Não existe casa espírita ou instituição
qualquer, que possa dispensar a presença de pessoas para fazê-la
funcionar a contento em atendimento aos seus objetivos anteriormente
traçados, mesmo quando a atividade de determinada instituição
seja em sua grande parte executadas por máquinas, ainda assim,
os objetivos são obviamente planejados por alguém, e
pede como conseqüência a vigilância e a manutenção
do homem.
Especialmente na casa espírita, em virtude das nobres
atividades a que se propõe, muito mais dependente
se faz, da união e da cooperação de seus tarefeiros
em todas as atividades que nela se realizarem, onde o entrosamento
e o bom relacionamento dos seus membros são fatores determinantes
do bom êxito nos cometimentos espirituais a que se destina.
No trabalho em grupo da casa espírita, o individualismo deve
ceder lugar ao espírito de equipe
para que possa lograr sucesso nas atividades em desenvolvimento. Para
tanto é imprescindível que algumas medidas sejam antecipadamente
estabelecidas para que o personalismo exacerbado não prejudique
o conjunto que deve buscar a cada dia o aprimoramento de todos e das
atividades da casa.
Antes do começo da tarefa a que se destina o grupo, é
preciso que se reúnam para que possam juntos participar da
elaboração das propostas e definirem a responsabilidades
de cada membro do grupo.
Após esse acordo definido, é necessário que todos
se entreguem ao trabalho com boa vontade
e comprometimento com as metas a alcançar,
elaboradas quando do planejamento, e, cada tarefeiro se esmere na
parte da tarefa, que lhe está determinada.
Preciso se faz, que a tarefa de responsabilidade do grupo, seja
constantemente avaliada por todos os seus participantes,
para que sejam feitas as adaptações, as mudanças
ou as possíveis modificações que se fizerem necessárias
nas partes que não estiverem alcançando os resultados
almejados, sem que isso seja motivo de constrangimento para quem quer
que seja, e ouvindo-se e analisando-se com equilíbrio as críticas
e as sugestões de todos, se possa encontrar as soluções
mais adequadas para a melhora da situação, proporcionando
a integração e a harmonia da equipe, facilitando um
relacionamento sincero e fraterno entre os indivíduos envolvidos
no trabalho.
É necessário que todos entendam
que não existe o grupo perfeito
e que por essa razão, é importante trabalhar as diferenças
existentes entre cada membro da equipe, que podem
ter causas diversas, entre outras as diferenças sociais, culturais
etc., e que os possíveis conflitos que surgirem devem ser administrados
com equilíbrio, paciência, compreensão e muita
conversa, para que sejam evitadas de todas as formas possíveis,
as pequeninas querelas que se não forem bem administradas podem
se tornar sérios obstáculos ao bom desempenho do grupo
na conquista do objetivo planejado.
Importante ressaltar que o grupo disposto
ao trabalho com Jesus, não prescinde do espírito
de equipe, onde “Deus é por todos
e cada criatura pelos seus irmãos”. Nesse diapasão
cada qual possa se transformar em braço do Cristo a serviço
da paz e do bem, em constante progresso em direção à
pureza espiritual que estamos destinados.
“A benfeitora Joanna de Ângelis nos
esclarece: “Estamos no lugar certo, ao lado das pessoas corretas,
vivendo com aqueles que nos são melhores elementos para a execução
do programa. A pretexto de novas experiências ou fascinados
pela utopia de novas emoções, não perturbemos
o culto dos deveres a que nos jugulamos com fidelidade”.
“Tornemo-nos o vaso onde deve arder
a flama do bem, oferecendo, também, o óleo dos nossos
esforços reunidos a benefício da intensidade da luz”.
¹
1) Livro: Após a Tempestade – Divaldo
Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Angelis, Cap. 24.
2) Grifos nossos.