Para o movimento, a ocupação de lugar no espaço,
e mesmo para a imobilidade, é imprescindível o tempo.
O lirismo dos poetas, anjos encarnados, ao buscarem o eterno, nada
mais é do que a alma, aspirando a um lenitivo para a consciência
objetiva, ávida por resultados definitivos e objetivamente
prontos para que ela se faça satisfeita.
As Enéadas nos ensina ser imponderável, e mesmo indispensável
conhecer a eternidade; para que possamos definir em nossa consciência
a função e constituição do fator tempo.
Relata Platão que: O tempo é uma imagem móvel
da eternidade. Sendo também imutável e metafísico!
O futuro é uma muleta, construída pelos nossos anseios.
Passado, presente, futuro, é um eterno movimento. As coisas
persistem e transcorrem numa grande felicidade de conjuntos. É
o eterno grande momento de Deus!
Tudo é somente o Um! Um instante na mente do Supremo. A nossa
consciência acompanha apenas à sucessão das manifestações,
as variedades. O universo é unânime!
Os anjos giram o homem, giram o tempo e giram a roda inexorável
da sorte, da vinda e da ida, da vida e da morte.
Nossa imaginação também gira esta, entretanto,
é movimentada, por um arcanjo, supervisionada por um Serafim,
avaliada por um Querubim, e definida por um trono, tal é a
importância do homem no contexto da evolução.
A matéria é apenas um espelho oco, que reflete o movimento
da energia. No cosmo visão dos Estóicos: O universo
é consumido ciclicamente pelo fogo que o gerou e ressurge da
destruição para refletir uma história idêntica.
É a Sansara, a roda cósmica!
A alma é dotada da faculdade divina de pensar e existir, e
usando a sua imaginação, pode alçar vôo
pelo universo das manifestações, indo aonde lhe aprouver,
vendo e interpretando conforme a sua individualidade, e grau de sensibilidade.
É a sua experiência em adaptação.
O que fica é a beleza esplendorosa da vontade divina, que expressa
através da ação, e com a compreensão adquirida
por nosso intermédio.