Francisco de Menezes Dias da Cruz (espírito);
Francisco Cândido Xavier (psicografia)
> Parasitose mental
Livro Instruções Psicofônicas.
Lição nº 34. Página 159.
Dr. Francisco de Menezes Dias da Cruz, médico,
presidente da FEB, de 1890 a 1895, colega de profissão
e amigo de Bezerra de Menezes, dignificou o espiritismo e a homeopatia
no Brasil.
Na reunião da noite de 28
de outubro de 1954, fomos novamente felicitados com a palavra
do nosso Instrutor Espiritual Doutor Francisco de Menezes
Dias da Cruz, que nos enriqueceu os estudos, palestrando
em torno do tema que ele próprio definiu por “parasitose
mental”. Observações claras e precisas, estabelecendo
um paralelo entre o parasitismo no campo físico e o vampirismo
no campo espiritual, o Doutor Dias da Cruz, na condição
de médico que é, no-las fornece, aconselhando-nos
os elementos curativos do Divino Médico, através
do Evangelho, a fim de que estejamos em guarda contra a exploração
da sombra.
Avançando em nossos ligeiros
apontamentos acerca da obsessão, cremos seja de nosso interesse
apreciar o vampirismo, ainda mesmo superficialmente, para figurá-lo
como sendo inquietante fenômeno de parasitose mental.
Sabemos que a parasitogenia abarca em si todas as ocorrências
fisiopatológicas, dentro das quais os organismos vivos, quando
negligenciados ou desnutridos, se habilitam à hospedagem
e à reprodução dos helmintos e dos ácaros
que escravizam homens e animais.
Não ignoramos também que o parasitismo pode ser externo
ou interno.
Nas manifestações do parasitismo externo, temos o
assalto de elementos carnívoros, como por exemplo as variadas
espécies do aracnídeo acarino sobre o campo epidérmico
e, nas expressões do parasitismo interno, encontramos a infestação
de elementos saprófagos, como, por exemplo, as diversas classes
de platielmíntios, em que se destacam os cestóides
no equipamento intestinal.
E, para evitar as múltiplas formas de degradação
orgânica, que o parasitismo impõe às suas vítimas,
mobiliza o homem largamente os vermífugos, as pastas sulfuradas,
as loções mercuriais, o pó de estafiságria
e recursos outros, suscetíveis de atenuar-lhe os efeitos
e extinguir-lhe as causas.
No vampirismo, devemos considerar igualmente os fatores externos
e internos, compreendendo, porém, que, na esfera da alma,
os externos dependem dos internos, porquanto não há
influenciação exterior deprimente para a criatura,
quando a própria criatura não se deprime.
É que pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado,
o homem provoca sobre si a contaminação fluídica
de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo à
escabiose e à ulceração, à dipsomania
e à loucura, à cirrose e aos tumores benignos ou malignos
de variada procedência, tanto quanto aos vícios que
corroem a vida moral, e, através do próprio pensamento
desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões
de alienação mental, como sejam as psicoses de angústia
e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinqüência,
desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico
processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecem
a derrocada ou a morte.
Imprescindível, assim, viver em guarda contra as idéias
fixas, opressivas ou aviltantes, que estabelecem, ao redor de nós,
maiores ou menores perturbações, sentenciando-nos
à vala comum da frustração.
Toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária,
ociosa ou inerte, que se rende, desajustada, às sugestões
inferiores que a exploram sem defensiva.
Usemos, desse modo, na garantia de nossa higiene mento-psíquica,
os antissépticos do Evangelho.
Bondade para com todos, trabalho incansável no bem, otimismo
operante, dever irrepreensivelmente cumprido, sinceridade, boa vontade,
esquecimento integral das ofensas recebidas e fraternidade simples
e pura, constituem sustentáculo de nossa saúde espiritual.
- "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" recomendou
o Divino Mestre.
- "Caminhai como filhos da luz" - ensinou o Apóstolo
da gentilidade.
Procurando, pois, o Senhor e Aqueles que o seguem valorosamente,
pela reta conduta de cristãos leais ao Cristo, vacinemos
nossas almas contra as flagelações externas ou internas
da parasitose mental.
Fonte: Livro Instruções
Psicofônicas. Lição nº 34. Página 159.
http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/JULHO/07-07-2015.htm
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