Introdução
Faremos uma análise de várias
passagens bíblicas tidas como profecias a respeito de Jesus,
o Messias, considerado o enviado de Deus com a missão de libertar
os judeus do domínio estrangeiro, povo esse que teria supremacia
em relação aos demais.
Primeiramente, cumpre-nos ressaltar que, por mais paradoxal que seja,
cada uma das correntes religiosas tira da Bíblia aquilo que
melhor lhe convém, principalmente, o que parece justificar
seus dogmas, esquecendo-se de que se, de fato, sua origem for uma
só, ou seja, de Deus, não poderia haver divergências
de interpretações.
(...)
Uma coisa, que nos chama a atenção, é o fato
de que o povo da época, a quem todas estas profecias teriam
sido dirigidas, não aceitou Jesus como sendo o Messias; daí
estranharmos por conta de que as correntes religiosas ditas cristãs
o têm nesse conceito. Ao que tudo indica, houve, nos evangelhos,
uma preocupação, por parte de seus seguidores, de colocar
Jesus como sendo o Messias esperado. Isso ocorre de forma mais evidente
em Mateus. Por esse motivo, apoiar-se nos Evangelhos para sustentar
essa hipótese não é uma boa alternativa.
Não sabemos como encontraram tantas profecias; inclusive, diga-se
de passagem, que muitas não são propriamente o que se
pode chamar de profecia, já que são passagens relacionadas
a fatos corriqueiros do dia a dia das respectivas épocas, não
sendo, portanto, uma previsão para um acontecimento futuro.
Acreditamos que, no desenrolar desse estudo, iremos ressaltar algumas
delas, a fim de que, você, leitor, possa ter elementos suficientes
para tirar suas próprias conclusões.