Divaldo
Pereira Franco
> Clamor Social: o Clímax e a indiferença dos
governantes
Quando as injustiças sociais
atingem o clímax e a indiferença dos governantes pelo
povo que estorcega nas amarras das necessidades diárias, sob
o açodar dos conflitos íntimos e do sofrimento que se
generaliza, nas culturas democráticas, as massas correm às
ruas e às praças das cidades para apresentar o seu clamor,
para exigir respeito, para que sejam cumpridas as promessas eleitoreiras
que lhe foram feitas...
Já não é mais possível amordaçar
as pessoas, oprimindo-as e ameaçando-as com os instrumentos
da agressividade policial e da indiferença pelas suas dores.
O ser humano da atualidade encontra-se inquieto em toda parte, recorrendo
ao direito de ser respeitado e de ter ensejo de viver com o mínimo
de dignidade.
Não há mais lugar na cultura moderna, para o absurdo
de governos arbitrários, nem da aplicação dos
recursos que são arrancados do povo para extravagâncias
disfarçadas de necessárias, enquanto a educação,
a saúde, o trabalho são escassos ou colocados em plano
inferior.
A utilização de estatísticas falsas, adaptadas
aos interesses dos administradores, não consegue aplacar a
fome, iluminar a ignorância, auxiliar na libertação
das doenças, ampliar o leque de trabalho digno em vez do assistencialismo
que mascara os sofrimentos e abre espaço para o clamor que
hoje explode no País e em diversas cidades do mundo.
É lamentável, porém, que pessoas inescrupulosas,
arruaceiras, que vivem a soldo da anarquia e do desrespeito, aproveitem-se
desses nobres movimentos e os transformem em festival de destruição.
Que, para esses inconsequentes, sejam aplicadas as corrigendas previstas
pelas leis, mas que se preservem os direitos do cidadão para
reclamar justiça e apoio nas suas reivindicações.
O povo, quando clama em sofrimento, não silencia sua voz, senão
quando atendidas as suas justas reivindicações. Nesse
sentido, cabe aos jovens, os cidadãos do futuro, a iniciativa
de invectivar contra as infames condutas... porém, em ordem
e em paz.
_____________________________
"Neste tempo aqui, não
se discute de uma troca parcial de uma renovação limitada
a um sítio, a um povo, a uma raça; é um movimento
universal que se opera no sentido do progresso moral. Uma nova ordem
de coisas tende a se estabelecer, e os homens que o sejam os maiores
opositores aí trabalham por seu desconhecimento; a geração
futura, desembaraçada das escórias do velho mundo e
formada de elementos mais depurados, encontrar-se-á animada
de ideias e sentimentos distintos dos que a geração
presente que se vai a passos de gigante. O velho mundo estará
morto e viverá na História como atualmente os tempos
da idade média, com seus costumes bárbaros e suas crenças
supersticiosas.
De resto, cada um sabe que a ordem das coisas atuais deixa a desejar;
após ter de alguma sorte, esgotado o bem-estar material que
é o produto da inteligência, chega-se a compreender que
o complemento deste bem-estar só pode estar no desenvolvimento
moral. Quanto mais se avança, mais se sente o que falta, sem,
entretanto poder ainda defini-lo claramente; é o efeito do
trabalho íntimo que se opera pela regeneração;
tem-se desejos, aspirações que são como o pressentimento
de um estado melhor."
Allan Kardec, in A
Gênese, Cap. XVIII, Sinais dos Tempos, item 7.
Fonte:
JORNAL A TARDE - Salvador/BA - 20/06/2013
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