Dizer
que vivemos num mundo material, hoje em dia é simplesmente
uma força de expressão, pois vivemos num mundo eminentemente
energético.
A Teoria-M, vem de encontro à existência
de uma partícula divina consciêncial no final da escala
das partículas subatómicas. Esta,
está em constante aperfeiçoamento, afirmando que os
quarks, a mais ínfima partícula subatómica
conhecida até o momento, estariam ligados entre si por supercordas
que, de acordo com sua vibração, dariam a “tonalidade”
específica ao núcleo atómico a que pertencem,
dando assim as qualidades físico-químicas da partícula
em questão. Querer imaginá-las traduz um enorme esforço
mental, para termos uma ideia: o planeta Terra é dez a vinte
ordens grandeza mais pequeno do que o universo, e o núcleo
atómico é dez a vinte ordens de grandeza mais pequeno
que do que a Terra. Pois bem, uma supercorda é a dez a vinte
ordens mais pequena do que o núcleo atómico.
O professor Rivail, esclarece In O Livro
dos Espíritos (1):
30. A matéria é
formada de um só ou de muitos elementos?
- De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais
simples não são verdadeiros elementos, são
transformações da matéria primitiva.
Ou seja, é a vibração dessas
infinitesimais cordinhas que são as responsáveis pelas
características do átomo a que pertencem. Conforme
vibrem essas dariam origem a um átomo de hidrogénio,
hélio e assim por diante, que por sua vez, agregados em moléculas,
dão origem a compostos específicos e cada vez mais
complexos, levando-nos a pelo menos 11 dimensões.
Corrobora Allan Kardec In O Livro dos Espíritos
(1):
79. Pois que há dois elementos
gerais no Universo: o elemento inteligente e o elemento material,
poder-se-á dizer que os Espíritos são formados
do elemento inteligente, como os corpos inertes o são do
elemento material?
- Evidentemente. Os Espíritos são a individualização
do princípio inteligente, como os corpos são a individualização
do princípio material.
64. Vimos que o Espírito
e a matéria são dois elementos constitutivos do Universo.
O princípio vital será um terceiro?
- É, sem dúvida, um dos elementos necessários
à constituição do Universo, mas que também
tem sua origem na matéria universal modificada. É,
para vós, um elemento, como o oxigénio e o hidrogénio,
que, entretanto, não são elementos primitivos, pois
que tudo isso deriva de um só princípio.
Essa teoria traz a ilação de que tal
tonalidade vibratória fundamenta é dada por algo,
de onde abstraímos a “consciência” ou espírito
como factor propulsor dessas cordas quânticas. Assim sendo,
isso ainda mais nos faz pensar numa unidade consciencial vibrando
a partir de cada ser. Complementa Kardec In O Livro dos Espíritos
(1):
615. É eterna a lei de Deus?
- Eterna e imutável como o próprio Deus.
621. Onde está escrita a
lei de Deus?
- Na consciência.
Seguindo esta teoria e embarcando na idéia
lançada por André Luiz In Evolução em
Dois Mundos (3), onde somos co-criadores
dessa consciência universal, e cada vez mais responsáveis
por gerir o estado vibracional das nossas próprias cordinhas
à medida que delas nos conscientizemos, chegaremos à
harmonia perfeita quando realmente entrarmos em sintonia com a consciência
geradora que está em nós - espírito, e também
no todo, vulgarmente conhecida por Deus, ou como alguns físicos
teóricos sustentam “O Supremo Agente Estruturador”
Socorramo-nos novamente do Codificador In O Livro
dos Espíritos (1):
5. Que dedução se
pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem
em si, da existência de Deus?
- A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento,
se não tivesse uma base? É ainda uma conseqüência
do princípio – não há efeito sem causa.
7. Poder-se-ia achar nas propriedades
íntimas da matéria a causa primária da formação
das coisas?
- Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É
indispensável sempre uma causa primária.
Interpretemos Allan Kardec In A Génese
(2) Cap. II – A Providência:
20. - «A providência
é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está
em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas
mais mínimas. É nisto que consiste a acção
providencial. «Como pode Deus, tão grande, tão
poderoso, tão superior a tudo, imiscuir-se em pormenores
ínfimos, preocupar-se com os menores actos e os menores pensamentos
de cada indivíduo?» Esta a interrogação
que a si mesmo dirige o incrédulo, concluindo por dizer que,
admitida a existência de Deus, só se pode admitir,
quanto à sua acção, que ela se exerça
sobre as leis gerais do Universo; que este funcione de toda a eternidade
em virtude dessas leis, às quais toda criatura se acha submetida
na esfera de suas actividades, sem que haja mister a intervenção
incessante da Providência.»
Esta consciência única do raciocínio
quântico, transforma-se em dois elementos: um objectivo e
outro subjectivo. O subjectivo chamamos de ser quântico, universal,
indivisível, como tão bem o dr. Hernâni Guimarães
de Andrade definiu. A individualização desse ser é
conseqüência de um condicionamento. Esse ser quântico
é a maneira como pensamos em Deus, que é o ser criador
dentro de nós.
Voltemos ao génio de Lyon In A Génese
(2) Cap. II – A Providência:
34. – Sendo Deus a essência
divina por excelência, unicamente os Espíritos que
atingiram o mais alto grau de desmaterialização o
podem perceber. Pelo facto de não o verem, não se
segue que os Espíritos imperfeitos estejam mais distantes
dele do que os outros; esses Espíritos, como os demais, como
todos os seres da Natureza, se encontram mergulhados no fluido divino,
do mesmo modo que nós o estamos na luz.
Costumamos a avaliar Deus como algo unicamente externo.
Pensamos em Deus como um ser separado de nós. Isso, é
uma causa dos nossos conflitos internos. Se Deus também está
dentro de nós, podemos mudar por nossa própria vontade.
Mas se acreditamos que Deus está exclusivamente do lado de
fora, então, supomos que só Ele pode nos mudar e não
nos transformamos pela nossa própria vontade. Não
podemos excluir a nossa vontade, dizendo que tudo ocorre pela vontade
de Deus. Temos de reconhecer o deus que há em nós,
como afirmou o Doce Amigo há 2000 anos, “Conhecereis
a verdade e ela vos libertará”, então, seremos
livres.
Allan Kardec atesta In A Génese (2)
Cap. II – A Providência:
24. – «(...) Achamo-nos
então, constantemente, em presença da Divindade; nenhuma
das nossas acções lhe podemos subtrair ao olhar; o
nosso pensamento está em contacto ininterrupto com o seu
pensamento, havendo, pois, razão para dizer-se que Deus vê
os mais profundos refolhos do nosso coração. Estamos
nele, como ele está em nós, segundo a palavra do Cristo.
Para estender a sua solicitude a todas as criaturas,
não precisa Deus lançar o olhar do Alto da imensidade.
As nossas preces, para que ele as ouça, não precisam
transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois
que, estando de contínuo ao nosso lado, os nossos pensamentos
repercutem nele.»
A Astronomia continua surpreender a Humanidade ao
revela-nos as leis Divinas, transformando paulatinamente o nosso
olhar, e, este, tornar-se-á mais simples, como seres imortais
que o somos e co-criadores do universo e seus herdeiros.
J. Herculano Pires resume : “Na
verdade, o desenvolvimento da ciência se processa exactamente
na direcção dos princípios espíritas.”.
* Membro e colaborador do CECA
- Centro Espírita Caridade por Amor
Rua da Picaria, 59 - 1º Frente 4050-478 Porto
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Luís de Almeida
(PORTO - PORTUGAL)
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