A primeira zona, a espiritual, comandaria
toda a organização através do perispírito
que lhe serve de filtro adaptador de energias e que, por sua vez, serão
mergulhadas na zona física, a fim de conduzir e orientar o complexo
metabolismo orgânico. Dessa forma, os processos intelectivos e
afetivo-emocionais que se projetam na tela física, são
o resultado de elaborações espirituais a definirem e influenciarem
os mecanismos psicológicos da nossa denominada zona consciente.
De todos esses processos, os coligados à inteligência têm
sido pesquisados e avaliados com nossas percepções, possibilitando
uma escala ou quociente de inteligência.
Desse modo, existem três variedades de inteligência que,
apesar de se apresentarem em seus degraus, correspondem a um só
bloco com uma única origem espiritual. Assim, uma linha horizontal
representaria o coeficiente de inteligência (QI), a posição
mais simples de pequeno desenvolvimento. Esta posição
foi bastante festejada, a partir de meados do século XIX, visando
a medir o grau de inteligência das pessoas. Em virtude de não
representar, realmente, destacada posição avaliativa,
aos poucos ficou sendo relegada a plano de pouco valor, embora utilizada
em limitados testes.
A partir da década de 90 do século XX, nasce a chamada
inteligência emocional com as observações de Daniel
Goleman, o denominado QE, podendo ser representado por linha oblíqua,
de modo a traduzir um grau mais avançado de inteligência.
Uma linha vertical representaria o mais expressivo grau de inteligência,
a inteligência espiritual, o QS, resultado de observações
e pesquisas que estão alastrando pela física quântica
e a fenomenologia paranormal.
No coeficiente de inteligência, o QJ, os processos instintivos
primários estão bem salientes, em que as manifestações
de entendimento revelam-se, preferentemente, nos processos fastidiosos
das análises. É como se existissem apenas ligações
neuroniais pobres, em série, por isso com limitados recursos,
embora havendo perspicácia perceptiva nos seres.
Na inteligência emocional, a englobar o QI, já existe o
pensamento associativo, em que os instintos se encontram mais aprimorados,
no sentido de aptidões. Nesta posição, as emoções
e sentimentos envolvem-se em suas atividades, denotando ligações
neuroniais não mais em série, mas, sim, em rede, de modo
a explicar uma fenomenologia psicológica mais rica.
Na Inteligência espiritual, as ligações neuroniais
alcançariam posições bastante complexas, com ativa
participação da base cerebral, zona do conhecido lobo
límbico. Este modelo mais aparelhado engloba todos os graus de
inteligência, com pensamentos ordenados, participando das criações
psicológicas em que a intuição representa a mola
mestra do processo.
Em face da fenomenologia paranormal, em que a mediunidade é de
grande expressão, as três variedades – QI, QE e QS
– mostrar-se-ão de acordo com os seus diversos graus e
alcances. Assim, o fenômeno mediúnico, por fazer parte
dos componentes orgânicos, quando ativado alcançará
e será envolvido por qualquer tipo de inteligência. Diante
de tal fato, compreendemos o teor das mensagens espirituais reveladas
no processo mediúnico, com as características de maior
ou menor significado, pela condição de filtragem que a
organização mediúnica oferece.
Joanna de Ângelis (Espírito) demarca as quatro forças
dentro da visão psicológica.
A primeira força marca, praticamente o início mais ordenado
dos fenômenos psicológicos, com Watson, o criador do modelo
behaviorista, a denominada psicologia do comportamento, em que o processo
seria de exclusiva função neuronial. Este modelo teve
uma ampliação, no início do século XX, Skiner
que lhe deu um pequeno passo para as funções do inconsciente.
A segunda força, com Sigmund Freud, ainda envolvida nas funções
neuroniais, já apresenta abertura para o envolvimento da lama,
com a tão expressiva psicanálise. A nosso ver, devemos
a Freud, ter lançado os valores existenciais da lama na Universidade
com o nome de inconsciente.
A terceira força, denominada de psicologia humanista, teve em
Rogers seu grande impulsionador com as questões existenciais.
Este modelo foi avançando, ampliando condições
que foram propiciando o despertar da quarta força psicológica,
a psicologia transpessoal, a psicologia do porvir.
A quarta força ou psicologia transpessoal teve início
com Jung, o pioneiro, que se foi desenvolvendo com psicólogos
ilustres, como Assagioli e sua psicossíntese, Maslow com a hierarquia
das necessidades, e com S. Grof, ratificando os conteúdos do
inconsciente como autênticos depósitos de experiências
pregressas. Este modelo psicológico está se desenvolvendo,
cada vez mais, em busca de uma totalidade conhecida como movimento holístico,
onde muitas vertentes são analisadas e computadas, a fim de fornecer
elementos que propiciem melhores definições do psiquismo
humano.