Um dia desses, após terminarmos
uma palestra, fomos surpreendidos pelo dirigente dos trabalhos do Centro
Espírita com uma informação de cunho mediúnico.
Disse-nos o caro confrade que, enquanto
palestrávamos, um espírito se apresentou a ele como antigo
companheiro profissional nosso, pedindo para nos transmitir um abraço
e que nos dissesse que tínhamos razão, referindo-se às
conversas que mantínhamos ao tempo de encarnado em convívio
conosco.
Também teve sua aparência
descrita pelo médium, o que nos possibilitou a identificação
do antigo companheiro de profissão que sempre admiramos, tanto
pela capacidade profissional quanto pela forma que tratava os companheiros
e subordinados.
A partir daí os pensamentos se
aceleraram em várias direções.
Em primeiro foi surpresa pelo fato em
si, pela espontaneidade, uma vez que não se tratava de sessão
mediúnica, e em momento algum algo relacionado foi objeto de
conversação, o que isenta o médium de qualquer
ideia preconcebida, dando autenticidade ao fenômeno.
Passada a surpresa, inundou-nos uma
alegria toda especial pela confirmação da continuidade
dos laços afetivos que unem os seres humanos, independente da
condição de encarnados ou desencarnados, o que nos proporciona
tranquilidade diante das separações provocadas pela ausência
física daqueles que amamos.
Decorrente do fato é a comprovação
de que a vida continua para o espírito, portanto este é
imortal, que mantém sua individualidade e consciência diante
da vida e, consequentemente, de seu passado, que é revisado para
aprendizado e novas deliberações para o futuro.
Depois, passamos a meditar na importância
do que falamos e exemplificamos, por mais descontraída seja a
conversa e a conduta, a ponto de sermos lembrados além da existência
física por nossos interlocutores que, com certeza, após
a morte física ficamos sujeitos a experiências relativas
ao vivenciado na vida material.
Ainda meditando a respeito, outra dedução
se faz presente, que é a evidência de que estava acompanhando
dos dirigentes espirituais do Centro, portanto em boas mãos,
e autorizado a se manifestar, em função da seriedade,
objetividade e equilíbrio da reunião da noite. E isso
também nos tranquiliza quanto ao futuro, pela certeza de que
quem age sempre para o bem também recebe o bem.
Nessas oportunidades, expressa-se a
bondade divina que nos presenteando com essas bênçãos
para que nos reconfortemos e nos incentivemos na vida diária,
sentindo-nos envolvidos pelos laços mais sublimes do espírito.
Pensemos nisso.
Fonte:
http://www.agendaespiritabrasil.com.br/2014/09/30/surpresa/
Leia de Antônio Carlos
Navarro:
->
Cegos do Espírito
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O Pé de Melindre
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Surpresa
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Vazio interior
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