Espiritualidade e Sociedade



Raphael Reys

>   A Bipolaridade

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Raphael Reys
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Uma das dúvidas sempre presente em nossa mente é sem comparação, a da existência e origem da alma.

A segunda conjectura sobre ela é a sua inter-relação com o corpo já que são diferentes em substância. O filósofo Descartes é de opinião que ambas, alma e corpo, são criações divinas. Já Spinoza declara que Deus é a substância, e que os seus atributos é que são infinitos. E que o homem ao discernir, percebe o pensamento e a expansão (a matéria).

O filósofo Leibniz, teoriza que tudo é uma Monada, uma força, uma consciência; a inferior é a matéria, e a superior a autoconsciência do homem.

A matéria se nos apresenta como volume, peso, substância e dimensão, o outro lado são as emoções, a consciência e o pensamento, na verdade tudo é o reino de Moneros, a grande consciência cósmica permeia tudo e a todos.

A alma por ser dual, percebe as sensações agradáveis como propícias, e as que são desagradáveis, como prejudiciais a vida. Nós não podemos analisar as nossas próprias emoções e impressões, podemos isto sim, é saber o que almejamos os nossos desejos o nosso Eu. O atributo maior do homem é a autoconsciência.

A alma não é, pois, percebida objetivamente, e sim sentida pelo subconsciente. J. Frazer acredita que a maior descoberta do homem é a dualidade do seu estado mental, os sonhos e a consciência desperta ou a vigília.

O Eu é diáfano, etéreo, intangível, onírico, em contraste com o físico ou exterior. Isto feito levou o escritor espanhol Calderon de La Barca, a se fazer a pergunta: É a vida, um sonho?

Nós, criaturas feitas à imagem e semelhança do Criador, somos a sua expressão maior! Um resultado do exercício divino do puro amor! Somos unificados em essência, pois estamos ligados ao Pai por uma linha Mater. Somos centelhas! Expressamo-nos pela alma através do corpo, somos duais em composição, e ao nos manifestar; trinos, pois representamos o resultado da fusão da bipolaridade.

Com a nossa consciência de vigília, damos atualidade às realizações divinas; e sem a nossa consciência para interpretar a criação, os atributos divinos não se completariam.

A consciência é tudo o que temos, aliados o amor ao Pai. À busca pelas nossas origens, e a certeza, que no fim da jornada, retornaremos ao seio do Infinito, da fonte Primeira, donde seremos absorvidos, comungando assim com a essência, e nos realizando como parte integrante do Todo, e do seu experimento de puro amor por si mesmo!

 



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