(trecho inicial)
Alguns crentes fervorosos, esses que, normalmente, são
identificados como fanáticos, querendo justificar que a
opção religiosa que abraçam é a que
é verdadeira, apresentam, dentre outros argumentos, casos
de santos cujos corpos não entraram em decomposição,
ou seja, corpos incorruptos. Isso o fazem partindo do princípio
que esse suposto milagre de Deus aconteceu para atestar que a
Igreja Católica Apostólica Romana é a religião
que todos deveriam seguir.
Dá dó em ver tanta ignorância e tanto egoísmo
juntos, isso foi denominado por Rohden de “egoísmo
eclesiástico”, sentimento que é totalmente
incompatível com o verdadeiro sentido da palavra religião.
Cegos pelo fanatismo, não percebem que há várias
outras pessoas cujos corpos também ficaram incorruptos.
Nas Catacumbas de Palermo, Itália, por exemplo, há
vários corpos de crianças relativamente preservadas.
Mas uma boa amostra que podemos dar de que isso não acontece
para provar coisa alguma é o corpo incorrupto do inquisidor
Bernard de Caux. Apesar de ele pertencer à Igreja “escolhida”,
infringiu, sem o menor constrangimento, a lei de amor contida
no “amar ao próximo como a si mesmo”,
extrapolando, com seus atos, qualquer carrasco leigo, tal a crueldade
realizada por ele.
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