“Não podemos
permitir que a lógica seja nossa deusa: ela tem músculos
poderosos, mas, lhe falta personalidade. A mente intuitiva é
um presente sagrado, e a lógica é uma serva fiel;
infelizmente nós criamos uma sociedade que honra a serva
fiel, esquecemos o presente sagrado.”
— Albert Einstein —
O ano está começando,
mas, é claro que, nossos problemas não resolvidos continuam
os mesmos.
Se esses problemas continuam os mesmos, por muito tempo, e não
fazemos nada de diferente em relação a eles, podemos
esperar que se agravem, surgindo novas complicações.
Pode ser que acreditemos já ter feito tudo o que podíamos
para resolver esses problemas e tenhamos chegado à triste —
e equivocada — conclusão, de que tais problemas não
têm solução.
Tal situação espelha a nossa relutância em amadurecer
psicologicamente. Assim como a criança, a mente infantil procura
alguém para resolver seus problemas, e quando esses não
são atendidos paralisa-se, por não acreditar-se capaz
de resolvê-los por si mesmo.
Pressionado por contingências aflitivas ou incômodas,
aquele que não teve sua necessidade ou vontade atendida pelos
outros, é obrigado a acessar sua própria inteligência,
sua vontade, ampliar seus conhecimentos, experimentar novos comportamentos,
fortalecer seu espírito... crescer, enfim.
Mas em muitos casos, mesmo se utilizando de todos esses recursos,
falta alguma coisa. A sensação que se tem é de
que aquilo de se que precisa é impossível de ser alcançado
e daí advêm a paralização, a depressão
e até o suicídio, se não houver, por parte do
espírito, a reação adequada.
Esse tipo de situação é justamente aquela que
vem despertar em nós a possibilidade adormecida e ainda subutilizada
pela humanidade, que é a intuição ou sentido
íntimo, na visão de Léon Denis.
Ao acessar a intuição o ser humano entra em contato
com a Mente Divina da qual procede, e na qual vive mergulhado, e acessa
soluções criativas para os problemas que vivencia, desde
pequenas questões práticas do dia a dia, até
sofisticadas revelações espirituais e descobertas incríveis
da Ciência.
O grande intuitivo Albert Einstein, já citado em epígrafe,
em outra célebre frase, não poderia ser mais claro.
“Penso 99 vezes e nada descubro.
Deixo de pensar, mergulho no silêncio e a verdade me é
revelada.”
Então, vamos usar mais essa
possibilidade? É claro que ao começarmos a desenvolver
uma habilidade qualquer, não apresentamos o grau de competência
apresentado por aqueles que já exercitam e praticam, ao longo
de muitas vidas, e que se apresentam aos nossos olhos na qualidade
de gênios.
No caso da intuição, não será de imediato
que teremos uma desenvoltura como a demonstrada por Léon Denis,
por Carl Gustav Jung, por Steeve Jobs, pelo próprio Einstein,
aqui citado, e tantos outros.
Mas o exercício da intuição, mesmo para aquele
que nunca experimentou fazê-lo, de forma consciente e voluntário;
se mostrará tão promissor no campo da solução
dos problemas que acreditamos insolúveis, que fará com
que pratique cada vez com mais dedicação e confiança.
Então, qual o exercício?
O exercício do silêncio e da escuta interior.
É simples e seguro.
Comece o exercício com uma leitura edificante e faça
uma prece pedindo aos amigos espirituais que o assistam e auxiliem.
Coloque a sua questão, ou problema, da forma mais clara e direta
possível, diante de si mesmo.
Exercite silenciar, ou seja, não reter os pensamentos de angústia,
ansiedade, ou de distração que certamente ocorrerão.
Mantenha-se assim por alguns minutos.
Depois responda à sua questão.
Repita até conseguir uma resposta satisfatória.
Muitas vezes veremos com clareza a solução para o problema,
mas não nos sentimos fortes o suficiente para realizá-la.
E aí? Não faz diferença?
Faz toda a diferença. A diferença entre estar perdido
numa floresta e continuar perdido numa floresta só que com
um mapa e uma bússola. Agora se tem uma escolha que antes não
havia.
Quanto mais perseverarmos no exercício da intuição
mais problemas serão resolvidos de forma criativa, a partir
de dados nunca antes acessados, encontrando-se a criatura com o Criador
diante dos desafios da existência.
