Espiritualidade e Sociedade





Luzia Mathias

>   É possível viver sem estresse?

Artigos, teses e publicações

Luzia Mathias
>   É possível viver sem estresse?

 

 

 

 

Nessa série de conversas já falamos de Entusiasmo, Superação de Limites e Intuição.

Nosso projeto, este mês, nesse espírito de descobrir “do que pode ajudar”, será um convite para pensarmos juntos a questão do estresse.

Todos os dias as pessoas vão às consultas médicas com sinais, sintomas e doenças que se prolongam ou que resistem aos tratamentos propostos e escutam do profissional que a atende a seguinte pergunta:

— Você está estressado ou estressada?

E aí a resposta é quase sempre afirmativa e costuma ser seguida de outra pergunta:

— E quem não está, doutor?

É claro que motivos para estarmos ansiosos, preocupados, vivenciando emoções perturbadoras, não nos faltam e não nos faltarão nem tão cedo; então o caminho para a saúde não pode ser ficar esperando por esse momento mágico em que tudo estará bem, funcionando sem problemas, nossas necessidades atendidas e a gente se sentindo com aquela paz de criança dormindo, voando leves em céu de brigadeiro.

Mas será que tem que ser assim mesmo? Temos que viver estressados comprometendo a saúde e o aproveitamento dos momentos de convivência e de prazer possíveis? Será que não temos outra alternativa que não seja viver em estado de permanente ansiedade e sobressalto?

Claro que temos alternativas, e o desafio desse momento complexo e acelerado é esse: cuidar de nós mesmos. Até porque utilizando a visão espírita na leitura dos acontecimentos comuns da existência veremos que eles se enquadram no que os espíritos chamam de “vicissitudes da vida material” e estão a serviço do nosso desenvolvimento tanto intelectual quanto moral.

Os sofrimentos são acontecimentos exteriores, não são determinantes de nada, uma vez que impactam de modo diferente a cada pessoa, dependendo de como ela os acolhe em seu meio interno.

Este é um lado da questão.

O outro lado da questão é que todos dispomos de possibilidades infinitas à nossa volta para viver momentos de alegria, de riso, de meditação, de relaxamento, de reenergização, de contemplação de beleza, de criatividade, de espiritualidade, todos reconhecidamente portadores de mudanças neuroquímicas, indutoras de relaxamento, de bem-estar, de equilíbrio emocional.

A proposta de “Em que posso ajudar” deste mês é justamente despertar o leitor para o arsenal de armas contra a depressão, a ansiedade, e todas as doenças que se instalam no corpo em decorrência do estresse: úlceras, problemas cardiovasculares, problemas de pele, doenças autoimunes, as complicações psicológicas do estresse permanente como as alterações do sono, do humor, favorecendo a instalação de quadros depressivos, de pânico, bipolaridade, etc.

E o que temos nesse arsenal?

Aquilo que tivermos tido o cuidado, a vontade, a determinação de buscar e experimentar, atentando para o que tem o precioso efeito de proporcionar a liberação do estresse, por poucos minutos que sejam, passa a ser recurso, medicação valiosa antiestresse. Uma vez tendo feito tais descobertas passamos a instalá-las como hábito, como cuidado, como recurso a se lançar mão para nos ajudar a absorver e transformar, para melhor, os assim chamados acontecimentos estressantes, e o processo torna-se contínuo e crescente.

Vou sugerir algumas dessas possibilidades apenas para ilustrar do que estou falando, mas evidentemente será necessário respeitar as individualidades, sabendo que cabe a cada um conhecer, testar e trazer para sua vida o que tiver um efeito salutar perceptível.

Vamos lá:

Experimente cantar, dançar, assistir cenas engraçadas, ler páginas otimistas, repetir frases de estímulo, dar um passeio junto à Nature za, brincar com o cãozinho, fazer um trabalho manual, participar de um coral, de um trabalho de grupo, de um grupo terapêutico, mudar a
arrumação da casa, pintar uma parede...

Essas experiências podem ser feitas nos momentos de estresse ou fora deles, o importante é estar atento a si mesmo, observando o que muda o humor, o que acalma a ansiedade, o que dá descanso ao espírito do turbilhão das emoções negativas.

Mas o melhor antídoto dos estresse, é sem dúvida, sair de dentro de si mesmo e dar amor.

Assim nos fala Léon Denis no livro Depois da Morte no capítulo do Amor:

O bom humor é a saúde da alma. Deixemos nosso coração abrir-se para as impressões sãs e fortes. Amemos para sermos amados!

Enfim, motivos para sermos estressados sempre existirão. Mas os meios de experimentarmos a paz, a tranquilidade, a alegria de viver, também são inesgotáveis.

 


 

Fonte: Revista CELD de Estudos Espíritas
https://celd.xyz/wp-content/uploads/05-Revista_CELD_Maio-2018.pdf

 

 

 

* * *

 

 



topo

 

 

Acessem os Artigos, teses e publicações: ordem pelo sobrenome dos autores :
|  B  |   C  |   D   |  F   |  G  |   H  |   I   |  J     K   |   L    M  |   N   |   O   |   P  
-  Q  |   R  |  S  |   T   |   U   |   V    |   W   |   X    |   Y    |    Z  
Allan Kardec      -   Special Page - Translated Titles
* lembrete - obras psicografadas entram pelo nome do autor espiritual :