Johann Karl Friedrich Zöllner
> Uma experiência para os céticos
J. K. Friedrich Zöllner
(1834-1882). Professor de Astronomia e Física na Universidade
de Leipzig, membro da Real Sociedade de Ciências, membro
correspondente da Real Sociedade Astronômica de Londres
e da Imperial Academia de Ciênias Físicas e Naturais
em Moscou. Membro Honorário da Associação
de Ciências Físicas em Frankfurt em Main, da Sociedade
Científica de Estudos Psíquicos, em Paris, e da
Associação Britânica de Espiritualistas de
Londres.
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(trecho inicial)
Para convencer as pessoas que não
tomaram parte nas sessões com Slade, sobre os fenômenos
aí obtidos, especialmente os das lousas, lembrei-me do seguinte
expediente:
Comprei numa papelaria um grande número destas lousas de fechar
do fabricante A. W. Faber, n.° 58, que internamente têm uma
superfície livre de 220 x 144 milímetros e 6 milímetros
de altura. A lousa fechada fica com dois lados da moldura tão
justos que se torna impossível, sem abri-la, introduzir mesmo
uma folha de papel. Na parte anterior e oposta àquela em que
se acham as dobradiças, há duas espirais de latão
que, quando a lousa está fechada, serve de porta-lápis.
Com uma destas lousas, na tarde de 6 de maio de 1878, dirigi-me à
residência do meu colega Wach, professor de Direito Criminal desta
Universidade e lhe expus à minha ideia. O professor foi da minha
opinião que se esta lousa depois de bem lacrada reproduzisse
em presença de Slade alguma escrita, seria a prova indiscutível
de um fenômeno notabilíssimo mesmo para aquele que não
assistisse às sessões. O meu colega prontificou-se a tentar
a experiência. A lousa depois de colocado dentro um pedaço
de lápis, foi fechada, sendo colada em cada cabeceira uma tira
de papel de 35 milímetros e de 184 de comprimento.
Depois de grudado o papel, o professor lacrou os pontos afixando o seu
sinete. Propus a aposição de mais dois lacres na parte
anterior, o que o meu colega achou supérfluo, assegurando serem
mais que suficientes as precauções já tomadas para
prevenir qualquer embuste. Com esta lousa dirigi-me à casa do
meu amigo von Hoffmann e lhe expliquei a minha intenção.
Fomos de opinião ser esse o melhor meio de bons médiuns
convencerem os incrédulos, tornando assim Slade a sua vida mais
suave, ajustando estas lousas a tanto cada uma e devolvendo-as escritas.
Compreende-se que toda a garantia de quem lhe enviasse as lousas repousava
nas precauções que ele próprio tomasse.
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