Define-se espaço como: extensão superficial
limitada, extensão indefinida, distancia entre dois pontos
etc... Mas se o espaço for a distancia entre dois pontos, o
que será que transcende esse limite? Logo a distancia entre
dois pontos ou dois corpos é nada mais que uma região
do espaço, isto é, uma parte infinitesimal do espaço.
Extensão superficial limitada também não, já
que toda distancia, extensões possíveis e imagináveis
formam regiões no espaço, dado o caráter de possibilidades
infinitas de criações. Como definir espaço então?
Sabemos que todas as coisas estão inseridas no espaço,
isso nos induz a sofismar que espaço seria o universo; mas
se assim procedermos, poderemos cair nos mesmos erros dos cientistas
que definiram o átomo (o elemento indivisível) como
as “moléculas” em que trabalhavam, já que
o átomo nada mais é que uma molécula formada
de outras partículas menores, definido por Kardec em a gênese,
que também são formadas de partículas menores,
verificando mais tarde essas sendo divisíveis, pois podem existir
outros universos como nos diz Allan Kardec na revista espírita
de 1869. Logo, o somatório desses universos é que seria
o verdadeiro UNIVERSO. Como definir então? Arriscamos a designar
por definição sendo espaço: onde existe tudo
o que foi criado. Notem que não usei a expressão “lugar
onde”, já que lugar também remete à noção
de região. Como assim? É porque todas as coisas têm
que estar no espaço, senão é o nada ou Deus,
que transcende o espaço, visto que o espaço é
uma criação de Deus. Ora, o nada não existe!
O espaço, nós designamos por espaço universal
e as outras definições por regiões do espaço
ou “locais”.
O espaço por definição é infinito,
pois que a criação de Deus é infinita,
e também para abranger todas as coisas e criações
espirituais, isto é, de todos os espíritos, independente
do grau evolutivo. Deus também está no espaço
pois que preenche todas as coisas, logo Deus é imóvel,
isto é, não há um local em que Deus não
esteja; o UNIVERSO é pleno Dele! Daí tiramos outra conclusão
: não existe no universo a treva absoluta, já que Ele
está em todo lugar e Ele é luz; ninguém está
sozinho por mais baixo que o ser humano possa descer às trevas
interiores, existe sempre Deus com ele.
Espaço II
Uma definição também que se faz de espaço
é a dimensional, exemplo: O ponto tem dimensão zero
, isto é, não tem comprimento, altura nem largura; por
dois pontos é possível traçar uma reta. Uma reta
é composta de infinitos pontos, não tem inicio nem fim,
varia para o infinito nas duas direções. A reta tem
dimensão um R1, e a sua projeção em uma dimensão
inferior é o ponto; um exemplo grosseiro seria se imaginássemos
a reta como uma mangueira infinitamente pequena , mas que pudéssemos
olhar por dentro, somente enxergaríamos um ponto a nossa frente,
com duas retas não colineares concorrentes temos um plano,
que tem dimensão dois R2, o plano é formado de infinitas
retas, logo a projeção do plano é uma reta, isto
é uma dimensão abaixo. Se imaginássemos o plano
como uma placa de compensado infinitamente fina, e olhássemos
por dentro enxergaríamos as coisas como se fossem tiras muito
finas ou retas. Agora se tivermos três retas não colineares
e uma delas fora do plano das outras duas teremos uma região
do espaço na terceira dimensão R3. O plano, a reta e
o ponto podem ser imagens deste, na reta temos infinitos pontos, no
plano temos infinitas retas, e no espaço temos infinitos planos
retas e pontos.
Se estivéssemos dentro de uma reta, por suposição
é claro, só enxergaríamos pontos, pois tudo que
está fora da reta não veríamos por estar em outra
dimensão que por sinal é maior que nossa; ao passo que
essa pessoa nos veria, ele poderia interferir em nossa dimensão
por exemplo se colocasse a mão a nossa frente veríamos
um ponto diferente da cor da mão deste individuo, e fatalmente
nos assustaria pois que para nós ela apareceria do “nada”
e sumiria da mesma forma. Poderiam até retirar um objeto e
ficaríamos perplexos , se não fossemos espírita
.
Se estivéssemos em um plano enxergaríamos tudo como
retas, agora todas as coisas tem duas dimensões por isso nos
parecem retas, se observássemos um objeto tridimensional, só
enxergaríamos como tiras; mesmo que fosse tridimensional já
que na segunda dimensão as coisas não tem profundidade,
mas na terceira dimensão é mais fácil, pois é
a que encontramos nosso psiquismo consciente. Todas as que temos em
nossa dimensão e vistas por nós tem três dimensões,
isto é, comprimento altura e largura, por mais que achemos
que não, o problema aí é de ordem de grandeza.
Um exemplo é a folha de papel, é muito fina mas tem
espessura.
Se movimentássemos o ponto, só poderíamos fazê-lo
em uma dimensão fora dele, e ao fazermos isso esse movimento
criaria um seguimento de reta, dimensão 1, ao movimentarmos
o seguimento reta, só pode ser em outra dimensão, que
usaremos a dimensão 2, e criaríamos um quadrado, e ao
movimentarmos o quadrado na terceira dimensão3, criaríamos
um cubo, mas na quarta dimensão não conseguimos imaginar
o que se formaria, já que nossa mente está projetando
imagens 3D; seria como se só tivéssemos um olho e nunca
tivéssemos visto o morro pão de açúcar,
e com o olho colado na sua encosta tentássemos imaginar que
figura seria essa, isso é o que ocorre se nós tentarmos
imaginar um movimento em 4D, nos falta parâmetro , no ponto,
na reta, e no cubo foi fácil por estarem em dimensões
comportadas pelo nosso psiquismo consciente.
Os espíritos estão em uma dimensão acima da nossa,
não os vemos com olhos 3D só os sentimos, mas a alma
vê, pois nosso psiquismo pleno abarca todas as dimensões
(a centelha divina), já que vibra no padrão divino e
quanto mais evoluímos mais capacidade temos de varar as dimensões,
por isso no mundo da verdade, o plano espiritual, existem varias regiões
para diferentes categorias de espíritos. Quando eles intervêm
em nossa dimensão ocorre como no fato que citei acima, podem
eles até retirar ou arrebatar objetos para si e colocar em
outro lugar, conhecido como fenômeno de transporte (livro dos
médiuns cap. V itens 96 ao 99), mas também todas as
dimensões estão contidas no espaço, quanto mais
se livra dos pesares da matéria mais capacidade tem o ser de
superar esses limites dimensionais, se bem que a diferença
entre alguns espíritos é uma questão de densidade
e peso específico.
O tempo: a melhor definição de tempo
é a do espírito Galileu em A Gênese, os milagres
e as predições segundo o espiritismo da Allan Kardec,
que diz ser o tempo a sucessão das coisas. Mas quando nasceu
o tempo? Quando começou a existir?
O espaço e o tempo estão ligados entre si,
daí Einstein se ver obrigado a colocar em suas equações
o tempo como uma variável a mais, mas não no sentido
absoluto como na transformação de Galileu, mas no sentido
mais espírita o relativo. Não se pode desvincular o
tempo do espaço, pois que nós estamos ligados sobremaneira
à matéria.
O tempo existe desde que exista espaço, pois que tempo é
a sucessão de coisas criadas, que só podem existir no
espaço universal. Então nos perguntamos: E Deus
? Deus é atemporal, isto é, não está
sujeito ao tempo e nem ao espaço, existe antes desses dois,
Deus existe por ele mesmo, antes do espaço e do tempo existe
O Criador, Deus soberano, mas Deus também está na sua
criação em todo lugar, por isso, um dos atributos de
Deus é ser imóvel! Definição de Parmênides
filósofo 540 ac, e depois confirmado pelo espírito Erasto
na revista espírita de março de 1864. Em nosso estágio
o tempo é uma conseqüência meramente material, dada
a nossa materialidade, nossa mente está “presa nas sucessões
de coisas materiais” donde vem a noção imperfeita
de ser o tempo uma coisa material apesar de não ser matéria,
e não conseguirmos entender o SER incriado.
A mente perfeita transcende as sucessões materiais, logo transcende
nossa noção de tempo, os superiores mais acima da matéria
superam as dificuldades da matéria e logo unem o passado, o
presente e em muitos casos o futuro, que consiste nas conseqüências
naturais, mas nunca chegam a transcender todo espaço e o tempo,
já que só é possível a Deus, o incriado,
sempiterno, imóvel, imanente e transcendente. Vide Jesus: “quanto
aquele dia e aquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do céu,
nem o filho, só o Pai” Matheus 24vv36. Logo o
tempo existe desde sempre! É redundante? Desde quando
isto existe? Por definição, desde sempre já que
só podemos conceber Deus trabalhando! Nunca inativo. Estas
definições se perdem num axioma que se eleva acima das
alturas do filho de Deus. As almas presas na matéria sofrem
com a dificuldade de se apossar do seu passado como nos romances espíritas.
Para nós começarmos a tentar entender essas coisas podemos
começar a fazer um exercício com a imaginação,
podemos fazer: uma curva 2D e o espaço em 3D quem está
preso em uma espécie de labirinto 2D, não pode sair
dele só ir para frente ou para trás, mas quem está
em uma dimensão acima vê esse individuo consegue prever
seus movimentos e suas conseqüências e até estando
no espaço superar num instante as distâncias ver atuar
a frente desse outro, assim; quem está numa dimensão
acima prevê o futuro, em alguns casos inspirados pelo absoluto
supremo.
Quando se estuda a matéria pela matéria podemos encontrar
algumas anomalias como os efeitos relativísticos da dilatação
e contração do espaço e do tempo, já que
esses são reflexo de quem observa apenas do ponto de vista
material. Um trem que passa com uma velocidade perto ou igual a da
luz , nós percebemos como se ele fosse menor do que é,
mas isso é um efeito, o trem não mudou sua estrutura,
mas nós é que interpretamos assim, dados nossos sentidos
acanhados e todos os efeitos materiais. Como o paradoxo dos gêmeos
que diz que se um dos gêmeos viajasse na velocidade da luz a
uma região remota e voltasse, ao final da viagem um deles estaria
mais velho que o outro, que por si só é um absurdo,
uma anomalia da interpretação puramente material, principalmente
sabendo que é essa hipótese por si já nega o
primeiro postulado relativístico , já que é uma
situação em que o referencial é não inercial.
No mais, só os purificados no amor tem a capacidade de transpor
as dimensões e por antecipação nos revelar o
futuro distante e fatal, nossa felicidade!