Selma Trigo
> Jesus, o maior pedagogo de todos os tempos
FALAR DE EDUCAÇÃO
É FALAR DE JESUS.
Falar de educação é lembrar de Jesus, o Mestre
dos mestres.
Ele, com simplicidade, revelou sua habilidade e competência
no que bem sabia fazer, que era a educação do espírito
imortal.
Utilizou-se de métodos baseados na assimilação
ativa, utilizando-se de inúmeras técnicas em suas ações
educativas baseadas na Pedagogia do Amor, de forma a refletir por
todos os tempos em nossas almas de aprendizes e por vezes educadores,
pela essência de seu conteúdo e habilidade de seus ensinamentos.
Jesus expressava-se de forma simples e com fluidez, embasado nas experiências
e necessidades das pessoas, seus “educandos,” se assim
podemos dizer. De forma a organizar os pensamentos e despertar os
sentimentos para valores nobres, objetivando uma prática educativa
libertadora na busca da evolução do espírito.
É claro, que com a excelência educativa de Jesus, ele
compreendia que cada pessoa tinha seu tempo próprio para o
despertamento íntimo de valores a serem desenvolvidos. Por
isso, sua prática não era linear, utilizava da flexibilidade
educativa para que pudesse alcançar a todas as mentes e corações,
respeitando as estruturas mentais de cada um, dentro do processo de
evolução.
A POSTURA DE
JESUS COMO EDUCADOR
Jesus sempre teve uma postura de clareza e objetividade
que favorecia a compreensão do que desejava comunicar, buscando
na época, pautar sua ação pedagógica na
compreensão do concreto para o abstrato. Sendo esse um dos
métodos mais eficaz.
Como era bastante observador das ações humanas, trazia
consigo a percepção que o favorecia a interrogar com
embasamento e a responder com segurança, nunca impondo suas
ideias, mas buscando levar a verdade iluminada de esperança
e certeza, até porque tinha um propósito bem definido
no ato de educar evangelizando.
E o que mais favorecia o respeito de todos com Jesus era sua postura,
pelo exemplo na própria vida de relação, em que
a prática significava suas palavras. Daí importante
deixar aqui registrado, que até hoje, seus ensinamentos ecoam
“em nossos ouvidos” e nos faz refletir sobre seus valores.
Pois Jesus, sem dúvida, é o caminho, a verdade e vida.
E esses valores representam libertação e rompimento
de paradigmas, numa época em que a rigidez do pensar e do sentir
era predominante.
A capacidade de Jesus na relação interpessoal, favoreceu
a sua compreensão quanto a personalidade de cada pessoa que
junto a ele conviveu, compreendendo as diferenças e sabendo
utilizar o que de melhor havia em cada um, promovendo uma dinâmica
de participação ativa, despertando a vontade que é
a potência da alma que movimenta as demais potências.
Esse procedimento favorecia uma unidade em torno do objetivo que desejava
alcançar, que era a busca do autoconhecimento, promovendo a
motivação nas realizações íntimas
e coletivas.
A postura inovadora de Jesus, como educador, era embasada no valor
da pessoa, no histórico-cultural da época, na descoberta
pessoal promovendo de forma concreta a realidade da vida, utilizando
a reflexão profunda, aproveitando da vivência de cada
um, num comportamento que favorecia um clima de confiança e
respeito, coerência no modo de ser.
Jesus considerava a avaliação como meio de aprendizagem
que conduz à autonomia intelectual e principalmente moral,
que é o verdadeiro sentido do espírito a sua evolução.
TÉCNICAS
E PRÁTICAS EDUCACIONAIS UTILIZADAS POR JESUS
Todas as técnicas educacionais utilizadas por Jesus, estavam
baseadas em temas a serem desenvolvidos ou necessidades dos grupos
que se faziam presentes aos ensinamentos.
Dentre muitas dessas técnicas e práticas, podemos citar:
- as preleções
— através dos Sermões do Monte;
- explicações
e narrativas;
- as parábolas;
- ilustrações
— quando, por exemplo, Jesus fez referência aos lírios
do campo;
- conversa didática
— no diálogo de Jesus com a mulher samaritana;
- observação
— como exemplo a parábola do óbolo da viúva;
- exemplificação
— no trecho em que Jesus se dirige à mulher adúltera
quando diz:
“Mulher, ninguém te condenou, eu também não
te condeno”. (Jo., 8:11.)
Nos cultos no lar , realizado por
Jesus, na casa de Pedro, as trocas das ideias eram enriquecedoras,
pois Jesus levava as pessoas a buscarem os questionamentos no interior
de suas almas. E de forma didática, “provocava”
o pensar. E quando o questionamento lhe era dirigido, a resposta retornava
em questionamento, num feed-back enriquecedor, estimulando
a quem perguntava, a organizar as ideias dentro da verdade existencial
em si mesmo. Assim, como educador, Jesus não oferecia respostas
prontas, mas buscava perceber as vibrações dos sentimentos,
para lançar mão do conteúdo interior de cada
um para melhor esclarecer, de acordo com as lições evangélicas.
Por isso, encontramos muitas vezes Jesus dizendo: “Em verdade,
em verdade em vos digo...” e seguia com sua “aula de vida”,
pois Jesus via na educação moral o caminho da redenção
humana.
Sua ação como educador de almas demonstrava o quanto
confiava na força da educação.
Então, por tudo isso apresentado, podemos dizer que Jesus se
preocupou com uma aprendizagem significativa que até hoje é
atualíssima no campo do conhecimento intelectual e principalmente
moral.
Esse foi o grande trabalho educativo deixado por Jesus, que nós
educadores de espíritos, nas suas variadas ações
educativas da vida, nesta existência, podemos bem utilizar,
pois Jesus, foi e continua sendo o maior Pedagogo que já existiu,
deixando um legado muito rico de aprendizagem, que nós podemos
utilizar como educadores, pais, responsáveis, professores e
evangelizadores.
Referências
Bibliográficas:
Kardec, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 5ª ed. Rio
de Janeiro: CELD, 2010.
Pereira, Sandra Maria Borba. Reflexões Pedagógicas
à Luz do Evangelho. 1ª ed., Ed. FEP – Curitiba,
2009.
Amuí, Alzira Bessa França / Varanda, Silvieri Luciano.
A Caminho de Jesus – 41º Encontro de Evangelização
de Espíritos. Sacramento – Minas Gerais. 2010.
Incontri, Dora. Pedagogia Espírita, um projeto brasileiro
e suas raízes. 1ª ed., SP. Editor Comenius, 2004.
Fonte: Revista
CELD de Estudos Espíritas
https://celd.xyz/wp-content/uploads/12-Revista_CELD_Dezembro_2017.pdf
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