Ainda tem gente com dúvidas
Graças à fé raciocinada que a doutrina espírita
nos proporciona, nós seguidores fiéis dos ensinos de
Jesus, ratificados pelas obras da codificação tão
nobremente elaborada por Allan Kardec, incomparável discípulo
do Mestre de Nazaré, e confirmadas por outras variadas obras
de reconhecido cunho doutrinário, não temos a menor
dúvida da existência de Deus nosso Pai, criador de tudo
e de todos.
Basta analisarmos as milhares de obras ao nosso redor,
como por exemplo, a cascata que abaixo exibimos, para verificarmos
que não se trata de obra de nenhum ser humano, por mais poderoso
e sábio que possa ter existido; e, a nossa consciência
nos levará a través da capacidade de pensar de que fomos
dotados por esse mesmo Pai, que só alguém muito acima
de qualquer possibilidade do homem na atualidade de nossos conhecimentos
e poderes poderia tê-las construído.
Alguns desses mesmos indivíduos que não
crêem na existência de Deus, não sabendo a quem
atribuir tantas belezas exibidas pela natureza, escondem-se no orgulho
disfarçado de incredulidade para negar o inegável, explicar
o inexplicável, atribuir tão grande obra de inteligência
ao acaso inexistente.
Nós seguidores da doutrina espírita,
não apenas achamos que Deus existe, mas, sabemos de sua existência
e não agasalhamos em nosso mundo íntimo a menor dúvida
a esse respeito, pois, as evidências são claras e visíveis
a quem tem pelo menos olhos de ver.
Os Espíritos Superiores, responderam às
indagações de Kardec, de forma a não nos deixar
quaisquer resquícios de incertezas, aclarando o raciocínio
de quem se dispuser a pensar sem idéias radicais pré-concebidas,
e, disposto a analisar os fatos pela ótica da lógica
e do bom senso.
Encontramos em O Livro dos Espíritos as claras,
lógicas e confiáveis explicações para
o assunto em pauta, conforme segue:
Provas da existência de Deus
4. Onde se pode encontrar a prova da
existência de Deus?
“Num axioma que aplicais às vossas
ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a
causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão
responderá.”
Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação.
O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência
de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar
que o nada pôde fazer alguma coisa.
5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo,
que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?
“A de que Deus existe; pois, donde lhes viria
esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma
conseqüência do princípio - não há
efeito sem causa.”
6. O sentimento íntimo que temos da
existência de Deus não poderia ser fruto da educação,
resultado de idéias adquiridas?
“Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse
sentimento?”
Se o sentimento da existência de um ser supremo
fosse tão-somente produto de um ensino, não seria universal
e não existiria senão nos que houvessem podido receber
esse ensino, conforme se dá com as noções científicas.
7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas
da matéria a causa primária da formação
das coisas?
“Mas, então, qual seria a causa dessas
propriedades? É indispensável sempre uma causa primária.”
Atribuir a formação primária
das coisas às propriedades íntimas da matéria
seria tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades são,
também elas, um efeito que há de ter uma causa.
8. Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação
primária a uma combinação fortuita da matéria,
ou, por outra, ao acaso?
“Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso
um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.”
A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia
combinações e desígnios determinados e, por isso
mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação
primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é
cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência
produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.
9. Em que é que, na causa primária,
se revela uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?
“Tendes um provérbio que diz: Pela
obra se reconhece o autor. Pois bem! Vede a obra e procurai o autor.
O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada
admite acima de si. Por isso é que ele se denomina a si mesmo
de espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!”
Do poder de uma inteligência se julga pelas obras. Não
podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primária
é, conseguintemente, uma inteligência superior à
humanidade.
Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana
tenha operado, ela própria tem uma causa e, quanto maior for
o que opere, tanto maior há de ser a causa primária.
Aquela inteligência superior é que é a causa primária
de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe dêem.
Por esses, e outros tantos ensinamentos da doutrina espírita,
é que não nos cansamos de agradecer a Deus, a Jesus
e aos Bons Espíritos amigos, por nos terem proporcionado o
encontro com essa maravilhosa maneira de entender as mensagens contidas
no evangelho de Jesus, que só o espiritismo por enquanto é
capaz de esclarecer sem nos deixar outra opção senão
a de utilizar dos nossos dotes intelectuais para raciocinar entre
a teimosia daqueles que não têm ainda a exata noção
do poder dessa Inteligência Maior, causa primeira de tudo o
que existe que conhecemos e até mesmo o que existe e ainda
desconhecemos, e os argumentos por eles ministrados e colocados para
nossa reflexão.
Nossas vibrações sinceras e nossas preces para esses
irmãos que ainda se mantêm lastimavelmente na ignorância
e na falta de fé que é o Combustível
Divino a nos impulsionar para frete e para o alto.
Mas essa mesma inteligência é tão sábia
e misericordiosa, que nos dará quantas oportunidades nos forem
necessidades para que na terra ou em outro planeta do sistema solar
o homem descrente de hoje se torne um filho de Deus confiante e convicto
de sua existência.
Que Jesus nos abençoe e nos guarde em sua doce e sublime paz,
hoje e sempre!.
Francisco Rebouças.