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Resumo:
O espiritismo kardecista é uma religião
que confere fundamental importância ao estudo de uma literatura
própria, entendida como complemento de uma revelação
religiosa. Este artigo, realizado a partir de pesquisa etnográfica
num tradicional centro espírita de classe média de Porto
Alegre, examina e sistematiza alguns modos pelos quais os adeptos espíritas,
estruturados em pequenos grupos, relacionam-se com essa tradição
escrita.
O grupo é fundamental na formação da identidade
dos espíritas em dois aspectos: em primeiro lugar por demarcar
pertencimentos internos, traduzidos ou não em diferenças
de compreensão doutrinária.
Em segundo lugar, é uma das instâncias de construção
do expositor espírita, que ali aprende a tirar proveito de fórmulas
verbais retiradas de um repertório próprio. Inspirado
nas discussões sobre oralidade e escrita e na recente proposta
de uma etnografia da leitura (Boyarin, 1993) tentarei mostrar que se
a fala dos espíritas é construída como uma oralidade
sustentada por textos, há também dimensões informais
muito importantes a serem consideradas, que contextualizam e atualizam
a relação com os textos sagrados nesse grupo.
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Fonte:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-71832004000200011&script=sci_arttext
LEWGOY, Bernardo. Etnografia da leitura num grupo
de estudos espírita. Horiz. antropol., Porto Alegre , v. 10,
n. 22, Dec. 2004.
Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-71832004000200011&lng=en&nrm=iso>.
access on 26 July 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-71832004000200011.