É dever de todos
nós, buscarmos o equilíbrio e a harmonia nas relações
do dia-a-dia com os nossos familiares. Muita coisa pode ser feita
nesse sentido para se estabelecer ou manter um estado de paz em
família, tanto entre os cônjuges, como entre pais
e filhos, ou mesmo entre os demais membros do nosso clã familiar.
A experiência e as inúmeras páginas encontradas
na literatura espírita muito podem nos ajudar no esforço
que precisamos empreender para desenvolver a fraternidade e o respeito
entre os membros de nossa família, aqui selecionamos alguns
que julgamos muito importantes entre centenas de outros, que precisamos
por em prática com empenho, e boa vontade, se quisermos alcançar
a tão almejada convivência fraterna em família.
Inicialmente, precisamos dar combate ao nosso orgulho e egoísmo
para ter humildade de compreender que muitas vezes também somos
motivos de um mau relacionamento com nossos afetos, que nem sempre
são somente eles os culpados pelo clima de desentendimento
existente;
É necessário que incentivemos com nosso exemplo o Dialogo
diário; pois, só através do conhecimento das
dificuldades de todos é que podemos tratar das possíveis
soluções, que muitas das vezes são muito simples;
Devemos cultivar a simpatia, isto é,
ser menos carrancudo e mais acessível para que os outros possam
ter a devida coragem e liberdade de dialogar conosco sem quaisquer
receios;
Necessário se faz, que não cultivemos maus
sentimentos, como: mágoas, rancores, desejo de
vingança etc., em nosso coração, contra qualquer
familiar que errou para conosco, entendendo que também muitas
vezes já erramos para com outros e, que possivelmente ainda
erraremos muitas outras vezes;
Precisamos ter respeito pelo espaço e liberdade
dos nossos entes familiares, assim como
exigimos que respeitem o nosso, pois, cada ser
é um, com seus pontos positivos e negativos, e, que não
somos donos nem da verdade e nem de ninguém;
Temos obrigação de aceitar as diferenças;
entendendo que ninguém é exatamente igual ao outro,
e procurar entender e desculpar os defeitos do nosso familiar, procurando
à medida de nossas possibilidades, estimular o lado bom que
eles possuírem e manter afabilidade e doçura nas palavras
e gestos, afim de incentivar a prática da solidariedade dentro
de casa.
É devido à falta de compreensão
e diálogo, que o egoísmo se estabelece e desenvolve
entre os componentes da estrutura familiar, prejudicando sobremaneira
as relações de convivência, sobretudo na relação
conjugal.
Assim sendo, precisamos estar em constante
vigilância, para enfrentar os prejuízos causados por
nossa postura egoística em relação à nossa
família, entendendo que é no lar, que
primeiramente a Sabedoria Celeste nos concede a oportunidade de desenvolver
nossa relação de convivência com o nosso próximo,
para que aprendamos a compartilhar ou dividir não só
os bens materiais, como a atenção e o afeto em
nível mais restrito, para que mais tarde, nos relacionemos
de forma satisfatória com a sociedade a que pertençamos.
Na família, aprendemos a ter preocupação e cuidado
para com os nossos afetos, recebendo e dando atenção
e carinho, desenvolvendo uma relação de respeito e bem-estar
para com os demais membros familiares, e é com o concurso do
diálogo franco, que tomamos conhecimentos das dificuldades
dos outros e mostramos as nossas, com a finalidade de buscarmos juntos,
o adequado equilíbrio nas nossas relações.
Não podemos esquecer também que estamos de volta no
lar ao lado dos afetos e desafetos de outras oportunidades para reatarmos
os vínculos de fraternidade e harmonia que na maioria das vezes
não soubemos honrar, conforme segue.
“Freqüentemente, o Espírito renasce no mesmo
meio em que já viveu, estabelecendo de novo relações
com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes haja feito".
¹
Dessa forma, que possamos
dedicar o devido esforço no desenvolvimento de um bom ambiente
familiar, fazendo a parte que nos cabe fazer, para que a família
possa alcançar as finalidades sublimes para as quais o Pai
Celeste a estabeleceu.