Jan
Holden, EdD; Jeffrey Long, MD, e Jason MacLurg, MD.
> Experiência fora-do-corpo: tudo no cérebro?
Resposta por três pesquisadores de NDE (International
Association for Near-Death Studies, Inc.) a um artigo
da Revista Nature (2002) sobre uma experiência fora-do-corpo induzida
por estimulação elétrica.
por Jan Holden, EdD; Jeffrey Long, MD, e Jason MacLurg,
MD.
traduzido por Francisco Mozart Rolim de Souza e Vitor Moura Visoni
Original disponível na internet [link]:
Resumo
Em 2002, um artigo foi publicado no influente jornal
científico Nature, documentando uma experiência fora-do-corpo
(OBE ou EFC) induzida por estimulação elétrica
focal do giro angular direito do cérebro de uma paciente que
se submeteu à avaliação para tratamento de epilepsia.
O acesso ao artigo original está disponível no website
da Nature. Este artigo é uma resposta por três investigadores
de NDE e foi publicado originalmente na revista Vital Signs, Volume
21, Número 3.
A Pesquisa
Electrodes Trigger Out-of-body Experience (Eletrodos
disparam experiência fora-do-corpo) foi o provocativo título
que apareceu na “Science Update”, seção do
Website da Nature´s Magazine, no domingo de 19 de setembro de
2002 (Pearson, 2002) O subtítulo do artigo foi Stimulating brain
region elicits illusion often attributed to the paranormal (Estimulação
de região cerebral elucida ilusão frequentemente atribuída
à paranormalidade) e o artigo começou dizendo ”A
atividade em uma região cerebral poderia explicar experiências
fora-do-corpo. Pesquisadores na Suíça dispararam o fenômeno
usando eletrodos”. Este relato da pesquisa atraiu enormemente
a atenção da mídia. E como muitos dos que relataram
ter tido experiências de quase-morte (NDEers) tiveram experiências
fora-do-corpo como parte de suas EQMs (NDEs), a pesquisa poderia ser
relevante para o entendimento das EQMs. Nós, entretanto, desejamos
examinar o assunto aqui em algum detalhe.
O artigo on-line da “Science Update” foi
baseado em outro impresso da Nature, no volume de 19 de setembro (Blanke,
Ortigue, Landis & Seeck, 2002). Os quatro autores desse artigo,
médicos dos programas de Neurologia e Neurocirurgia dos hospitais
das Universidades de Genebra e Lausanne, relataram achados que haviam
feito durante uma operação para aliviar convulsões
de uma paciente. Os sintomas da mulher de 43 anos indicavam epilepsia
no lobo temporal direito, uma área do cérebro localizada
acima e atrás do ouvido direito. Devido ao fato de que as técnicas
de imagem não revelaram a exata posição associada
com suas convulsões, os médicos abriram seu crânio
e sondaram várias áreas localizadas na porção
defeituosa, num processo conhecido como “mapeamento cerebral”.
O próprio cérebro não sente dores, logo a paciente
pode estar consciente e falante enquanto os médicos sondam diferentes
locais com minúsculas quantidades de eletricidade. Desta forma,
o paciente foi capaz de descrever sua experiência durante cada
eletro-estimulação.
A paciente estava deitada sobre suas costas durante
a operação com cérebro exposto logo acima e atrás
de seu ouvido direito. No processo de busca pelo sítio associado
com sua epilepsia, os médicos estimularam uma área específica
próxima ao lobo temporal direito chamada giro angular direito
e a paciente relatou sensações intrigantes que os autores
chamaram de “experiências fora-do-corpo”.
Esta área do cérebro não estava
relacionada à sua epilepsia. Quando os médicos estimularam
essa área pela primeira vez, a mulher relatou que estava “afundando
em sua cama” ou “caindo de certa altura”. Quando eles
aumentaram a eletricidade, ela relatou: “Vejo a mim mesma deitada
na cama, do alto, mas eu posso ver apenas minhas pernas e a parte inferior
do tronco”. Os autores relataram que “duas estimulações
posteriores induziram a mesma sensação, a qual incluiu
uma instantânea sensação de “claridade”
e “flutuação” por cerca de 2 metros acima
da cama, próximo ao teto”.
Os médicos então pediram para a paciente
olhar suas duas pernas durante a estimulação elétrica....
Desta vez, ela reportou ver suas pernas “encurtarem”. Os
médicos prosseguiram, explicando que se suas pernas estivessem
dispostas num ângulo de 90° antes da estimulação,
“ela relatava que suas pernas aparentavam estar se movendo rápido
em direção ao seu rosto e tomaria uma ação
evasiva.” Os autores continuaram:
“Quando pedida para observar seus braços
esticados durante a estimulação elétrica, a paciente
sentiu que seu braço esquerdo estava mais curto; o braço
direito estava normal. Se ambos os braços estivessem na mesma
posição mas dispostos em ângulo de 90° em relação
ao cotovelo, ela sentia que seu braço e mão esquerdos
estavam se movendo próximos à sua face. Quando seus olhos
foram fechados, ela sentiu que a parte superior do seu corpo estava
se movendo em direção à suas pernas as quais estavam
paradas”.
Os autores afirmaram que “estas observações
indicam que OBEs... podem ser artificialmente induzidas por estimulação
elétrica do córtex” e especularam os mecanismos
envolvidos.
Examinando as interpretações
dos pesquisadores
Mas quão certa é a afirmação
deles? Em particular, os autores concluem que a experiência da
paciente foi uma OBE, que segundo eles (1) se enquadrava na definição
de OBEs e (2) a OBE da paciente foi tanto representativa como também
indistinguível de uma OBE espontânea, ou seja, que foi
uma OBE típica. Quão precisas são essas assertivas?
A respeito da primeira suposição, os autores
do artigo da Nature definiram OBEs como “curiosas e geralmente
breves sensações nas quais uma consciência de uma
pessoa parece destacar-se do corpo e tomar uma visão de uma posição
distante”, uma definição para a qual eles citaram
três publicações européias (Brugger, Regard,
& Landis, 1997; Grusser & Landis, 1991; e Hecaen & Ajuriaguerra,
1952). Pesquisadores de OBE americanos têm oferecido definições
um tanto similares, por exemplo: “uma experiência onde você
sente que sua mente ou consciência esteve separada de seu corpo
físico (Gabbard & Twemlow, 1984, pp. 3-4)”, “uma
experiência na qual o centro da consciência aparenta ao
experimentador ocupar temporariamente uma posição na qual
é espacialmente remota de seu corpo” (Irwin, 1985, p.5),
uma experiência na qual “as pessoas sentem que seu ‘self’,
ou centro da consciência, está situado fora do corpo físico
(Alvarado, 2000, p. 183). Parece-nos que por todas essas definições,
a experiência da paciente suíça qualifica-se como
uma OBE.
Para começar o enfoque na segunda suposição
– que a OBE da paciente suíça foi típica
de uma OBE espontânea – considere a descrição
de uma OBE espontânea por um paciente inglês que “havia
sofrido um deslocamento do pé, o qual havia sido reposicionado
sob um anestésico” (Green, 1968, p. 123): “...me
vi no canto do quarto e olhando para baixo sobre o leito do hospital.
As roupas de cama estavam empilhadas sobre um berço e minhas
pernas estavam expostas do joelhos pra baixo.
“Em volta do tornozelo direito estava um anel
de gesso e abaixo do joelho estava um anel similar. Estes dois anéis
estavam juntos por uma tala de gesso [em] cada lado [da] perna. Fiquei
impressionado pela cor-de-rosa de minha pela contra o gesso branco.
"Quando voltei a si duas enfermeiras ficavam um
pé de cama olhar a operação, um bastante jovem.
Elas deixaram a enfermaria de uma vez e eu consegui me levantar e olhar
sobre o berço, vendo outra vez exatamente o que eu tinha visto
quando ainda "fora".
"Sendo um dia quente talvez fosse o motivo por
que as roupas de cama tinham sido puxadas para longe das minhas pernas
e amontoadas sobre o berço. A maneira particular com que o gesso
tinha sido aplicado foi claramente vista de minha posição
no canto da sala e o contraste entre a pele cor-de-rosa e o gesso branco
era impressionante".
Uma comparação entre o relatos das
OBE dos pacientes suíço e inglês revelam estas importantes
diferenças:
OBE da Paciente Suíça
* Espôntaneamente relatou ter visto somente parte
do corpo (pernas e parte inferor do tronco)
* Viu áreas do corpo não envolvidas no procedimento médico
ou de interesse (pernas e parte inferior do tronco)
*Reportou distorção de imagem cororal( pernas encurtando,
braço mais curto....)
*Relatou ilusã de movimento corporal: braços e pernas
movendo-se em direção à face, parte alta do corpo
movendo-se para frente....
OBE do Paciente Inglês
#Relatou espontâneamente ter visto o corpo
inteiro
#Viu áreas do corpo de interesse ou relacionadas ao procedimento
médico (perna, equipe, etc)
#Não relatou distorção na imagem corporal
#Não houve ilusão de movimento corporal.
Em análise, a experiência do paciente inglês
pareceu bastante realista, enquanto a da paciente suíça
foi fantasiosa – fragmentada, ilusória e distorcida. De
fato uma minuciosa revisão feita por um de nós (Holden)
de três livros clássicos reportando extensivas pesquisas
em OBEs [Green(1968), Gabbard & Twenlow (1984) e Irwin(1995)] e
uma muito recente revisão de toda a literatura sobre OBE (Alvarado,2000)
revela que a OBE do paciente inglês é bem característica
das OBEs em geral, enquanto a da paciente suíça é
altamente atípica. Considerando a distorção corporal,
por exemplo, Holden encontrou apenas uma referência a distorção
corporal durante OBEs: um único caso relatado por uma pessoa
diagnosticada com esquizofrenia (Blackmore, 1986). Também Gabbard
& Twenlow (984, p.114) depois de revisar centenas de OBEs, conluíram
que “distúrbios na imagem corporal [são] incomuns”
durante OBEs, embora tais perturbações sejam comumente
experimentadas enquanto nós adormecemos ou logo quando estamos
começando a acordar do sono.
A ausência de distorção corporal
em OBEs espontâneas é substanciada por outro de nós
(Long), que revisou centenas de relatos de primeira-pessoa de OBEs e
NDEs espontâneas inscritas em seus sites de pesquisa (http://www.oberf.org/
e http://www.nderf.org/),
nenhum deles incluiu distorção da imagem corporal ou ilusão
de movimento corporal.
Uma segunda importante diferença revelada pela
comparação entre as experiências dos pacientes suíço
e inglês é o fator de lucidez, definido pelo Dicionário
Webster como “ter uso completo das faculdades” e passar
por uma experiência ”clara ao entendimento”. Presumivelmente,
a paciente suíça teria sido surpreendida ou confusa quando,
logo após tomar a ação evasiva, os médicos
descontinuaram a eletro-estimulação e ela notou que seus
membros não estavam todos onde ela havia percebido-os estar.
Em comparação, a descrição do paciente inglês
transmitiu continuidade psicológica – suas percepções
na OBE foram seguidas por percepções na cama que confirmaram
uma à outra - indicando que durante sua OBE ele tinha pleno uso
de suas faculdades e notou que a experiência era clara ao seu
entendimento. Ele estava lúcido. Além disso, Long relatou
que a maioria dos casos espontâneos de OBE, bem como a grande
maioria das OBEs em NDEs, relatadas em seus Websites, haviam envolvido
lucidez.
Este atributo de lucidez é relacionado à
observação de Holden da realidade em experiências
transpessoais. Uma vez que uma pessoa retorna à consciência
cotidiana, eles avaliam suas experiências transpessoais como tendo
sido reais, ou pelo menos potencialmente reais. Em contraste, após
um sonho ou uma alucinação, quando as pessoas recobram
a consciência, elas não dizem que o sonho ou a alucinação
foram mesmo potencialmente reais. Presumivelmente, o relato da paciente
suíça concordaria que em pelo menos muito de sua percepção
fora do corpo foi mais ilusória que real. De modo inverso, o
paciente inglês e como a maioria dos outros relatos de OBEs espontâneos,
reportaram suas sensações de que a experiência foi
real. [Um leitor interessado deve rever diretamente os muitos relatos
de OBEs e NDEs postados na Internet nos sites http://www.iands.org/,
http://www.oberf.org/
e http://www.nderf.org/,
para que possa ver a imensa diferença entre a experiência
descrita pelo paciente eletro-estimulado na Nature e as experiências
espontâneas de OBErs].
Interessantemente, o fenômeno da estimulação
do lobo temporal direito resultando em OBEs atípicas não
é novo. Este fenômeno foi primeiramente reportado pelo
neurocirurgião Wilder Penfield em 1955. Seus procedimentos envolveram
eletro-estimulação de um local diferente daquele estimulado
pelos médicos suíços – indicando ainda que
a região do cérebro associada com OBEs ainda não
foi localizada (Neppe, 2002) E significativamente, algumas memórias
evocadas em pacientes pela eletro-estimulação de Penfield
em seus cérebros mostraram-se parcialmente ou totalmente inverídicas.
Por exemplo:
“Um dos pacientes de Penfield, quando o eletrodo foi aplicado,
ouviu sua mãe chamando em uma serraria. Um arquivo do passado?
Não, não foi. A mulher afirmou que ela nunca havia estado
em sua vida sequer próxima a uma serraria. Outras “recordações”
de pacientes mostraram ser influenciadas grandemente pela conversação
entre o médico e o paciente nos dois minutos precedentes à
estimulação elétrica”. (Ornstein, 1991,
p. 189). Este achado ainda sugere que a paciente suíça
descrita no artigo da Nature deve ter experimentado um estado alterado
de consciência ao invés de uma OBE típica.
Uma coisa é um médico eletro-estimular o cérebro
de uma pessoa e produzir um único aspecto de uma experiência
– por exemplo, a contração do músculo tríceps,
causando uma disposição do braço de um indivíduo
a esticar. Outra coisa totalmente diferente é a mesma pessoa
desempenhar o intencional, significativo e complexo exercício
de alcançar uma xícara. Apesar de que a contração
do tríceps seja uma componente da tarefa de tomar chá,
falta a qualidade – intenção, coordenação,
etc. – de uma experiência ordenada. Analogamente, a eletro-estimulação
do cérebro ainda não desvendou a OBE típica. Admitir
que o cérebro está envolvido no – ou, como nós
temos dito nesse artigo, associado com – o fenômeno da experiência
fora-do-corpo é uma coisa, mas concluir – com frases como
“a parte do cérebro que pode induzir experiências
fora-do-corpo” ou “OBEs... podem ser artificialmente induzidas
por estimulação elétrica do córtex”
– que a eletro-estimulação do cérebro produz
OBEs típicas é outra bem diferente. A literatura profissional
de quase-morte contém múltiplos relatos de percepções
verídicas de fenômenos que estavam distantes do alcance
da percepção sensorial do indivíduo e, conseqüentemente,
da medição cerebral (Ring & Cooper, 1997; Ring &
Lawrence ,1993; Sabom, 1982; Sharp, 1995; van Lommel, van Wees, Meyers
& Elfferich, 2001). Em alguns casos, estas percepções
ocorreram enquanto o indivíduo aparentemente estava experimentando
inatividade cerebral que se segue após 10 segundos de cessação
do batimento cardíaco (van Lommel et al., 2001).
Mais de 100 casos foram publicados no http://www.iands.org/,
http://www.nderf.org/ e http://www.oberf.org/. Discussão adicional
de percepção verídica é apresentada no artigo
“Does the Arousal System Contribute to Near- Death Experience?:
a reponse” sob análise do Journal of Near-Death Studies.
Tomados juntos, a evidencia sugere fortemente a possibilidade que a
percepção fora do corpo próxima à morte
deve ocorrer sem a mediação de sentidos físicos
ou do cérebro. Consequentemente, referir-se às OBEs em
geral como “ilusões” é prematuro e a ciência
ainda não resolveu a questão da acurácia das percepções
fora-do-corpo nem, conseqüentemente, a “realidade”
daa sensações dos indivíduos em seus relatos de
que suas consciências funcionam independentemente de seus corpos
físicos. Mesmo se pesquisa futura convincentemente demonstrar
que a eletro-estimulação de uma particular área
do cérebro consistentemente induziu OBE típicas, este
achado não explicaria a percepção verídica
associada com OBEs.
Nós acreditamos que é inapropriado
concluir que “a parte do cérebro que pode induzir a experiências
fora-do-corpo foi encontrada (Blanke et al. P. 269) baseado em uma simples
observação anedótica, especialmente com as referências
que nós apresentamos. Nós não estamos cientes de
qualquer outro relato de indução de supostas OBEs por
eletro-estimulação do giro angular direito. Esta observação
é especialmente surpreendente dado o enorme interesse da mídia
no artigo de Blanke et al.. É possível que um simples
relato anedótico apresentado por Blanke et al. foi uma ocorrência
anômala e extremamente atípica dos resultados de eletro-estmulação
neural. Na ausência de um número significante de relatos
adicionais publicados de fenômeno similar ao descrito por Blanke
et al, seria razoável postular uma correlação entre
eletro-estimulação neural e experiências similares
à OBE, mas não é razoável concluir que a
hipótese foi provada.
Conclusão
A questão do mecanismo das OBEs está longe
de ser respondida. Relatos como aqueles do artigo da Nature contribuem
com valiosa informação a respeito dessa questão,
mas eles não garantem uma alegação de que OBEs
podem agora ser “explicadas”. Para seus créditos,
os autores do artigo encerraram com a negação de que eles
“não compreenderam totalmente o mecanismo neurológico
responsável pelas OBEs”. Infelizmente, aquela declaração
continua inferindo que a causa da OBE pode ser reduzida a mecanismos
neurológicos. Mas foram os médicos que concluíram
que as sensações similares à OBE da paciente ocasionaram-se
pela eletro-estimulação de uma pequena área de
seu cérebro. Eletro-estimulação é um mecanismo,
não uma causa. Em outras palavras, a experiência da paciente
foi “causada” por uma ação intencional do
médico segurando a sonda. No caso de ambas as ações
intencionais e experiências espontâneas – incluindo
OBEs espontâneas –, a causa, o gatilho interno ou externo,
ainda tem que ser identificado.
Em suma, os autores da Nature não produziram
uma OBE em seu paciente que fosse típica de OBEs espontâneas.
Embora eles reconfirmassem o possível mecanismo neuro-elétrico
envolvido em pelo menos algumas OBEs, eles não explicaram a causa
dos fenômenos espontâneos. Finalmente, embora mostrassem
que algumas OBEs podem envolver percepções ilusórias,
eles não resolveram a questão de se pelo algumas OBEs
envolvem percepções acuradas, “reais”. Como
o neurocirurgião pioneiro, Wilder Penfield, concluiu sobre a
espinhosa questão do “dualismo mente-corpo”:
“Ao final, eu concluo que não há
boa evidência, a despeito dos novos métodos tal como o
emprego de eletrodos estimulantes, de que o cérebro sozinho possa
conter o trabalho que a mente faz. Eu concluo que é mais fácil
racionalizar o ser humano com base em dois elementos (mente e corpo)
do que com base em um. Mas eu acredito que alguém não
deveria pretender tirar uma conclusão científica final,
no estudo do homem pelo homem, até que a natureza da energia
responsável pela ação da mente seja descoberta,
como, na minha opinião, será”. (1975, p. 114)
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Janice Miner Holden, EdD, is a Professor of counseling at the University
of North Texas, and a counselor in private practice, in Texas. Jeff
Long, MD, is a radiation oncologist in Washington state. Jason MacLurg,
MD, is a psychiatrist in Washington state.
Fonte : http://parapsi.blogspot.com/2008/10/experincia-fora-do-corpo-tdo-no-crebro.html
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