A história das mocidades espíritas
no Brasil remonta à década de 30. Supõe-se que
a primeira mocidade espírita teria sido fundada na cidade de
Bebedouro, São Paulo. Pouco tempo depois, em 1948 ocorreu o
1º. Congresso de Mocidades Espíritas. Com o Pacto Áureo,
as mocidades Espíritas deixaram de constituir um movimento
à parte e se integraram ao movimento espírita em geral.
Grandes nomes, como Leopoldo Machado e Lins de Vasconcelos, foram
incentivadores da participação do jovem no movimento
espírita.
Por volta de 1960, iniciei minha conversão ao Espiritismo.
Primeiramente, pela leitura das obras básicas. Posteriormente,
fui convidado a frequentar a Mocidade Espírita, do Centro Espírita
“Deus, Cristo e Caridade”, na cidade de Lins. Foi ali
que comecei a participar ativamente do movimento espírita.
Fiquei muito feliz quando participei pela primeira vez da chamada
“concentração de mocidades espíritas do
noroeste do Estado de São Paulo”, que ocorreu na cidade
de Bauru. O nome concentração foi posteriormente alterado
para confraternização. Em geral, cada evento durava
três dias, eventualmente quatro. Na ocasião, Divaldo
Pereira Franco, ainda jovem, já era um orador consagrado e
as lideranças da região noroeste do estado se esforçavam
para trazê-lo para a abertura ou finalização do
evento. Nesse evento de Bauru, troquei com o Divaldo algumas poucas
palavras. A presença do Divaldo nessas cidades como Bauru,
Araçatuba, Lins, Penápolis e outras dinamizava tanto
a localidade como a região fortalecendo, especialmente, as
mocidades espíritas e a participação do jovem
no movimento espírita.
Em uma das últimas concentrações que participei
na cidade de Lins, Divaldo iria encerrar o evento. Naquele dia, o
tempo parecia conspirar contra o encontro. A comissão organizadora
não obteve o empréstimo de espaço nos clubes
e a chuva poderia inviabilizar a realização da conferência.
O único espaço disponível era quase totalmente
ao ar livre, no Lar Antonio de Pádua. Maria Eny, que estava
à frente da organização contou-me ter procurado
o Divaldo relatando a situação. Este, segundo relato
de Maria Eny, fez uma pausa e respondeu que era para manter a conferência,
no local e horário conforme planejado. A chuva ocorreria sim,
mas depois. Durante o evento, preocupada, a maioria dos jovens olhava
para o céu. Divaldo mantinha a mesma tranquilidade sempre.
A conferência foi um sucesso, porém, cerca de 15 minutos
após o encerramento um forte toró desabou sobre a cidade.
Não sei se Divaldo se recorda desse acontecimento, mas, para
mim, foi inesquecível.
Foto na manhã do dia 22 de abril de 1973,
no encerramento da 16ª. COMENOESP, quando
Divaldo participou de uma entrevista com ampla participação
dos presentes. A partir da esquerda:
Ismael Gobbo, César Perri, Therezinha Oliveira, Divaldo Pereira
Franco e Israel Antonio Alfonso.

Divaldo Pereira Franco. Conferência em
Bonn, Alemanha, 2/6/2012. Fotos Paulo Salerno.

Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco (D) conversam
em Peregrinação, na cidade de Uberaba, MG, no ano de
1978.
Na foto também aparecem o casal Wealker e Zilda. Arquivo de
César Perri.

Divaldo P. Franco e Chico Xavier se cumprimentam
sob olhar da poetisa e escritora uberabense, D. Altiva Noronha (já
desencarnada), amiga de ambos.
Foto colhida no dia 6/10/1977, quando Divaldo proferiu palestra em
Uberaba, MG, assistida por Chico Xavier.
Foto digitalizadapor Jorge Moehlecke para este trabalho