas (Griffin, 19972). Nos últimos quatro séculos, o materialismo-mecanicista persiste como a corrente popular da ciência, guindo nossa visão de mundo, sendo ensinado como a “verdadeira realidade” em nossas instituições e livros escolares. Mas o que a maioria das pessoas não sabe é que o mecanicismo é apenas uma inferência sobre como enxergar a realidade. Ele não é de nenhuma maneira a única interpretação racional dos fatos e fenômenos do mundo. Aliás, existem diversos fatos e fenômenos já submetidos ao escrutínio do método científico (como os abaixo apresentados) que, se considerados, mostram que o materialismo simplesmente deve ser rejeitado como uma explicação racionalmente válida.

No século XIX, esse mecanicismo chegou a ser levemente ameaçado pelo nascimento do espiritualismo, não porque tal movimento social estimulava o renascimento irracional do sobrenatural, mas porque alguns dos fenômenos ditos paranormais estavam sendo confirmados pelos mesmos métodos utilizados pela ciência moderna. Debates ferozes se estenderem nos círculos científicos da época, reputações foram manchadas, sociedades foram formadas para investigar de forma imparcial alegações paranormais e prestigiosos homens da ciência defenderam a existência de certos fenômenos anômalos, tais como a telepatia, a clarividência e a psicocinese.

 

 

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Fonte: https://www.academia.edu/10267867/Quando_os_Mortos_Respondem

 

 

 


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