Espiritualidade e Sociedade





Luiz Eduardo Ribeiro

>   Mediunidade no Ambiente da Família

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Luiz Eduardo Ribeiro
>   Mediunidade no Ambiente da Família

 

A mediunidade é uma faculdade comum a todas as pessoas, pela qual pode ser mediado o contato entre Espíritos desencarnados e encarnados. Ocorre por meio de uma sensibilidade especial que permite a recepção da intuição, percepção, audição, clarividência, impulso de falar (psicofonia), impulso de escrever (psicografia) e outros, por qualquer pessoa independentemente da crença, idade, gênero, idade, ou qualquer aspecto físico, social ou emocional. 

Os dirigentes espíritas devem orientar os trabalhadores das casas espíritas para que o assunto da mediunidade que ocorre no ambiente da família seja encarado, acolhido, entendido e encaminhado adequadamente para um bom desfecho ao médium e a seus familiares.

Para que a família lide com o assunto de forma adequada, recomendam-se alguns pontos que necessitam de esclarecimentos à luz da Doutrina Espírita. Primeiramente, esclarecer que a mediunidade sempre existiu e se manifestou no ser humano ao longo de toda a sua história, e o fato de ter sofrido a repulsa em algumas sociedades, não quer dizer que ela não exista portanto não deve ser ignorada, desprezada ou ridicularizada. A mediunidade não deve ser motivo para medo, vergonha ou abuso. Na sua eclosão, o melhor a fazer é procurar conhecer o assunto através de fontes seguras, fidedignas e que tenham boas intenções para com os que a possuem, sem maiores interesses e, nesse sentido a casa espírita pode estar preparada.

A Doutrina Espírita, independentemente das diferenças que possam ter com outras culturas, trata do assunto da mediunidade com profundidade, ética e respeito aos médiuns, procurando trazer seu conhecimento de forma abrangente e inteligível para que todos a compreendam e saibam como conduzir essa faculdade, em seu dia a dia, com inúmeros livros sobre o assunto, desde as obras de Allan Kardec até as de vários outros autores reconhecidamente focados no bem.

A comunidade espírita pode auxiliar na compreensão e entendimento do que fazer ou de como conduzir o assunto evitando as inconveniências inerentes dessa faculdade. E isso sem que a pessoa tenha que mudar as suas crenças. Naturalmente, poderemos encontrar pessoas que, ao vivenciar ou presenciar fenômenos mediúnicos acontecendo ao seu redor, ficam temerosas, nervosas e com algum nível de descontrole emocional, por conta do inusitado e da ignorância sobre o assunto. Nesses casos, além do apoio da casa espírita, considera-se salutar recomendar que seja procurado o apoio de profissionais da área psicológica, preferencialmente que conheçam o fenômeno e que possam contribuir com o restabelecimento da tranquilidade, ao invés de confundir com algum distúrbio patológico, sem ligação com a mediunidade.

Uma vez que o médium e a família estejam esclarecidos sobre o assunto, é interessante lembrar que evitem exercer a mediunidade para interesses particulares e assuntos materiais, pois, uma vez que se trata de um processo de comunicação, existe a contrapartida que são os Espíritos comunicantes. Esses Espíritos são as almas das pessoas que viveram neste mundo em algum momento e, portanto, os assuntos que serão tratados por meio da mediunidade atrairão Espíritos que tenham interesses sobre eles. Para interesses materiais haverá a sintonia com Espíritos apegados à matéria que ainda não se desvencilharam do egoísmo e do orgulho, e trarão esses sentimentos à tona. Já assuntos elevados e respaldados em moral cristã vão atrair Espíritos benevolentes e com ideais no bem. Por conta disso, recomenda-se que se evitem comunicações mediúnicas no ambiente familiar. Elas devem, preferencialmente, acontecer em ambientes preparados como são as casas espíritas, deixando que no dia a dia a mediunidade espontânea seja mais a intuitiva.

Outra recomendação a ser transmitida aos familiares é a de que não se deve buscar satisfazer curiosidades, mas sim participar de momentos de oração, meditação, reflexão, estudo e compreensão sobre as suas experiências mediúnicas. É importante que os familiares também busquem conduzir as suas vidas sob uma ética e moral cristã para que a ambiência do lar seja espiritualmente sadia e assim ajudem a manter a boa sintonia com Espíritos superiores que vão auxiliar a todos, afastando aqueles Espíritos infelizes que desejam usufruir da mediunidade com ideias escusas.

Em resumo, lidar com casos de mediunidade no ambiente familiar pode ser desafiador, mas é importante oferecer apoio, compreensão e ajuda para que todos possam ter experiências tranquilas e o lar seja um ambiente de paz e harmonia.

 

Luiz Eduardo Ribeiro é diretor do
Departamento de Mediunidade da USE

 

Fonte: https://usesp.org.br/wp-content/uploads/2023/04/reDE-194-marco-abril-2023.pdf

 

 



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