Na alegoria interessante de “Adão
e Eva”, Adão surge infeliz, apesar de viver no Paraiso.
Pede uma companheira a Deus porque não consegue viver só.
Na história parece que Eva complica a sua vida; ou seria apenas
uma reflexão sobre a dificuldade do ser em encontrar a felicidade?
A Filosofia existencialista materialista e espiritualista reflete
sobre a dificuldade do indivíduo da Terra em conseguir a libertação
da angustia existencial que poderia ser consequência do medo
da morte e da doença e da compreensão da fragilidade
do nosso corpo físico. A Filosofia espírita reapresenta
os ensinamentos do Mestre Jesus e consegue nos libertar da angustia
existencial, pois compreendemos que somos muito mais do que um corpo
de carne, somos espíritos indestrutíveis…
A criança é feliz? Vestindo a roupa do esquecimento
e da relativa inocência é feliz? Os psiquiatras, psicólogos,
educadores reconhecem que se necessidades básicas não
forem atendidas os pequenos não conseguem ser felizes; a primeira
seria ser amado, aceito, cercado de uma família que o ame,
aceite e compreenda. Daniel Golleman lembra que o problema é
mais complexo pois desde as primeiras fases do seu desenvolvimento
os bebes já expressam personalidades diferentes. Filhos dos
mesmos pais, recebendo o mesmo tratamento baseado no amor, algumas
crianças já apresentam problemas, são depressivas,
autistas, apresentam traços de esquizofrenia, síndromes
várias. Só a reencarnação consegue explicar
esses problemas…
Haveria portanto uma impossibilidade para ser feliz? Claro que não.
Vemos tantas pessoas felizes, na felicidade possível no nosso
planeta. Chico Xavier era profundamente feliz. Madre Teresa de Calcutá,
irmã Dulce, Gandhi e tantos outros demonstraram a possibilidade
de sentir a alegria de existir, de transmitir essa alegria aos outros.
Esses indivíduos aprenderam com o Mestre Jesus ou com algum
aluno do nosso irmão mais velho.
Mas o que eles aprenderam? É claro que estudaram através
das várias encarnações. Perceberam que quando
ficavam preocupados apenas com seus problemas e suas famílias,
a vida ficava difícil. Notaram que quando prestavam atenção
nas necessidades do próximo , conseguiam desligar dos seus
problemas, das suas aflições e a vida ficava mais leve
e os problemas menores. Aprenderam que só podemos sentir o
auxílio que nos envolve quando “amamos o próximo
como devemos aprender a nos amar”. Embora algumas vezes não
soubessem o que acontecia, sentiam um envolvimento de amor que aliviava
o peso da angustia e os libertava do medo da vida e da morte. Na medida
em que iluminavam o pensamento, auxiliando o próximo, uma energia
nova os envolvia , o raciocínio intensificava e conseguiam
resolver problemas antes insolúveis.
Mas o que acontecia? De onde vinha a força libertadora? Por
que “abrir“ o coração para o amor mudava
suas vidas para melhor? Como conseguir transmitir essa força
aos filhos, netos, amigos?
O querido Carl Jung já explicava que os problemas aumentam
quando não desenvolvemos a espiritualidade.
Kardec lembra , n’ “O livro dos Espíritos,”
que não existe povo ateu , que no tempo e no espaço
o indivíduo da Terra procurava Deus e tentava homenageá-lo.
O Espiritismo, como ressurreição dos ensinamentos de
Jesus , traz a chave da felicidade através da apresentação
dos conceitos milenares que esclarecem: a reencarnação,
a mediunidade, a força do pensamento e sobretudo o conceito
do Deus Pai Amor e Perdão incondicional, todos apresentados
com propriedade por Jesus; e tantos outros…
A felicidade possível no planeta Terra existe e é encontrada
dentro do nosso coração, quando amamos o próximo
como a nos mesmos.
E se enfrentarmos desafios, sigamos o conselho de Bezerra de Menezes:
devemos fazer dos nossos problemas plataforma para auxiliar o próximo…
e então a flor maravilhosa da felicidade brilhará em
nosso coração…
Com Jesus a felicidade existe mesmo no nosso planeta…