Brincadeiras
perversas
O bullying é caracterizado por violência
recorrente, desequilíbrio de poder e intenção de
humilhar; a prática, freqüente nas escolas, pode levar as
vítimas à depressão e ao suicídio
A violência e seus impactos são
temas freqüentes nos debates nacionais e internacionais, especialmente
quando se desdobram em tragédias que envolvem estudantes e instituições
escolares. É fato que tais acontecimentos trazem à luz
questões até então negligenciadas no passado, como
a violência entre os estudantes.
Os
trotes universitários, muitas vezes humilhantes e violentos,
por exemplo, ainda são pouco discutidos e só ganham visibilidade
quando os meios de comunicação veiculam cenas de barbárie.
A literatura mostra a existência desse costume em diversos países.
No Brasil, datam da criação das instituições
acadêmicas. Como herança de Coimbra, os trotes em algumas
instituições brasileiras já fizeram – e continuam
a fazer – inúmeras vítimas. O primeiro registro
de morte – de um aluno da Faculdade de Direito – ocorreu
em Recife, em 1831.
Ainda hoje, essas práticas são consideradas
por muitos como ritos de passagem – e esperadas com certa ansiedade
tanto por calouros quanto por seus parentes. Entretanto, aqueles que
se dedicam ao estudo do tema concordam que se trata de um ritual de
exclusão e não de integração. Deve ser considerado
como um mecanismo de dominação fundamentado por discriminação,
intolerância, violência e preconceitos de classe, etnia
e gênero. O abuso de poder é sua marca principal.
Em razão de atitudes agressivas e abusos psicológicos,
sob a alegação de que se trata de “brincadeiras”,
muitos estudantes se convertem em “bodes expiatórios”
do grupo, desde a sua entrada no ensino superior até a sua conclusão
e, em alguns casos, essa situação se estende na vida profissional.
Os que se negam a participar da “interação”
são sumariamente coagidos, intimidados, perseguidos ou mesmo
isolados do convívio e das atividades dos demais.
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ENTRE A BRINCADEIRA E A COAÇÃO:
calouros são forçados pelos veteranos a entrar em
piscina de lama no primeiro dia de matrícula na USP |
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Em muitas situações, o trote, que seria
um ato pontual, se prolonga numa série de ações
repetitivas e deliberadas. Sobre as vítimas dessa perseguição
recaem prejuízos, que podem afetar várias áreas
de sua vida afetiva, acadêmica, familiar, social e profissional.
Sentimentos de insegurança, inferioridade, incompreensão,
revolta e desejos de vingança podem resultar em stress intenso,
depressão, fobias e culminar em suicídio e assassinatos.
Outros não resistem à pressão e abandonam a vida
acadêmica, carregando consigo a dor e a frustração
de ter pertencido a uma instituição que nada fez para
romper com essa cultura.
Por outro lado, existem os que se resignam e aceitam
submeter-se às diversas formas de opressão e tortura,
ou se tornam cúmplices delas: respaldados na tradição
dos trotes, justificarão seus atos de posterior dominação.
Há ainda aqueles que apenas presenciam o que acontece aos colegas,
mas, mais tarde, também se sentirão aptos a reproduzir
a experiência.
Estamos, assim, diante de uma dinâmica repetitiva
de abusos, já que aquele que foi vítima tende a ser algoz
no futuro – seja no ambiente acadêmico, profissional, social
ou na instituição familiar.
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EXCLUSÃO SOCIAL:
fofocas, apelidos pejorativos, ameaças, isolamento e calúnias
transformam a vida de muitos estudantes em verdadeiro inferno |
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No ambiente profissional essas práticas ocorrem
tantas vezes que chegam a ser vistas como “normais”. De
acordo com a freqüência e a intensidade os atos podem se
caracterizar como assédio moral. Há grande probabilidade
de que suas conseqüências afetem a saúde mental de
trabalhadores, comprometendo a auto-estima, a vida pessoal e o rendimento
profissional, resultando em queda da produção, faltas
freqüentes ao trabalho, licenciamentos para tratamento médico,
abandono do emprego ou pedidos de demissão, alto grau de stress,
depressão e, em casos extremos, suicídio.
No contexto familiar, a violência pode ser vista
como “prática educativa” ou forma eficaz de controle,
validada pela maioria que a presencia ou a vive, incluindo a própria
vítima. Tanto no contexto profissional quanto na família
há estreita ligação de dependência –
afetiva, emocional ou financeira – entre os protagonistas. Isso
faz com que as vítimas em geral se calem e carreguem consigo
uma série de prejuízos psíquicos.
Pesquisas mostram que grande parte daqueles que
sofreram abusos psicológicos na infância utilizará
na vida adulta essas práticas na educação de seus
filhos, acreditando ser esse o procedimento mais adequado. Outros se
tornarão submissos, passivos, indefesos, acreditando ser merecedores
dos maus-tratos. Muitos ainda reproduzirão a violência
no espaço socializador imediato à família, ou seja,
na escola.
ASSASSINATO PSÍQUICO
É na análise das relações
entre os adultos e na observação das interações
de grupos de crianças na escola que se alarga nossa percepção
sobre o círculo vicioso de abusos. O que antes se acreditava
ocorrer apenas nas relações entre os adultos – descritas
como padrões relacionais disfuncionais, abusive relationships
– se verifica também entre as crianças com idade
igual ou semelhante. Trata-se do bullying escolar: um conjunto de comportamentos
marcados por atitudes abusivas, repetitivas e intencionais e pelo desequilíbrio
de poder.
Bullying é um termo de difícil tradução
na língua portuguesa, assim como a dor e o sofrimento daqueles
que são vítimas desse fenômeno antigo, mas apenas
recentemente identificado. Pode ser considerado um problema mundial
que ocorre em todas as escolas, independentemente de serem públicas
ou privadas, de sua localização ou dos turnos de funcionamento.
Trata-se de uma forma quase invisível, que sorrateiramente vai
diminuindo o outro, como se fosse uma espécie de “assassinato
psíquico”. Suas conseqüências afetam todos os
envolvidos, porém, os maiores prejudicados são mesmo as
vítimas diretas, que suportam silenciosas o seu sofrimento.
Alguns motivos justificam o silêncio: o medo de
represálias e de que os ataques se tornem ainda mais persistentes
e cruéis; a falta de apoio e compreensão quando se queixam
aos adultos; a vergonha de se exporem perante os colegas; o sentimento
de incompetência e merecimento dos ataques; o temor das reações
dos familiares, que muitas vezes incentivam o revide com violência
ou culpabilizam as vítimas.
Apesar de os educadores saberem da existência
dessa forma de violência, nenhuma ação efetiva foi
adotada até os anos 70, por acreditarem ser “brincadeira
própria da idade” ou do processo de amadurecimento do indivíduo.
Infelizmente, muitos ainda têm esse olhar, o que colabora significativamente
para sua disseminação.
O despertar para a gravidade desse comportamento teve
início há cerca de duas décadas, primeiro na Suécia
e anos depois na Noruega, onde a questão se tornou tema de estudos
científicos. O pesquisador norueguês Dan Olweus, professor
da Universidade de Bergen, reconhecido internacionalmente como pioneiro
nas investigações sobre o fenômeno, observou os
altos índices de suicídio entre os estudantes e constatou
a relação com o bullying na escola.
Aos poucos, o tema despertou interesse em outros países,
inclusive no Brasil. Nossos estudos sobre a temática são
recentes, datam de 2000, motivo pelo qual muitos ainda desconhecem o
tema, sua gravidade e abrangência. Apesar dos recentes estudos,
pesquisas revelam que 45% dos estudantes brasileiros estão envolvidos
diretamente no fenômeno.
Assim como no mundo dos adultos, os autores de bullying
planejam meticulosamente seus ataques. Escolhem dentre seus pares uma
“presa” que pareça vulnerável – aquela
que não oferecerá resistência, não revidará,
não denunciará e nem conseguirá fazer com que outros
saiam em sua defesa. Desferem seus golpes de modo a humilhar, constranger,
difamar, menosprezar, excluir a vítima e intimidá-la de
forma direta ou indireta. Para isso, se utilizam de várias estratégias,
como apelidos pejorativos, comentários maldosos, calúnias,
gozações, piadas jocosas relacionadas à sexualidade,
insinuações, assédios, ameaças, danificação
ou furto de pertences, empurrões, chutes, socos, pontapés,
invasões e ataques virtuais, entre outras.
Esse tipo de comportamento preocupa pais e educadores
de todo o mundo, especialmente por envolver crianças muito novas.
O bullying pode ser identificado a partir dos 3 anos, quando a “intencionalidade
desses atos já pode ser observada”.
As meninas agem de forma ainda mais velada e cruel.
Enquanto os garotos escolhem aleatoriamente seus alvos, elas elegem
as próprias amigas e “executam o plano” no horário
do lanche ou de lazer. Infernizam a vida da colega e desferem contra
ela diversas formas de maus-tratos. Uma das mais freqüentes e dolorosas
é a exclusão social: ficam “de mal” ou fingem
não reconhecer a vítima. Intimidam, constrangem, exigem
que traga algo de casa para a escola de que muitas vezes não
dispõem, visando ridicularizá-la ou isolá-la. Fofocam,
inventam mentiras, ameaçam e contam seus segredos aos outros.
RISO E APLAUSO
Independentemente da idade dos envolvidos e do local
onde ocorrem os assédios, parece haver entre aqueles que presenciam
a situação certo grau de tolerância ou até
mesmo de conivência. Em alguns casos, alegam que a vítima
“merece” hostilidade por causa do seu comportamento provocativo
ou passivo. Alguns chegam mesmo a rir e incentivar o que ocorre ao “bode
expiatório” – uma atitude que fortalece a ação
dos autores e sua popularidade. Outros temem ser o próximo alvo,
preferindo, assim, fazer parte do grupo de agressores, o que garante
a sua segurança na escola.
Com a conivência do grupo e a omissão dos
adultos, os “valentões” tendem, cada vez mais, a
abandonar sentimentos de generosidade, empatia, solidariedade, afetividade,
tolerância e compaixão. Falhas na formação
do caráter se tornam mais acentuadas e, infelizmente, muitos
pais e educadores não percebem – ou fingem não perceber
– o que se passa.
Com o tempo, as forças do indivíduo que
sofre os abusos são minadas, seus sonhos desaparecem, aos poucos
ele vai se fechando e se isolando. Esse talvez seja o pior momento na
vida das vítimas: o abandono de si mesmo. Muitos não superam
as humilhações vividas durante os anos de escola e podem
tornar-se adultos abusivos, depressivos ou compulsivos. Tendem a apresentar
problemas na vida afetiva, por não confiar nos parceiros. Na
vida laboral, podem desenvolver dificuldade de se expressar, principalmente
em público, evitar assumir postos de liderança e apresentar
déficit de concentração e insegurança, principalmente
quando precisam resolver conflitos ou de tomar decisões. Ou seja,
tornam-se presa fácil do assédio moral. Quanto à
educação dos filhos, há grandes probabilidades
de que se mostrem superprotetores, projetando sobre eles seus medos,
desconfianças e inseguranças.
É importante, porém, lembrar que estamos
nos referindo a um comportamento repetitivo, deliberado e destrutivo,
diferentemente de um comportamento agressivo pontual, numa situação
em que a criança, na disputa de um brinquedo ou de seu espaço,
ataca o outro com mordidas e socos ou com xingamentos e ameaças.
Não nos referimos aqui às divergências de pontos
de vista, de idéias contrárias e preconceituosas que muitas
vezes redundam em discussões, desentendimentos, brigas ou conflitos
sociais ou às disputas profissionais, em que o colega é
visto como empecilho para uma promoção, por exemplo. Também
não aludimos a pais que, em sua ignorância, aplicam “corretivos”
nos filhos quando estes os desafiam, desobedecem ou desapontam.
Referimos-nos a uma ação violenta gratuita
e recorrente, baseada no desequilíbrio de poder. É a intencionalidade
de fazer mal e a persistência dos atos que diferencia o bullying
de outras formas de violência. É por meio da desestabilidade
emocional das vítimas e no apoio do grupo que os autores ganham
simpatia e popularidade. A busca por sucesso, fama e poder a qualquer
preço, o apelo ao consumismo, à competitividade, ao individualismo,
ao autoritarismo, à indiferença e ao desrespeito favorecem
a proliferação do bullying. E seu potencial de destruição
psíquica não cessa com o fim da escolaridade ou da adolescência:
se desdobra em outros contextos, num movimento contínuo e circular.
O que se sabe é que esse movimento não
pode mais ser ignorado. É necessário estudá-lo
à luz das diversas ciências, para que possamos compreendê-lo
melhor. É imprescindível a adoção de medidas
emergenciais por parte de autoridades, instituições, empresas,
famílias, enfim, da sociedade, uma vez que seus prejuízos
afetam a todos os níveis e contextos sociais. Ignorar a situação
é abrir espaços para muitos protótipos de tiranos,
que estão hoje em pleno desenvolvimento. Afinal, no futuro, não
serão estes que ingressarão nas universidades, que desempenharão
cargos importantes em grandes empresas, que aplicarão leis e
penas, que serão manchete em noticiários sobre violência,
que nos representarão no poder e serão responsáveis
pela educação das crianças?
CONCEITOS-CHAVE |
Sentimentos de
insegurança, inferioridade, incompreensão, revolta
e desejos de vingança causados por essa situação
podem resultar em stress intenso, depressão, fobias e culminar
em suicídio e assassinatos. Muitos não resistem à
pressão e abandonam a vida acadêmica, carregando consigo
a dor e a frustração de ter pertencido a uma instituição
que nada fez para romper com essa cultura. Outros se resignam e
aceitam submeter-se à opressão e tortura, ou se tornam
cúmplices delas: respaldados na tradição dos
trotes, justificarão seus atos de posterior dominação.
É a intenção
de fazer mal e a persistência dos atos que diferencia o
bullying de outras formas de violência. Em razão
de atitudes agressivas e abusos psicológicos, sob a alegação
de que se trata de “brincadeiras”, muitos estudantes
se convertem em “bodes expiatórios” do grupo,
desde a sua entrada no ensino superior até a sua conclusão
e, em alguns casos, essa situação se perpetua na
vida adulta. |
HUMILHAÇÃO
E CABEÇAS RAPADAS PARA “DOMESTICAR” NOVATOS |
Há muito
tempo a violência entre estudantes tem sido um traço
característico das relações escolares. Entretanto,
seu foco era direcionado ora para a violência contra a escola
e seus representantes (no caso das rebeliões estudantis),
ora para os próprios pares (como nos trotes).
No que se refere às rebeliões,
registros mostram sua ocorrência já no século
XVII, na França. A de 1883, no Liceu Louis-le-Grand, em
conseqüência da expulsão de um aluno, tornou-se
célebre. As revoltas de estudantes contra os pedagogos
eram constantes e marcadas por atos de violência, inclusive
com a utilização de instrumentos como bastões,
pedras, espadas e chicotes.
Já a origem dos trotes estudantis
é incerta; porém, existem registros de sua ocorrência
na Idade Média. Um dos documentos mais antigos desse tipo
data de 1342 e refere-se à Universidade de Paris. Nas instituições
européias, era comum separar os novatos dos veteranos.
Aos novos alunos era negada a possibilidade de assistir às
aulas junto com os demais, no interior das salas: eles eram obrigados
a se dirigir aos vestíbulos (pátios de acesso ao
prédio) – daí o uso do termo vestibulando
para identificar aqueles que estão prestes a entrar para
a universidade.
Sob a alegação de profilaxia
e necessidade de manter a higiene, os novatos tinham a cabeça
rapada e, na maioria das vezes, suas roupas eram queimadas. Essa
prática, no entanto, logo se converteu numa espécie
de culto à humilhação.
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CARTAZ DE 1905 anuncia trote na Universidade
Mount Holyoke College, em Massachusetts, Estados Unidos |
Freqüentemente, os trotes
assumiam conotações sexuais, transformando-se em
humilhantes orgias para aqueles que eram submetidos a elas. Com
o tempo, os trotes ganharam ainda mais requintes de crueldade.
Foram registrados, sobretudo, nas universidades de Heidelberg
(Alemanha), Bolonha (Itália) e Paris (França), situações
em que os calouros eram obrigados pelos veteranos a beber urina
e a comer excrementos antes de serem declarados “domesticados”.
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O
JULGAMENTO DOS MONSTROS FEDORENTOS |
No início
do século XX, na Alemanha, era comum que calouros fossem
obrigados a vestir roupas feitas de falsa pele de animal, com
orelhas, chifres e presas. Fantasiado, o jovem era arrastado pelos
colegas até cinco ou seis “juízes”,
sob olhares atentos de uma grande platéia. Era insultado
e tratado como “monstro fedorento” por “assistentes”
que em dado momento recebiam ordens para “depená-lo”,
cortando-lhe as orelhas com tesouras e os chifres com serras;
os dentes eram arrancados com tenazes. O nariz era limado e as
nádegas, “polidas”; o novato era sacudido,
empurrado e, por fim, açoitado com varas. Durante a tortura,
o calouro tinha de se reconhecer culpado de inúmeros “pecados”,
sobretudo sexuais. E, como penitência, era obrigado a oferecer
um banquete aos veteranos. |
TRAGÉDIA
NA ESCOLA |
Os maus-tratos repetidos
podem ao longo do tempo causar graves danos ao psiquismo e interferir
negativamente no processo de desenvolvimento cognitivo, emocional,
sensorial e socioeducacional. Quando os ataques são crônicos,
as vítimas podem se tornar agressoras; em casos extremos,
muitas vezes resultam em tragédias escolares, como as de
Columbine (1999) e Virginia Tech (2007), nos Estados Unidos, as
de Taiúva (2003) e Remanso (2004), no Brasil, e a da Finlândia
(2007). |
PARA CONHECER MAIS
Fenômeno bullying: como prevenir
a violência nas escolas e educar para a paz. Cléo Fante.
Verus, 2005.
Bullying, como combatê-lo? Prevenir e enfrentar
a violência entre jovens. A. Costantini. Itália Nova, 2004.
Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação
sobre o Bullying Escolar (Cemeobes): www.bullying.pro.br
Cleo Fante é consultora
educacional, doutoranda em ciências da educação
da Universidade de Ilhas Baleares, Espanha, pesquisadora do bullying
escolar, vice-presidente do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação
sobre o Bullying Escolar (Cemeobes) e autora do livro Fenômeno
Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para
a paz (Verus, 2005).
Fonte: Revista Mente & Cérebro
- edição 181 - Fevereiro 2008