Esta obra, ora publicada no formato
digital pela EVOC – Editora Virtual O Consolador, é de
autoria do estudioso espírita e escritor Paulo da Silva
Neto Sobrinho, natural de Guanhães (MG), radicado atualmente
em Belo Horizonte.
Formado em Ciências Contábeis e Administração
de Empresas pela Universidade Católica (PUC-MG), Paulo Neto
ingressou no movimento espírita em julho de 1987, sendo autor
dos livros A Bíblia à Moda da Casa; Alma
dos animais: estágio anterior da alma humana?; Espiritismo,
princípios, práticas e provas; Os Espíritos
comunicam-se na Igreja Católica, e Racismo em Kardec?
A frase que dá título ao presente livro
pode causar estranheza a alguns leitores, mas o autor, com base nos
próprios textos bíblicos, nele nos demonstra que, de
fato, a ideia da reencarnação se encontra nas Escrituras
e basta afastar-nos um pouco da teologia tradicional para vê-la.
É algo inquestionável
que a palavra reencarnação não é uma só
vez citada na Bíblia, até mesmo porque ela surgiu em
dicionário no ano de 1858 (dicionário inglês Shorter
Oxford), cerca de um ano após Allan Kardec publicar a
1ª edição de O Livro dos Espíritos.
Como se sabe, foi entre os séculos XVI e XVIII que surgiu,
no Latim tardio, o termo erudito e acadêmico reincarnatio, reincarnationis,
que, em seguida, passou para as línguas românicas e para
o inglês. Em francês é "réincarnation".
Outra coisa, bem diferente, é
dizer que a ideia da reencarnação não se encontra
na Bíblia, pois é exatamente isso que é muito
fácil encontrar, como o autor nos mostra com clareza na presente
obra.
Por outro lado, ao longo dos
tempos, ouve-se dizer que os judeus não acreditavam na reencarnação,
o que não condiz com a verdade, pois o historiador Flávio
Josefo (37 a 103 d.C.) a apresenta como crença dos fariseus.
Tudo bem, pode-se até questionar que o conceito deles não
é o que hoje se defende no Espiritismo, mas, no presente caso,
o que mais importa é a ideia de voltar a uma nova vida aqui
na Terra, uma crença generalizada entre os judeus, razão
pela qual muitas pessoas acreditavam que Jesus era um dos antigos
profetas ressuscitado, utilizando-se de um termo bíblico
que, no contexto em que foi utilizado, tem o significado não
de ressuscitado, mas de reencarnado, visto que Jesus fora visto criança
e seus pais eram pessoas conhecidas de todos.
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