Espiritualidade e Sociedade





Eduardo Nascimento

>   Vontade, a força soberana

Artigos, teses e publicações

Eduardo Nascimento
>   Vontade, a força soberana

 

 

 

“A vontade é a faculdade soberana da alma, a força espiritual por excelência.”
— Léon Denis —

 



Quando temos contato com conceitos como este que nos é apresentado pelo querido mestre Léon Denis, podemos observar e por que não dizer, sentir, nossa responsabilidade como espíritas, se considerarmos toda a oportunidade de estudo que nos informa, esclarece e nos faz perceber que, afinal, os grandes responsáveis por nossa caminhada em direção à perfeição, somos nós mesmos. Podemos considerar, como continua Léon Denis na mesma obra, que “qualquer ato da vontade reveste uma aparência fluídica e grava-se no envoltório perispirítico” (p. 265), o que nos leva a refletir sobre como conduzimos nossa vontade e também como estamos avançando ou retardando nosso processo evolutivo, visto que constantemente imprimimos em nosso corpo fluídico nossas ações, sejam boas ou más, conforme nossa conduta diária.

Com essa linha de raciocínio, considerando a vontade como ferramenta para avanço ou estagnação da caminhada, em direção à perfeição, nos perguntaremos como direcioná-la para algo mais construtivo tanto no aspecto individual como coletivamente? Como nos comportar de forma mais alinhada à doutrina de Luz do Cristo, que nos é apresentada constantemente pelos amigos espirituais mais esclarecidos?

Na obra Conduta Espírita, de autoria de André Luiz, pela mediunidade de Waldo Vieira, (FEB, 2012), somos agraciados com orientações nos mais diversos campos de relação cotidiana, que podem nos redirecionar a comportamentos e atitudes conectados à moral cristã. Entre estas orientações, há as que tratam de nossa conduta perante nós mesmos, sendo que uma delas nos orienta a vigiarmos nossas próprias manifestações, nos convidando a perceber que o exemplo da humildade é a maior força para a transformação das criaturas (p. 57), o que nos remete ao que Denis chama “de todos os vícios, o mais terrível”, o orgulho (Depois da Morte, p.339). E como poderemos começar a vencer este vício? Voltamos à questão da vontade, como força que impulsiona a transformação. Ao nos determinarmos a mudança através da vontade, permitimos a aproximação e o amparo destes nossos queridos amigos e mentores espirituais nos acolhendo, sustentando e intuindo no sentido de que tenhamos cada vez mais vitórias nas lutas diárias sobre nós mesmos.

Que possamos assim, queridos irmãos e irmãs, não só crer, mas principalmente entender e saber que o consolador prometido está entre nós nos apresentando a nossa imortalidade, a nossa possibilidade de acertar em novas oportunidades na sucessão das existências e dessa forma, nos permitindo com nossa fé raciocinada, identificarmos esse suporte do plano espiritual que nos diz, em nossa consciência mais profunda, que não estamos sós na luta pelo nosso crescimento e que nesta vontade crescente pelo caminho do bem e da caridade com Jesus, teremos a alegria de um dia na estrada evolutiva, como orientaram os Espíritos a Kardec (L.E., cap. II, pergunta 132. CELD, 2011), termos condições de suportar nossa parte na obra da criação.

 

 

 

 

 

Fonte: Revista CELD de Estudos Espíritas
https://celd.xyz/wp-content/uploads/06-Revista_CELD_Junho-2017.pdf

 

 

 

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