(trecho
da introdução)
Este trabalho nasceu da reflexão sobre um tema
que tem sido feito com um tabu, um assunto delicado e de discussão
praticamente proibida.
As pessoas que corajosamente ousaram debater a Manutenção
da Casa Espírita foram rotuladas de subversivas e hereges,
sendo excomungadas e enviadas para as fogueiras da Inquisição
Moral por aqueles que se julgam donos da verdade.
No entanto, nosso objetivo não é o de trazer polêmica
ao meio Espírita, pois já temos discussões estéreis
em demasia e somente o Trabalho com Amor edifica. Não adianta
ficarmos estacionados no campo das ideias de braços cruzados
diante da grande Seara do Mestre enquanto faltam trabalhadores.
Compreendemos ambos os lados da questão: de um lado os Dirigentes
que heroicamente lutam para manter em funcionamento suas Casas Espíritas
e de outro lado os Intelectuais Espíritas que apresentam suas
ideias de como deve ser a Doutrina dos Espíritos.
O equilíbrio entre os dois lados está na reflexão,
pois nós Espíritas somos livre-pensadores, assim como
no caráter experimental da Doutrina Espírita nos permite
buscar alternativas para a solução da árdua tarefa
de promover a Manutenção da Casa Espírita.
O objetivo desse ensaio é justamente trazer à reflexão
qual a melhor forma de fazer a Manutenção da Casa Espírita
respeitando as diretrizes do Evangelho e da Doutrina dos Espíritos
codificada por Allan Kardec: Fora da Caridade não há
salvação.
Deixamos bem claro que este trabalho é mero exercício
de reflexão e que somos simples Aprendizes do Evangelho.
Em nossa Doutrina, aquele que se julgar muito sábio deve rever
seus conceitos e começar do zero: Saulo, o Doutor da Lei perseguidor
dos primeiros cristão, após sua conversão no
caminho de Damasco, ficou durante três anos em um retiro no
deserto para recomeçar sua vida. Depois disso tornou-se Paulo
um dos maiores missionários do Cristianismo.