Resumo
Nesse artigo, evidenciamos um conjunto de “referentes
identificatórios” presentes no idioma do Candomblé
e apresentamos uma discussão sobre as formas pelas quais as
pessoas utilizam esses elementos para construir suas identidades de
forma progressiva e flexível. Para tanto, retomamos alguns
pontos de análise acerca da construção da pessoa
no Candomblé a partir de autores clássicos, destacando
o que dados etnográficos produzidos na cidade de Cachoeira,
Bahia, apontam de inovador em relação aos mesmos. Apresentamos
uma primeira polêmica entre unicidade e multiplicidade do eu
no Candomblé, inserindo-a em uma discussão filosófica
acerca de como várias culturas produzem diferentes metáforas
para darem conta de uma provavelmente universal “ilusão
de totalidade”. Em seguida, identificamos mecanismos de individuação
no interior de uma sociedade predominantemente sócio-cêntrica.
Finalmente, apresentamos novos significantes religiosos que não
são habitualmente explorados em análises acerca de jogos
identitários no Candomblé, enfatizando importância
da subjetividade dos adeptos na construção desses jogos.
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Mônica de Oliveira Nunes
Universidade Federal de Bahia
Doutorado em Antropologia Social na Universidade de Montreal. Mestrado
en Saúde Pública na Universidade Federal de Bahía
(UFBA). Profesor do Instituto de Saúde Coletiva na Universidade
Federal de Bahía (UFBA).
Fonte: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/csr/article/view/13228
DOI: https://doi.org/10.22456/1982-2650.2513
NUNES, M. de O. Referentes identificatórios e jogos identitários
no candomblé. Ciencias Sociales y Religión/Ciências
Sociais e Religião, Campinas, SP, v. 9, n. 9, p. 91–116,
2020. DOI: 10.22456/1982-2650.2513. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/csr/article/view/13228.
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