Tempo não há,
pois a Mediunidade é trabalho para muitas reencarnações
na existência do espírito, em verdade esta faculdade
em suas mais variadas ramificações, esta presentes em
todos os homens, todavia no sentido restrito da palavra é após
o desabrochar na existência atual que o trabalho se efetiva
com mais intensidade e a partir daí não deve mais parar
ou estacionar, sob a possibilidade de um recomeço, muito mais
árduo e penoso.
Sabemos que a faculdade estando presente em nós deve eclodir-se
sozinha, mas isso não quer dizer que não possamos trabalhar
no campo de modelação de nosso espírito, através
das atividades evangelizadoras, na doação fraternal
de atendimento à irmãos necessitados.
Identificados pelo sensitivo os sintomas que lhe caracterizam a faculdade
mediúnica, a ele cumpre o dever de educá-la. Somente
o sensitivo é capaz de qualificar-se nessa condição,
nenhum sinal externo pode chamar a atenção do observador,
a fim de apontar as pessoas que sejam possuidoras de mediunidade.
Mesmo sabendo que a mediunidade é uma faculdade originária
no espírito, e que se exterioriza através do organismo
físico, não apresenta síndromes externas, e,
mesmo quando algumas destas possam tipificar-lhe a presença,
tal conclusão jamais poderá ser infalível.
A mediunidade, propiciando a interferência dos desencarnados
na vida humana, a princípio gera estados particulares na área
da emotividade como estados fisiológicos. Porque mais facilmente
se registram a presença e o envolvimento de seres negativos
ou perniciosos, a irradiação das suas energias produz
esses estados anômalos, desagradáveis, que podem ser
confundidos com problemas patológicos outros. Porém
o sensitivo é constantemente chamado para a observação
dessas manifestações consigo mesmo, por surgirem em
momentos menos próprios ou aparentemente sem causas desencadeadoras.
O orientador espírita deve ser capaz de convencê-lo que
o exercício correto da mediunidade nenhum perigo oferece a
quem quer que seja.
Se observarmos em O Livro O
Consolador por Emmanuel, através de Chico Xavier,
nas perguntas 387 / 388 poderemos verificar a grande importância
que devemos dar a esses mecanismos de elevação que a
Natureza nos concede:
387 - Qual a maior necessidade
do médium?
- A primeira necessidade do médium é evangelizar-se
a si mesmo antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias,
pois, de ouro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do
personalismo, em detrimento de sua missão.
388 - Nos trabalhos mediúnicos temos de considerar,
igualmente, os imperativos da especialização?
- O homem do mundo, no círculo de obrigações
que lhe competem na vida, deverá sair da generalidade para
produzir o útil e o agradável, na esfera de suas possibilidades
individuais. Em mediunidade, devemos submeter-nos aos mesmos princípios.
A especialização na tarefa mediúnica é
mais que necessária e somente de sua compreensão poderá
nascer a harmonia na grande obra de vulgarização da
verdade a realizar. (resposta não
está em sua totalidade)
Observando bem estas orientações
de Emmanuel, vamos ver que o empenho é necessário para
o engrandecimento da faculdade, e esse empenho é contínuo
na escalada a desempenhar.
Mas, ainda assim, poderíamos nos perguntar, o que é
educação ou desenvolvimento da mediunidade?
Responderíamos. É o conjunto de ações
educativas direcionadas para o exercício correto da mediunidade
educação essa, que não se prende as quatro paredes
do templo espírita, mas, vai além no envolvimento das
orientações basilares do Mestre - Orai e vigiai, no
que concerne as nossas imperfeições como também
nossas ações ainda perniciosas. E vai e não peques
mais, para que não te suceda coisa ainda pior - no que concerne
a mudança de estrutura mental, vibracional e de ação
no bem. Pois, o Mestre, não somente diz que deixemos de praticar
o mal, mas que pratiquemos acima de tudo o BEM.
Principalmente modificando a condição interpretada por
nós do grande Amor-terapia legado por Jesus para todos nós:
Não fazer ao próximo aquilo que não queremos
para nós, modificando a estrutura negativista desta frase para:
Faça ao próximo aquilo que queres para ti mesmo. Identificamos
nossa verdadeira missão como cristãos em qualquer tarefa,
transformando essas tarefas desde as mais simplórias em tarefas
redentoras pela ação do Amor.
A educação da mediunidade, é um trabalho para
toda a vida. Começa antes da reencarnação, continua
nela e prossegue no além túmulo.
Há uma grande necessidade de amparo ao candidato ao mediunismo,
na presença de problemas psíquicos, emocionais e físicos,
recebendo na casa espírita orientações de cunho
doutrinárias. É necessário que primeiro ocorra
uma harmonização espiritual, antes da entrega do neófito
ao exercício mediúnico.
Sendo importante que seja levado ao conhecimento do médium
principiante que, na fase inicial, é natural o surgimento de
um clima psicológico inconstante, de altos e baixos, isto é
compreensível, haja vista a mediunidade propiciar em um envolvimento
mais próximo a interferência dos desencarnados na vida
humana, e que geralmente são seres envolvidos com o mal ou
com atos perniciosos, transmitindo assim, a irradiação
das suas energias produzindo sensações anômalas,
desagradáveis, que perfeitamente podem ser confundidas com
problemas patológicos outros e que devem ser bem esclarecido
ao irmão que se propõe para a nova tarefa.
A condição do estudo é de muita importância
para uma educação segura e embasada no que se diz respeito
a faculdade.
Médium é o ser, é
o indivíduo que serve de traço de união aos espíritos,
para que estes possam comunicar-se facilmente com os homens. (Erasto
em O Livro dos Médiuns, Cap. XXII, item 236).
O Médium precisa estudar?
O médium tem como condição
primordial o estudo, na busca da compreensão da sua faculdade
e do conhecimento da natureza dos espíritos que utilizam sua
faculdade mediúnica para um contato mais próximo com
os encarnados. Trazendo ao próprio médium uma condição
mais segura de trabalho, pois, consciente e entendedor de sua faculdade
trabalhará colaborando ainda mais com os técnicos espirituais
responsáveis pela atividade mediúnica que freqüenta.
E através da segurança que começa pelo estudo
alcança, sintoniza de uma melhor maneira com os mentores, como
também poderá envolver os comunicantes para que se portem
ordenadamente e não como muitos que chegam transformando as
reuniões em perfeitas rebolias.
Neste estudo profundo que deverá o médium proceder em
sua caminhada, defrontará com a necessidade de auto-conhecer-se,
cumprindo-lhe ao mesmo tempo, conhecer as qualidades que deve procurar
desenvolver em si e os hábitos viciosos e os obstáculos
que a podem embaraçar no desempenho da sua tarefa. Pois, para
uma auto-realização é necessário permanente
exame de consciência, a fim de conhecer-se sempre, a todo momento,
o estado da própria alma.
A mediunidade é sem dúvidas, poderoso instrumento que
pode converter-se em lamentável fator de perturbação,
tendo em vista o nível espiritual e moral daquele que se encontra
investido de tal recurso, ele não é uma faculdade portadora
de requisitos morais. A moralização do médium
liberta-o das influências dos espíritos inferiores e
perversos, que se sentem, impossibilitados de maior predomínio.
Cada dia, o medianeiro defrontará com sensações
novas e viverá emoções que lhe cabem verificar,
de modo que possa treinar o controle pessoal, estabelecendo uma linha
dermacatória entre a sua e as personalidades que o utilizam
psiquicamente, até mesmo, auxiliando-os nas comunicações.
A compreensão das Leis dos Fluidos, isto é, a identificação
fluídica entre o médium e o espírito, constitui
fator de altíssima importância para uma comunicação
harmônica, pois que, se são contrários, se esta
relação fluídica se repele, com deveras dificuldades
poderá se processar a comunicação mediúnica,
sobre isso também o médium deverá estar ciente.
Enfim, a educação mediúnica é para todo
a existência, pois, à medida que o medianeiro se torna
mais hábil e aprimorado, melhores requisitos são colocados
para a realização do ministério abraçado.
Buscando novamente o grande manancial
de informações que é O Livro dos
Médiuns, na Parte 2º- Cap XVII, Item 221
– Formação dos Médiuns, verificamos:
"O escolho da maioria dos médiuns
iniciantes é Ter relações com espíritos
inferiores, e devem se considerar felizes quando não o sejam
senão espíritos levianos. Toda a sua atenção
deve tender a não lhes deixar tomar pé, porque uma vez
ancorados não é sempre fácil desembaraçar-se
deles. É um ponto tão capital, sobretudo no início,
que sem as preocupações necessárias, pode-se
perder o fruto das mais belas faculdades".
O empenho do médium em se moralizar,
na verdade, deverá fazer parte do processo de sua auto-educação,
sintonizando profundamente com as palavras do Cristo – "Conhecereis
a verdade e ela vos Libertará".
Por isso, a meta prioritária é a criatura conhecer-se
a si mesma, é preciso permanente exame de consciência,
com o fim de conhecer-se sempre em todos os atos praticados por nós,
deste modo nos conhecendo um pouco mais, poderemos com uma maior facilidade
nos dedicarmos sem medos ao exercício. O estudo que visam a
identidade dos espíritos falam bem alto no processo de educação
do médium.
O Trabalho no Bem e o Médium
Nenhuma teoria concretiza-se bem,
sem o exercício, sem o trabalho, vejamos e seguindo a orientação
dos espíritos que auxiliaram Kardec na Codificação,
em O Livro do Espíritos, perg 625,
quando se referiam ao melhor Modelo que a Terra já conheceu
e a resposta foi Jesus, seguindo este grandioso modelo para todos
nós, verificaremos que seus ensinamentos não ficaram
sem o aval de sua exemplificação traçando assim,
base para suas orientações que nos norteiam até
os nossos dias.
Mente vazia, pensamentos infelizes à vista, nos é necessário
o trabalho ativo e o preenchimento de nossa mente com coisas edificantes,
assim, é imprescindível enriquecer nosso pensamento,
incorporando-lhe os tesouros morais e culturais, os únicos
que nos possibilitaram direcionar a luz que é jorrada do mais
alto para nós.
Em toda a parte existe a cooperação espiritual para
com o mundo material. Onde há pensamento, há correntes
mentais e onde há correntes mentais existe associações.
E toda associação, como sabemos é interdependência
e influenciação recíproca. Daí verificamos
a necessidade de vida nobre, de trabalho ativo compreensão
fraterna, serviço ao semelhante, respeito á Natureza
e oração constituem alguns meios de assimilar os princípios
superiores da vida, porque recebemos sempre em referencia ao que damos.
E tratando de mudar o ritmo vibracional de nossos pensamentos e em
seguida de nossos atos, seguramente também sintonizaremos com
uma maior facilidade com os benfeitores que visam o engrandecimento
humano.
Voltando a pergunta do Livro O
Consolador de Emmanuel, 387 – "Qual a
maior necessidade do médium? Resposta
não está em sua totalidade.
A primeira necessidade do médium é evangelizar-se.
Cabe-nos perguntar para nós
mesmos, o que significa, o termo evangelizar-se.
O Médium e suas relações
com o mundo Espiritual
Nos diz André Luiz, em seu livro Missionários
da Luz, que " é imprescindível
saber que tipo de onda mental assimilamos para conhecer a qualidade
de nosso trabalho e de ajuizar nossa direção".
A mediunidade é neutra
e não basta por si só.
E é ainda André Luiz, que nos orienta com bastante clareza
no seu livro Nos Domínios da Mediunidade
- "Cada médium com a sua mente, cada mente com seus
raios, personalizando observações e interpretações,
e conforme os raios que arremessamos, erguer-se-ão o domicílio
espiritual na onda de pensamentos a que nossas almas se afeiçoam".
Essa energia viva que é o pensamento,
cria em torno de nós forças sutis, criando centros magnéticos
ou ondas vibratórias, com as quais emitimos nossas situações
e recebemos outras. Abriremos comunicação e envolvimento
com núcleos e mentes com os quais nos colocamos através
de nossos pensamentos, em sintonia.
Em Evolução
em Dois Mundos, André Luiz, pág 129 -
"A aura é, portanto a nossa plataforma onipresente
em toda comunicação com as rotas alheias, antecâmara
do espírito, em todas as nossas atividades de intercâmbio
com a vida que nos rodeia, através da qual somos vistos e examinados
pelas inteligências Superiores, sentidos e reconhecidos pelos
nossos afins, e temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos
irmãos que caminham em posição inferior à
nossa.
Isso porque exteriorizamos, de maneira invariável, o reflexo
de nós mesmos, nos contatos de pensamentos a pensamentos, sem
necessidade das palavras para as simpatias ou repulsões fundamentais".
Esclarece ainda, no mesmo livro - "É por essa couraça
vibratória, espécie de carapaça fluídica,
em que cada consciência constrói o seu ninho ideal, que
começaram todos os serviços da mediunidade na Terra,
considerando-se a mediunidade como atributo do homem encarnado para
corresponder-se com os homens liberados do corpo físico".
Poderemos verificar acima que, refletimos
o que sentimos e pensamos em nós mesmos e é essa aura
que nos apresenta como verdadeiramente somos. Principalmente refortificando
um ditado - a raiva é um veneno que tomamos e esperamos que
outros morram, ou seja, esta mesma raiva ficará impregnada
em nós transparecendo aquilo que sentimos e afetando principalmente
o nosso próprio tônus vibratório.
Plasmamos em torno de nós através da força do
pensamento nestas zonas vibratórias que nos constituem, nosso
EU verdadeiro, e assim, somos conhecidos por todos no mundo espiritual,
nos ligando ao bem ou a ignorância.
Envolvemo-nos em uma onda vibratória que modifica nosso tônus
de vibração, ligando-nos imediatamente àqueles
que conosco comungam os mesmos pensamentos e atos, e quando dormimos
temporariamente nos distanciamos de nossa aparelhagem física,
indo Ter com os mesmos com os quais nos ligamos mentalmente, ai nos
vem os sonhos temerosos e "pesados", principalmente no que
concerne ao sexo, brigas, mortes, e etc. Passamos os dias direcionando
energias em prazeres propriamente ditos ou intencionando fortemente
tais prazeres, criando-os assim, fluidicamente manifestando nossas
intenções no mundo espiritual.
Conclamamos nossos irmãos leitores
que revisem o Livro A Gênese, Cap
XIV – Os Fluidos – item 13 – Criação
Fluídica, para numa análise mais profunda verificarem
a importância de nossos pensamentos nestas criações
emanadas de nós mesmos.
Lembremos sempre, praticando tanto o bem como o mal, estaremos sempre
respirando na mesma faixa, intimamente associadas, mentes ligadas
com o bem ou com as trevas.
O Médium e a não
profissionalização de sua faculdade
Conforme já sabemos, o espiritismo
não é o "dono" da mediunidade, esta
é inerente ao espírito e projetada ao corpo físico,
como uma faculdade orgânica. Encontra-se em quase todos os indivíduos,
como um meio imensurável de progresso.
Observando algumas palavras de André
Luiz, psicografadas por Chico Xavier, poderemos compreender uma poderosa
observação efetuada por este nosso irmão: "Deus
ajuda a criatura através das criaturas", e completamos,
desencarnadas ou encarnadas, ou seja, vamos verificar que o intercâmbio
estará presente em todas as etapas da natureza e em várias
e diferentes condições vibracionais.
Haja vista, entre os espíritos
já desencarnados médiuns também os há,
que exercem fraternalmente o labor, facultando que entidades do mais
alto, das esferas mais Elevadas possam também trazer palavras
de consolo, orientação para àquelas que se encontram
na retaguarda da evolução, ainda que o meio mais difundido
seja o intercâmbio entre encarnados com os desencarnados.
Sem dúvidas, ainda que sabendo da ferramentaria disponível
em suas mãos o médium transforma a mediunidade em poderoso
instrumento de lamentáveis fatores de perturbação,
tendo em vista o nível espiritual e moral daquele que se encontra
investido de tal recurso. Não é uma faculdade portadora
de requisitos morais, todavia a moralização do medianeiro
fomenta sua liberação das influências dos espíritos
inferiores e perversos, que se sentem, impossibilitados de causarem
maior predomínio por faltarem os vínculos para a necessária
sintonia.
A mediunidade não poderá ser utilizada como uma profissão
naquele que já encontra-se revestido com ela, pois como processo
de crescimento e purificação do próprio ser em
caminhada estagiária no plano em que vive, deve ela sempre
ser precedida do amor, da sintonia, buscando acima de tudo galgar
mais profundos resultados. Vemos a medicina ser utilizada por médicos
que visam simplesmente o ganho, todavia, dia chegará em que
os médicos utilizaram esta faculdade para o bem maior, travando
assim o aparecimento de uma medicina vibracional bem mais profunda
e comprometida com a causa humana, conseguindo enfim, mais envolvida
com o amor tratar do ser como um todo e não simplesmente corpo.
A mediunidade deve ser canalizada para fins nobres, evitando-se transformá-la
em motivo de profissionalização ou espetáculos
que buscam gerar emoções passageiras.
Independente da vontade de seu possuidor, funciona quando acionada
pelos espíritos que a manipulam, sendo, portanto, credora de
assistência moral.
O Livro dos Médiuns,
nos orienta que mesmo que tentemos e não consigamos revelar
nossa mediunidade de modo algum, devemos renunciar a ser médium.
Mas esta referência se dirige a mediunidade em seu sentido restrito,
ou seja, os efeitos físicos, psicografia, psicofonia.
Sabemos também que todos somos
médiuns, pois todos sofremos influências dos espíritos
e na seara do Cristo há muitas mediunidades, ainda que não
sejam ostensivas, não são menos importantes.
Se não temos, pelo menos por enquanto, em nosso quadro de tarefas
a mediunidade ostensiva, sejamos então médiuns do bem,
das palavras de carinho, do consolo, da ajuda, do bom conselho, da
caridade, pois mesmo ai, estaremos sendo envolvidos por aqueles do
lado invisível que também trabalham para o engrandecimento
da humanidade e o consolo dos corações aflitos.
Essa desistência a qual O
Livro dos Médiuns se refere, é a desistência
da prática mediúnica em si, mas não a desistência
dos trabalho na seara do Pai, pois Ele nunca esquece de seus filhos,
aqueles que não conseguem ver, poderão ouvir, aqueles
que não conseguem psicografar, poderão ser oradores,
enfim, outros sentidos nos serão emprestados para que nós
possamos suprir nossas necessidades na evolução de nossos
espíritos.
Quantos cursos ministrados nos Centros
Espíritas, de onde, após sempre uma fase teórica
de geralmente 06 meses a um ano, o aprendiz se encaminha com sintomas
de mediunidade ou não para uma mesa mediúnica.
Deste ponto em diante, quando o aprendiz se exercita através
da teoria e da prática, em contato mais direto e definido com
a os espíritos, é que alguns conhecedores do assunto
e nós também, consideramos curso de educação
da Mediunidade, pois a palavra desenvolvimento está por nosso
modo de ver mal empregada. Ocorre que em muitos Centros Espíritas,
esse curso não tem duração definida, permanecendo
o aprendiz, em insistência cansativa, sempre a ocupar o lugar
de outro mais necessitado, e os anos se passam sem que sua mediunidade
se aflore e apresente características ostensivas.
Aí, poderá vir a alegação de que ele é
um trabalhador da Casa e não pode deixar a mesa para dar lugar
a um outro ou até mesmo porque pode melindrar-se.
Nestes quadros vistos acima, nos orienta a Doutrina Espírita,
que devemos ocupar este irmão, em outros pontos de trabalho
do Centro Espírita, como por exemplo:
- Passe
- Visita fraterna
- Acolhida à irmãos que vêem
a Casa Espírita
- Evangelização (Infantil, Mocidade,
Adulta)
- Doutrinação
- Apoio nas reuniões mediúnicas
- Atendimentos fraternos na Casa
De fato, não faltam lugar para aqueles que querem realmente
servir.
Então, se por acaso esta faculdade
que nos impulsiona para a felicidade, não se aguçar,
nas mais freqüentes que conhecemos: psicofônia e Psicografia,
psicopictoriografia, tenhamos a certeza de que na Casa Espírita,
há sempre lugar para médiuns - doutrinadores, evangelizadores,
passistas, acolhedores, oradores, auxiliares, enfim, todos os trabalhadores
e filhos de Deus.
Sempre há lugar para se praticar
a fraternidade, humildade, caridade, comecemos por entender que o
menor trabalho que nos for proporcionado é um trabalho importante
na ajuda da construção de uma humanidade melhor e renovada.
Se estamos falando de trabalho de melhoramento moral, engrandecimento
do espírito, este deve ser um trabalho que deverá durar
realmente muitas e muitas encarnações, no reparo constante
de nossos defeitos, faltas. Comparemos um profissional que investe
anos e anos a fio para se formar num grande profissional e mesmo depois
de 5,6,7 anos de estudo e muito trabalho em preparo à sua formatura,
ele se forma. Isso não quer dizer que pára por aí,
pois tudo evoluí e para ele poder acompanhar estas evoluções
terá que se reciclar no estudo constante para poder estar sempre
atualizado.
Imaginemos agora no que se diz respeito às Leis morais da vida,
Leis de Deus, evolução do espírito, enfim, a
busca da felicidade, a ajuda ao próximo, concordemos que este
deve ser um trabalho-estudo sem tréguas, sem descanso, rumo
a reforma íntima de cada um dos filhos de Deus. No que se diz
respeito ao entendimento sobre o invisível, as leis da natureza,
os acontecimentos, várias experiências reencarnatórias
serão necessárias para o aprimoramento destes conhecimentos,
possamos nos dedicar para o melhor aproveitamento dos desígnios
de Deus.
"Um pai não abandona
seu filho porque, surdo e cego, não pode ouvir nem ver; cerca-o,
ao contrário, de toda a solicitude. O mesmo fazem conosco
os bons Espíritos. Se não podem transmitir-nos materialmente
seus pensamentos, auxiliam-nos por meio da inspiração".
Allan Kardec, no Livro
dos Médiuns, capítulo XVII questão
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