O presente estudo se justifica por ser
o estudo do espiritismo e das religiões afrobrasileiras um
universo, ainda hoje, pouco conhecido no meio acadêmico brasileiro.
Por religiões afrobrasileiras entende-se: “[...] o conjunto
das práticas religiosas desenvolvidas a partir do contato entre
civilizações de origem européia, africana e americana
em solo brasileiro”.
(CAPELLARI, 2001, p. 65).
(...)
Descobrimos que existe um esforço
muito grande entre os líderes dessas religiões, no sentido
de diferenciar umas das outras.
No entanto, essas religiões se apresentam de maneira complexa,
plural e diversificada e esses ingredientes são objetos de
outra pesquisa. Lembrando à indagação inicial
que motivou essa pesquisa [existe centro espírita de umbanda?],
observamos que apesar da separação entre espiritismo
e umbanda, é muito comum, como citado por Alves (2009), as
pessoas abrirem terreiros de umbanda, cuja denominação
leva a expressão “Centro Espírita”, quando
deveria ser, como querem os espíritas “Templo”
ou “Terreiro”. Entretanto, alguns umbandistas entendem
que a palavra “espiritismo” se refere a toda crença
com possibilidade de comunicação com o espírito
dos “mortos” (desencarnados), ou seja, todas as religiões
mediúnicas.