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(trecho inicial)
Em 11 de abril de 1900, Bezerra
de Menezes desencarna e o vice-presidente Leopoldo Cirne assume a direção
da FEB.
A primeira providência de Leopoldo Cirne é promover uma
profunda reforma nos estatutos da instituição.
Uma das mudanças é retirar os amplos poderes
concedidos ao Presidente, por julgar que só seu antecessor tinha
direito a esse privilégio.
A outra é eliminar o estudo obrigatório
de J.B. Roustaing, por acreditar que esse artigo desagradava os companheiros
que não aceitavam a obra, dificultando a união dos espíritas
em torno da Federação.
O estudo de Os Quatro Evangelhos passaria a ser opcional
na FEB para que não a acusassem de estar impondo Roustaing ao
movimento. As modificações foram aprovadas na assembléia
do dia 5 de novembro de 1901.
Leopoldo Cirne era um ardoroso admirador do advogado
bordelense. No entanto, por algum motivo, passou a considerar que a
unificação era mais importante que o fortalecimento do
roustainguismo. Acredito que essa transformação começou
no meio da luta entre místicos e científicos, quando pediu
paz ao movimento no Reformador.
Na prática, não haveria nenhuma
mudança interna. Como os roustainguistas eram maioria absoluta
dentro da FEB, Os Quatro Evangelhos continuariam a ser estudados em
suas reuniões. Mas até quando duraria essa supremacia?
Essa era a grande preocupação dos adeptos de Roustaing.
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