Resumo
Este trabalho analisa a diversidade religiosa brasileira
a partir das estratégias que suas diversas denominações
empreendem para se adaptar às demandas sócio-culturais
da sociedade contemporânea. Diversamente do que é postulado
por alguns teóricos nos anos recentes, que adotam interpretações
ligadas à escolha racional, não acreditamos que as análises
de custo-benefício dêem conta do fenômeno religioso.
Pensamos que o processo de diversificação
religioso brasileiro guarda estreita relação com as
mudanças vividas pela sociedade nos últimos cinqüenta
anos, bem como com as respostas dadas pelas instituições
religiosas a esse novo contexto. Nesse sentido, acreditamos que a
estrutura leve e menos burocrática das igrejas pentecostais
consegue se adaptar melhor à liquidez dos tempos atuais, respondendo
de forma mais imediata à diversidade de demandas das populações
em questão.
Atentaremos ainda para as respostas que o catolicismo
tem dado ao crescimento evangélico, bem como às articulações
entre ethos pentecostal e culturas locais. Tomamos como foco central
de nossas atenções duas regiões do estado de
Minas Gerais, Brasil, uma refratária ao pentecostalismo e outra
em que o mesmo encontra significativa acolhida.
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Paulo Gracino Junior, Universidade de Vila Velha
Doutorado em Sociología pela Universidade
Estatal de Río de Janeiro (UERJ). Catedrático da Universidada
de Vila Velha.
Fonte: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/csr/article/view/12749
DOI: https://doi.org/10.22456/1982-2650.19964
GRACINO JUNIOR, P. Para além da metáfora
do mercado: uma análise não utilitarista da competição
religiosa a partir de duas regiões de Minas Gerais. Ciencias
Sociales y Religión/Ciências Sociais e Religião,
Campinas, SP, v. 13, n. 14, p. 13–41, 2020. DOI: 10.22456/1982-2650.19964.
Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/csr/article/view/12749.
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