Todos podem
ser ajudados e o maior recurso é o amor, porém nem todos
conseguem ser ajudados. Temos que estar preparados, portanto, para
quem não quer a recuperação.
No entanto, não podemos nunca desistir! Acreditar, amar e ter
esperança é um componente de grande ajuda no processo,
pois muitas vezes até aquele que não quer a recuperação
e que se vê muitas vezes "forçado" pela família
a fazer um tratamento acaba aderindo e vendo que aquela intervenção
acabou salvando sua vida já que sozinho não conseguiria
nunca parar.
Muitos casos de recaídas ou insucesso nos tratamentos estão
relacionados ao não tratamento adequado das possíveis
comorbidades (que necessitam de acompanhamento médico) e dos
aspectos comportamentais, assim também como a não aderência
da família ao tratamento.
O número de recaídas de dependentes que passam por internação
e que não dão continuidade ao tratamento em grupos de
apoio acaba sendo considerável, por outro lado temos centenas
de indivíduos que terminaram o período de internação,
deram sequência ao tratamento e estão limpos há
muitos anos e vivendo uma vida normal.
Para auxiliar no processo de manutenção da abstinência
e prevenção a recaída é fundamental que
o tratamento envolva um processo de manutenção pós-internação,
uma rede que funcione como apoio para o dependente químico.
Enquanto muitos param e acabam tratando o dependente químico
como um "caso perdido", nós continuamos levando conscientização
e mostrando que existe saída para o usuário de drogas.
Sabemos que esta doença é incurável, mas quando
o dependente admite a sua impotência perante as drogas e que
perdeu o domínio da sua vida, ele acaba abrindo as portas para
que um Deus maior que nós nos ajude. Não é onde
estávamos que conta, mas para onde estamos indo que importa.
São as atitudes novas que irão ajudar o dependente químico
a admitir os seus erros e pedir ajuda.
Embora a grande maioria compreenda a recaída como retomada
do uso, esta é apenas a consequência de inúmeros
fatores e sentimentos ainda não elaborados. A primeira recaída
é emocional e pode ser detectada pelo afastamento progressivo
das fontes de ajuda e com isso o retorno aos velhos hábitos
que fatalmente levarão a reincidência ao uso.
Quando ocorre uma recaída a frustração é
geral. A família sente que meses, algumas vezes anos, de esforço
conjunto foram perdidos. O dependente imagina que é o fim da
linha e que nunca terá forças para livrar-se da dependência.
Porém, a intenção de amadurecer psicologicamente
pode fazer da recaída um momento importante de aprendizado
e autoconhecimento e evitar que aconteçam novos episódios!
A dependência química, por ser uma doença crônica,
necessita de estratégias eficazes e efetivas para a prevenção
da recaída!
Busque ajuda profissional!