Este trabalho faz um estudo analítico do fenômeno
da conversão religiosa. Particularmente, dos fatores que motivam
o trânsito de fiéis de uma religião qualquer para
o Espiritismo, no Brasil.
Os grupos em estudo, dos quais são provenientes os novos espíritas
foram divididos em sete blocos: Catolicismo, Protestantismo, afro-brasileiras,
Umbanda, orientais, outras e, nenhuma.
Essa análise privilegia os fatores sociais e psicológicos
que levam um indivíduo a mudar de religião. Ao explorar
o caso brasileiro, este trabalho aborda também, a multiplicidade
de religiões, seitas, crenças e movimentos religiosos
presentes no cenário brasileiro, dentro da dinâmica de
forças que envolvem esse campo religioso. Para isso, é
apresentado um resumo da história dos principais movimentos
religiosos no caso brasileiro.
Dá-se ênfase ao Espiritismo no Brasil e no mundo, como
forma de caracterizar os processos de evolução da Doutrina
Espírita e os argumentos com que a essa Doutrina compete nesse
mosaico de convicções religiosas. A pesquisa se apoia
em um questionário distribuído em todo território
nacional, que coleta dos respondentes, dados que permitem qualificá-los
sob diversos aspectos: renda, educação, localização
regional, conhecimento e prática da Doutrina Espírita,
etc.
Dentro dos quesitos de consulta estão sugeridas 18 opções,
como razões da mudança da religião para o Espiritismo
e, em outros vinte quesitos, um aprofundamento da opção
que, no conjunto anterior se apresentou como a mais frequente. As
opções iniciais se distribuem entre as razões
mais frequentes da mudança de religião observadas pelo
autor em sua experiência pessoal e na literatura. Os dados estatísticos
foram coletados de mais de 2.300 depoentes, em mais de 400 municípios,
em todos os Estados do Brasil.