1. Obsessão não
é loucura, mas pode produzi-la, se a ação
malfazeja de um Espírito sobre outro for persistente e
não tratada a seu devido tempo. Nesse caso, é preciso
compreender que a ação persistente pode produzir
lesões físicas, muitas vezes irreversíveis.
2. No livro "Grilhões Partidos",
de Manoel P. de Miranda, vemos diversos exemplos de doenças
mentais, como epilepsia e esquizofrenia, que nada têm a
ver com a obsessão. E o mesmo livro mostra que o caso Ester,
que era tipicamente subjugação obsessional, fora
tratado como esquizofrenia. O autor mostra-nos, no entanto, que
nas obsessões e nas doenças mentais a lei de causa
e efeito está sempre presente.
3. A perturbação mental se manifesta de duas maneiras
diferentes: com e sem lesão cerebral. Bezerra de Menezes,
no livro "A Loucura sob Novo Prisma",
sugere, para casos distintos, tratamentos distintos. Se o problema
não é orgânico-cerebral, é preciso
levar em conta as causas extrafísicas atuantes.
4. Allan Kardec, n' "O Livro dos Médiuns",
sustenta que entre os tidos por loucos muitos há que são
apenas subjugados. A recíproca é também verdadeira.
A experiência do Dr. Ignácio Ferreira aponta nesse
sentido. Por isso deve haver muito cuidado com os diagnósticos
apressados, como José Raul Teixeira alerta no livro "Diretrizes
de Segurança", pergunta 96.
5. Na obsessão, o que determina a perturbação
é a interposição de fluidos do obsessor entre
o agente (alma) e o instrumento
de sua ação mental (cérebro). Tanto na loucura
propriamente dita, como no processo obsessivo, o que existe é
uma irregularidade na transmissão ou manifestação
do pensamento.
6. Se há uma incapacidade material do cérebro para
receber e transmitir fielmente as cogitações do
Espírito encarnado, temos a loucura. Se há interrupção
do fluxo dessas cogitações, que não chegam
integralmente ao cérebro, eis a obsessão. Mas os
especialistas, como o Dr. Célio Trujilo Costa, psiquiatra
espírita do Hospital Espírita de Psiquiatria Bom
Retiro, dizem ser muito difícil afirmar quando se trata
de loucura ou de obsessão, pois há componentes de
uma e outra em ambos os casos.
7. Os evangelistas Marcos, Lucas e Mateus narram inúmeros
casos de possessão que impunham ao enfermo uma incapacidade
física qualquer, como cegueira, crises epilépticas,
mudez, que cessavam quando o paciente era libertado. Profilaxia
e Tratamento da Obsessão
8. O tratamento da obsessão exige, como condição
indispensável, a transformação moral do paciente.
E' fundamental a elevação de seu padrão vibratório,
através de bons pensamentos, bons sentimentos e bons atos,
para que ele, elevando esse padrão, deixe de sintonizar
na mesma faixa vibratória do obsessor e fique, assim, fora
do alcance da entidade desencarnada.
9. A prática do bem e a confiança em Deus aparecem,
assim, como fatores essenciais na desobsessão.
10. Podemos sintetizar em sete itens
os recursos necessários ao bom êxito no tratamento
das obsessões:
a) conscientização do problema por parte do obsidiado
e de seus familiares, lembrando-lhes que a paciência é
fator essencial no tratamento e que as imperfeições
morais do obsidiado constituem o maior obstáculo à
sua cura;
b) fluidoterapia (passes magnéticos, radiações
e água magnetizada);
c) prece e vigilância permanente;
d) laborterapia;
e) renovação das idéias através da
boa leitura, de palestras e da conversação elevada;
f) culto evangélico no lar;
g) esclarecimento do Espírito obsessor, em grupos mediúnicos
especializados, em cujas reuniões a presença do
enfermo não é necessária.
Roteiro de Estudo
1. A obsessão pode transformar-se em loucura?
R.: itens 1 e 2
2. A perturbação mental é sempre resultado
de lesão cerebral?
R.: itens 3 e 4
3. Qual a diferença essencial entre loucura e obsessão?
R.: itens 5 e 6
4. V. conhece exemplos de lesões físicas causadas
por obsessão?
R.: item 7
5. Qual a condição essencial ao tratamento e cura
da obsessão?
R.: itens 8 e 9
6. Por que a conscientização do obsidiado acerca
de seu caso é importante no tratamento da obsessão?
R.: item 10, letras "a" a "g"
7. A prece é importante na terapia desobsessiva?
R.: item 10, c
8. Na reunião mediúnica de desobsessão,
é conveniente que o obsidiado esteja presente?
R.: item 10, g