Renata Barboza Ferraz, Hermano Tavares, Monica L. Zilberman
> Felicidade: uma revisão
Renata Barboza Ferraz - Psiquiatra
e membro da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica.
Hermano Tavares - Psiquiatra, professor colaborador do
Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo (FMUSP), coordenador do Ambulatório de
Jogo Patológico (AMJO) e do Ambulatório Integrado
dos Transtornos do Impulso (AMITI) do Instituto de Psiquiatria do
Hospital das Clínicas da FMUSP.
Monica L. Zilberman - Psiquiatra, professora da pós-graduação
do Departamento de Psiquiatria da FMUSP
Resumo
Contexto: A felicidade
é uma emoção básica caracterizada por
um estado emocional positivo, com sentimentos de bem-estar e de
prazer, associados à percepção de sucesso e
à compreensão coerente e lúcida do mundo. Nos
últimos anos, diversos pesquisadores têm se preocupado
em desvendar as relações entre felicidade e saúde
mental.
Objetivo: Revisar criticamente a literatura científica
que aborda o tema da felicidade, assim como as suas contribuições
para a saúde mental e a psiquiatria.
Métodos: Revisão sistemática
da literatura por meio do indexador MedLine, utilizando-se dos unitermos:
happiness, mental health, well-being, positive psychology, resilience,
optimism, gratitude, quality of life, positive emotions, personality.
Resultados: Variáveis como origem, saúdes
física e mental, religiosidade e determinadas características
psicológicas se associam positivamente à felicidade.
Não há evidências de que idade, gênero,
estado civil, poder aquisitivo nem ocorrência de eventos externos
(favoráveis ou não) se associem significativamente
à felicidade.
Conclusão: A felicidade é um fenômeno
predominantemente subjetivo, estando subordinada mais a traços
psicológicos e socioculturais do que a fatores externamente
determinados. A identificação desses fatores é
particularmente útil na subpopulação que é
mais predisposta a doenças mentais, favorecendo o desenvolvimento
de abordagens preventivas, com potencial repercussão nas
áreas social e ocupacional.
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Fonte: Ferraz, R.B. et al. / Rev.
Psiq. Clín 34(5); 234-242, 2007
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