Candice Günther
> Estudo do livro Paulo e Estevão sob as
luzes do Evangelho de Lucas, Narrativa da Viagem de Jesus a Jerusalém
*
texto
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“Enquanto somos condenados
a ver lenta e limitadamente as coisas externas;
enquanto as verdades sobrenaturais se nos afiguram enigmas num
espelho,
na frase de S. Paulo, eles, os anjos, veem sem esforço
o que lhes importa saber (...)”
O Céu e o Inferno – Allan Kardec
(trecho inicial)
Breve Resumo de Intenções
No texto que compartilhamos, intitulado
Estrutura do livro Paulo e Estevão e o Evangelho de Lucas, trouxemos
algumas percepções de possibilidades interpretativas,
verificando que ao escrever o livro, Emmanuel o trouxe de forma estruturada,
onde os 10 capítulos iniciais guardavam relações
de essência de significado com os 10 capítulos da segunda
parte. Percebemos também que esta estrutura 10x10, foi apresentada
pelo Haroldo Dutra no livro Parábolas de Jesus – Texto
e Contexto, através da Narrativa da Viagem de Jerusalém.
Assim, considerando que a verdade onde quer que se expresse jamais se
chocará com outra verdade dita, nosso esforço é
confrontar estes textos buscando a essência da mensagem para clarear
o seu real significado e assim, através do conhecimento e do
entendimento, nos aproximar do Deus Pai.
(...)
Ao lermos os primeiros parágrafos
da Breve Notícia do livro, ela nos revelou que reconhecia na
forma como foi escrito este trecho introdutório do livro, semelhanças
relevantes com o estilo literário dos escritores do primeiro
século, em especial Lucas.
Pois bem, se o início do livro tinha semelhanças com a
forma de Lucas escrever, a reflexão que fizemos em forma de pergunta
foi: E o restante do livro?
Lembramos de uma leitura anterior e das descobertas apresentadas em
um outro livro, Parábolas de Jesus – Texto e Contexto,
de Haroldo Dutra Dias, em que o autor nos explica na página 182:
“No Evangelho de Lucas encontramos
uma impressionante e bela peça literária, conhecida
pelo nome de “Narrativa da Viagem a Jerusalém”
(Lc 9:51 – 19:48), na qual Jesus
e os apóstolos iniciam uma longa e movimentada jornada em direção
à cidade de Jerusalém (...)”, página 185:
“Lançando um
olhar tridimensional para o texto, percebemos que ele está
dividido em duas partes espelhadas, no formato do quiasma
da poesia hebraica. Cada parte com seu respectivo par, dando a idéia
de uma escada que você sobe, depois desce.”
Podemos encontrar explicações
mais detalhadas no site do Portal Ser: http://www.portalser.org/category/videos/page/3/,
há inclusive um vídeo do Haroldo nos explicando melhor
esta estrutura.
Pois bem, qual a relação
que estas descobertas do Haroldo tem com o livro Paulo e Estevão?
Vejam, o livro é dividido em 20 capítulos, divididos em
2 partes, cada qual com 10 capítulos. Será isso uma coincidência
ou um planejamento da espiritualidade para nos remeter a novos horizontes
de entendimento da doutrina e do evangelho?
Em rápida análise foi possível verificar que a estrutura do livro foi realizada também de forma espelhada,
ou seja, o primeiro capítulo da primeira parte guarda relação
com o primeiro capítulo da segunda parte e assim por diante.
Observemos juntos:
Breve notícia |
1 = Corações flagelados |
1’ = Rumo ao deserto |
2 = Lágrimas e sacrifícios |
2’ = O tecelão |
3 = Em Jerusalém |
3’ = Lutas e humilhações |
4 = Nas estradas de Jope |
4’ = Primeiros labores apostólicos |
5 = A pregação de Estevão |
5’ = Lutas pelo Evangelho |
6 = Ante o Sinédrio |
6’ = Peregrinações e sacrifícios |
7 = As primeiras perseguições |
7’ = As Epístolas |
8 = A morte de Estevão |
8’ = O martírio em Jerusalém |
9 = Abigail cristã |
9’ = O prisioneiro do Cristo |
10 = No caminho de Damasco |
10’ = Ao encontro do Mestre |
Adiantamos que nossa primeira impressão e o grande
motivo que nos leva a compartilhar estas informações com
os amigos é que as lições dos capítulos
são complementares, um lança luz sobre o outro e o complementa,
amplia o entendimento e nos convida a uma nova visão dos significados
evangélicos deste livro magnífico.
Se você chegou até aqui, congratulo-o e lhe digo, há
mais uma surpresa, e esta nos traz profundos sentimentos de admiração
pelo trabalho de Emmanuel psicografado pelo nosso querido Chico Xavier.
Lembram-se dos degraus da escada no Evangelho de Lucas? Se lá
são 10 degraus e o livro também tem 10 capítulos,
pensamos novamente realizando a seguinte pergunta: Existe relação
entre a mensagem dos capítulos do livro e as lições
do Evangelho de Lucas, ou seja, o primeiro capítulo do livro
Paulo e Estevão guarda relação com os versículos
de Lucas 9:51-56, por exemplo? Observamos que a relação
dos versículos a que correspondem cada um dos degraus da pirâmide,
encontra-se na página 181 do livro Parábolas de Jesus.
(...)
O entendimento de que a terceira revelação
guarda relação com a segunda, Novo Testamento, tem como
corolário lógico que também guarda com a primeira
revelação, Velho Testamento. Estamos, então, prontos
para identificar o primeiro alicerce que Kardec nos apresenta no Evangelho
Segundo o Espiritismo, Capítulo I: “Eu não vim destruir
a lei.”? Ou seja, estaremos finalmente aptos para juntar os ensinamentos
das três revelações a fim de nos aproximarmos do
Pai Maior?
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