Tido como "o lado amargo do amor" ou o "cupim da relação",
o ciúme já causou, causa e continuará
a causar a infelicidade de muita gente. O ciúme nunca
é saudável conforme pensam alguns.
Segundo o "Novo Aurélio", ciúme
"é o sentimento doloroso que as exigências de um amor
inquieto, o desejo de posse da pessoa amada, a suspeita ou a certeza
de sua infidelidade fazem nascer em alguém".
De acordo com a psicologia, "É o medo da
perda. Uma das grandes causas do desrespeito, mágoa e separação
de casais, um ciúme é um sentimento corrosivo que pode
crescer a ponto de sufocar a saúde mental e física dos
parceiros. Pode chegar ao ponto de causar danos de morte."
A medicina, em seus estudos mais recentes
sobre a matéria diz que "o ciúme é uma emoção
extremamente comum, senão universal, podendo ser difícil
a distinção entre ciúme normal e patológico".
O ciúme considerado "normal" acontece num contexto
interpessoal, isto é, entre o sujeito e o objeto. Já o
ciúme dito "patológico" é intrapessoal,
acontecendo apenas dentro do sujeito. Por isso mesmo é um importante
campo de estudo para a psiquiatria, pois envolve riscos e sofrimentos,
podendo gerar diversos transtornos mentais.
Resumindo, o ciúme pode ser
traduzido por situações em que o ciumento perde a autoconfiança
na capacidade de escolha do parceiro; tem medo de perder o controle
sobre o parceiro e a relação; coloca o parceiro na mesma
condição e importância do ar que respira; além,
é claro, do medo de perdê-lo para outra pessoa.
O ciúme pode ter origem nas
relações complicadas com o pai ou a mãe durante
a infância; no mecanismo inconsciente em que procura reter o outro
só para si; geralmente ele nasce da dependência e não
do desejo de compartilhar com o outro.
O ciúme, finalmente, é ruim tanto para
o ciumento como para quem é vítima dele. Leva as pessoas
envolvidas pelo ciúme a vivenciarem situações ridículas
e vexatórias. Sendo assim, é necessário primeiramente
não negá-lo; depois, confiar nos parceiros e, para isso,
o diálogo é essencial; elevar a auto-estima sabendo valorizar-se;
quem zela, é bom lembrar, deve querer o bem do outro; muito cuidado
com as "informações" dos "amigos";
se necessário, procure ajuda profissional.
Paz para todos!
Fonte: Fernanda Dannemann – Joel
Coaracy – www.vaidarcerto.com.br.
Lar "Pouso da Esperança", São
Luís/MA, outubro de 2006
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