Resumo:
O artigo analisa como os afrorreligiosos
construíram estratégias de positivação
da alimentação tradicional dos terreiros na cena pública
para assegurar seus modos de vida. Os dados etnográficos foram
construídos junto, especialmente, aos membros do Fórum
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais
de Matriz Africana (Fonsanpotma) e do Grupo de Estudos Braulio Goffman
(GEBG), entre 2014 e 2018.
Nosso objetivo foi compreender
como os interlocutores produziram uma agenda nacional em defesa do
“abate religioso” nos terreiros antes do julgamento do
Supremo Tribunal Federal. O trabalho conclui que é com base
na defesa ao direito da alimentação tradicional que
os afrorreligiosos criaram estratégias de enfrentamento ao
racismo religioso e de reivindicações direitos tendo
por referência à legislação internacional
de direitos humanos.
Ana Paula Mendes de Miranda
Universidade Federal Fluminense
Rosiane Rodrigues de Almeida
Universidade Federal Fluminense
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