
Os evangelhos relatam 48 parábolas
apresentadas por Jesus.
Lucas mostra 34, Mateus 25, Marcos
7 e João apenas 2.
Uma parte importante dos ensinamentos de
Jesus, foi constituída por parábolas que significa “comparação”
ou ainda “colocar uma coisa de lado de outra”. Cerca de
30% das palavras dos evangelhos sinóticos são de alegorias,
ditos parabólicos e parábolas. Embora não fosse
novidade o uso desta técnica, a análise leva a crer que
ele a usou com mais propriedade e em maior quantidade, comparativamente
aos outros livros da bíblia.
Este modo de expor tem sido entendido como uma técnica pedagógica,
cujo objetivo é apresentar um raciocínio e uma conclusão,
por detrás de uma breve narração, facilitando sua
memorização e permitindo que o ensinamento de fundo, possa
surgir gradativamente na mente dos ouvintes, até a sua plena
compreensão.
Parábolas foram usadas por Jesus como uma forma mais eficaz de
ensinar verdades desconhecidas por meio de verdades e fatos conhecidos.
Pode ser considerada também, como uma forma de deixar escondido
um ensinamento para aqueles que ainda não apresentam condições
de entendimento e, concomitantemente, evitar um certo desgaste a Jesus,
gerado no hábito, comum daquela época e povo, de se discutir
a obediência das leis mosaicas.
A correta interpretação das parábolas possibilita
o fenômeno da sua aplicação universal em todos os
tempos, adaptada às situações análogas.
Pesquisas no âmbito da comunicação constataram que
o maior obstáculo à compreensão de uma mensagem
é a tendência dos homens em pré julgar. Nesse sentido,
a parábola possui a grande vantagem de não predispor os
ouvintes a censura prévia, facilitando sua assimilação.
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Nenhuma parábola está
presente nos quatro evangelhos, 5 aparecem em três, 11 em dois
e 33 em apenas um evangelho.
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A definição de parábola é "narração
alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por comparação,
outras realidades de ordem superior ou moral". De suas características,
surge uma força que leva o ouvinte a refletir sua conclusão.
Um bom exemplo de parábola do antigo testamento está em
II Samuel 12:1-14, conhecida como "o profeta Natan repreende a
Davi".
De maneira geral, a parábola difere da alegoria por ser mais
extensa e exigir maior coerência e plausibilidade entre seus elementos.
Alegoria é a exposição de um pensamento sob forma
figurada (metáfora) ou uma seqüência de metáforas
que significam uma coisa nas palavras, outra no sentido. Alguns autores
adotam também o termo símile que quer dizer comparação
de coisas semelhantes. "Vós sois a luz do mundo" é
uma metáfora; "como um cordeiro mudo diante daquele que
o tosquia" é um símile. "Em verdade, em verdade
vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer,
ficará só, mas se morrer, produzirá muito fruto"
[João 12:24] é uma alegoria.
Em comparação com as parábolas judaicas, as de
Cristo possuem a diferença fundamental de forçarem o ouvinte
a tomar uma posição sobre o assunto. Sua estrutura impele
as pessoas a refletirem sobre sua conclusão. Existe um aspecto
positivo que parece sobressair em relação aos demais.
É seu poder de invadir o tempo e as gerações, despertando
o mesmo interesse (senão maior), permitindo sempre que os homens
possam ampliar, a cada instante, o sentido dos ensinamentos que transmite.
Por tudo isso, bom proveito! Escolha uma parábola para ler e
boas reflexões.
No Novo Testamento, as cartas de Paulo não apresentam parábolas
propriamente ditas, mas narrativas alegóricas ou enigmáticas,
como o ladrão à noite e a mulher prestes a dar à
luz (I Ts. 5:2), o grão de trigo
(I Co. 15:37-38, 42-44); ilustrações
agrícolas (I Co. 3:6; Gl. 5:22),
os crentes como membros do corpo de Cristo (I
Co. 12:12; Rm. 12:4).
Apesar de o Antigo Testamento ser mais extenso que o Novo Testamento,
ele possui apenas onze parábolas escritas em estilo mais simples
e menos estruturado. Isso evidência uma característica
e preferência didática nos discursos de Jesus.
Parábolas no Antigo Testamento:
1. Os moabitas e os israelitas. O narrador
foi Balaão, no monte Fisga (Neemias 23:24).
2. As árvores que escolheram um rei. Foi contada por Jotão,
no monte Gerizim (Juízes 9:7-15).
3. A ovelha e o pobre. Foi narrada pelo profeta Natã, em Jerusalém
(II Samuel 12:1-5).
4. O conflito entre irmãos. Uma mulher de Tecoa contou-a em
Jerusalém (II Samuel 14:9).
5. O prisioneiro que escapou. Apresentada por um jovem profeta, perto
de Samaria (I Reis 20:25-49).
6. O espinheiro e o cedro. O rei Joás a contou, em Jerusalém
(II Reis 14:9).
7. A videira que deu uvas bravas. Isaías contou essa parábola,
em Jerusalém (Isaías 5:1-7).
8. As águias e a vinha (Ezequiel 17:3-10).
9. Os filhotes de leão (Ezequiel 19:2-9).
10. O caldeirão fervente (Ezequiel 24:3-5).
11. Israel como o vinha perto da água (Ezequiel 24:10-14).
As 48 parábolas de Jesus
|
Parábolas |
Lucas |
Mateus |
Marcos |
João |
|
Vinho novo em odres novos |
5:36-39 |
9:16-17 |
2:21-22 |
|
2 |
A casa sobre a rocha |
6:47-49 |
7:24-27 |
|
|
3 |
A geração de hoje |
7:31-35 |
11:16-19 |
|
|
4 |
O semeador |
8: 4- 8 |
13: 3- 9 |
4: 3- 9 |
|
5 |
O espírito impuro volta à casa |
11:24-26 |
12:43-45 |
|
|
6 |
O ladrão |
12:39-40 |
24:43-44 |
|
|
7 |
O criado fiel e prudente |
12:41-48
|
24:45-51 |
|
|
8 |
Diante do juiz |
12:58-59 |
5:25-26 |
|
|
9 |
O grão de mostarda |
13:18-19 |
13:31-32 |
4:30-32 |
|
10 |
O fermento |
13:20-21 |
13:33 |
|
|
11 |
Banquete para os pobres |
14:15-24 |
22: 2-14 |
|
|
12 |
A ovelha desgarrada |
15: 1- 7 |
18:12-14 |
|
|
13 |
Dez moedas ou Cem Dracmas (talentos) |
19:11-27 |
25:14-30 |
|
|
14 |
Os maus vinhateiros |
20: 9-18 |
21:33-46 |
12: 1-12 |
|
15 |
A figueira que secou |
21:29-31 |
24:32-33 |
13:28-29 |
|
16 |
A semente que brota da terra |
|
|
4:26-29 |
|
17 |
O porteiro vigilante |
|
|
13:33-37 |
|
18 |
O joio entre o trigo |
|
13:24-30 |
|
|
19 |
O tesouro escondido |
|
13:44 |
|
|
20 |
A pérola preciosa |
|
13:45-46 |
|
|
21 |
A rede |
|
13:47-50 |
|
|
22 |
Coisas novas e velhas |
|
13:52-53 |
|
|
23 |
O devedor implacável |
|
18:23-35 |
|
|
24 |
Os trabalhadores da vinha |
|
20: 1-16 |
|
|
25 |
Os dois filhos |
|
21:28-32
|
|
|
26 |
As dez virgens |
|
25: 1-13 |
|
|
27 |
O juízo final |
|
25:31-46 |
|
|
28 |
Os dois devedores |
7:41-43
|
|
|
|
29 |
O bom samaritano |
10:29-37 |
|
|
|
30 |
O amigo que chega de viagem |
11: 5- 8 |
|
|
|
31 |
O rico sem juízo |
12:16-21 |
|
|
|
32 |
O retorno do senhor |
12:35-28 |
|
|
|
33 |
A figueira estéril |
13: 6- 9 |
|
|
|
34 |
A porta estreita |
13:24-30 |
|
|
|
35 |
A escolha dos lugares |
14: 8-11 |
|
|
|
36 |
A escolha dos convidados |
14:12-14 |
|
|
|
37 |
A edificação da torre |
14:28-30 |
|
|
|
38 |
que vai guerrear |
14:31-33 |
|
|
|
39 |
A moeda perdida (dracma) |
15: 8-10 |
|
|
|
40 |
O filho pródigo |
15:11-32
|
|
|
|
41 |
O administrador infiel |
16: 1- 8 |
|
|
|
42 |
O rico avarento e Lázaro |
16:19-31 |
|
|
|
43 |
O dever dos criados |
17: 7-10 |
|
|
|
44 |
A viúva e o juiz |
18: 1- 8 |
|
|
|
45 |
O fariseu e o publicano |
18: 9-14 |
|
|
|
46 |
As dez minas |
19:11-27 |
|
|
|
47 |
O bom pastor |
|
|
|
10: 1-16 |
48 |
A videira e os ramos |
|
|
|
15: 1-10 |
|
TOTAIS |
34 |
25 |
7 |
2 |
|
Existem alegorias (metáforas curtas) que podem ser confundidas
com parábolas, como: Mateus 9:15-17.
Fonte: http://franzolim.blogspot.com.br/2015/02/estudo-das-parabolas-de-jesus.html
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das Instituições Espíritas no Estado de São Paulo:
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Estudo
das parábolas de Jesus
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"milagres" de Jesus na visão espírita
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