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Nas últimas décadas,
os estudos sobre espiritualidade e saúde têm demonstrado
uma importante relação entre religiosidade e qualidade
de vida, onde paz psíquica, serenidade, redução
de estados ansiosos e melhor enfrentamento de adversidades, entre
outros fatores, têm sido descritos na literatura.
Desta forma, inserir a saúde espiritual na saúde física
e, consequentemente, na saúde da família poderá
trazer benefícios à saúde integral da criança.
O sistema nervoso, desde o início da sua formação
na vida intrauterina até o final da primeira infância,
quando a criança completa 6 anos e 11 meses, mostra uma intensa
atividade na estruturação de todo o tecido cerebral,
com inúmeras conexões. Mecanismos que determinam a proliferação
das células nervosas, suas diferenciações para
as mais variadas funções e a migração
dessas diversas células a locais específicos para uma
precisa execução das suas atividades definindo uma organização
basicamente perfeita na especificidade do que cada uma em sua área
de ação deve realizar. Estes são fatores muito
bem estudados pela embriologia, anatomia e fisiologia, cujos avanços
sempre trazem novos conhecimentos sobre os mecanismos da atividade
cerebral e sua ascensão sobre os demais órgãos
e sistemas do corpo humano.
Além de toda esta capacidade, o cérebro é dotado
de interessante mecanismo de reorganização, adaptação
e ajuste de funções de acordo com estímulos recebidos,
sejam eles nocivos ou agradáveis. Esta característica,
batizada de plasticidade cerebral, mostra-nos como nosso cérebro,
mesmo após sofrer alguma lesão ou dano, tem a capacidade
de reorganização e de moldar-se a situações
ambientais.
A ciência observa que este complexo mecanismo de adaptabilidade
é muito mais intenso na primeira infância, período
de rápido crescimento cerebral, chegando do nascimento aos
6 anos com basicamente o triplo do seu volume.