Raquel Gehrke
Panzin - Psicóloga, doutoranda em Psiquiatria pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mestra em Psicologia pela UFRGS.
Denise Ruschel Bandeira - Psicóloga, doutora em Psicologia
pela UFRGS e coordenadora do Programa de Pós-Graduação
em Psicologia na UFRGS.
Rev. Psiq. Clín. 34, supl 1; 17-24, 2007
Resumo
Contexto: O coping religioso/espiritual (CRE), pouco
estudado no Brasil, está associado à saúde e à
qualidade de vida (QV).
Objetivo: Apresentar revisão de literatura sobre
CRE, enfocando sua base teórica, avaliação e aplicação
na prática clínica.
Método: Pesquisa nas bases de dados Medline,
PsycINFO, Scielo e Bireme/BVS entre 1979 e 2006.
Resultados: O CRE é o uso da religião,
espiritualidade ou fé para lidar com o estresse. Estratégias
de CRE, conforme conseqüências que trazem para quem as utiliza,
podem ser classificadas como positivas ou negativas, estando geralmente
associadas, respectivamente, a melhores ou piores resultados de saúde
física/mental e QV. Evidências apontam que as pessoas utilizam
CRE especialmente em situações de crise e, também,
mais CRE positivo que negativo. Existem cinco estilos de CRE: autodireção,
colaboração, delegação, súplica e
renúncia.
Conclusões: Instrumentos como RCOPE e Escala
CRE podem ajudar na avaliação espiritual do paciente,
na pesquisa e no planejamento de intervenções psicoespirituais
enfocando o processo de CRE. Estas podem ser efetivas, ajudando os pacientes
a mais bem utilizar um importante recurso disponível, com significativo
impacto na saúde e na QV populacional, e reduzindos custos de
intervenção em termos de saúde pública.
Assim, o estudo do CRE mereceria ser incluído na formação
dos profissionais da saúde.
Panzini, R.G.;
Bandeira, D.R. / Rev. Psiq. Clín. 34, supl 1; 126-135, 2007
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Fonte:
http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista
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